quarta-feira, janeiro 05, 2022

TURQUIA - JUÍZ CRITICA FEMINISTAS POR SE MANIFESTAREM CONTRA O FEMINICÍDIO...

Uma juíza do 58º Tribunal Penal de Primeira Instância de Istambul gerou críticas de activistas dos direitos das mulheres depois de dizer durante uma audiência que as mulheres não se deveriam manifestar contra o feminicídio.
De acordo com o site de notícias Duvar, o juiz disse que homens também eram assassinados todos os dias, mas que eles não se mobilizaram e protestaram. “O número de homens mortos é o dobro do número de mulheres. E daí? Devemos também manifestar-nos?” perguntou.
A observação polémica foi feita durante a audiência de 35 mulheres que estavam a ser julgadas por protestar contra o feminicídio em 8 de Março de 2020 na “Marcha nocturna do feminicídio” no distrito de Beyoğlu, em Istambul. As mulheres foram acusadas de violar a lei sobre manifestações, impedir a polícia de cumprir as suas funções e danificar património público.
Durante a audiência, o réu Zeynep Büşra Islak disse que estava a exercer o seu direito constitucional de se manifestar pacificamente. “A polícia deteve-nos à força enquanto fazíamos uma manifestação pacífica”, disse ela. “Não aceito nenhuma das acusações.”
Emel Karadeniz, outra ré, disse que mulheres eram mortas, estupradas e despedidas arbitrariamente dos seus empregos todos os dias. “Eu gostaria que pudéssemos fazer uma demonstração com mais mulheres”, disse ela. “Você [o juiz] também é livre para se manifestar se acha que as autoridades deveriam fazer mais para evitar a morte de homens."
As rés disseram que também protestavam contra a retirada da Turquia da Convenção de Istambul, o tratado vinculativo do Conselho da Europa para prevenir e combater a violência contra as mulheres.
Elas ressaltaram que o Estado falhou em proteger as mulheres ao retirar-se da convenção, um acordo internacional criado para proteger os direitos das mulheres e prevenir a violência doméstica nas sociedades.
O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan retirou a Turquia da convenção em 20 de Março, apesar das altas estatísticas de violência contra as mulheres no país e atraindo a condenação dos turcos e da comunidade internacional.
Uma pesquisa realizada em março pela Metropoll revelou que 52,3% dos Turcos eram contra a retirada da convenção. Embora a maioria dos participantes se opusesse, 26,7% aprovaram e 10,2% não opinaram.
O feminicídio e a violência contra as mulheres são problemas graves na Turquia, onde mulheres são mortas, estupradas ou espancadas todos os dias. Muitos críticos dizem que o principal motivo da situação são as políticas do governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que protege os homens violentos e abusadores garantindo-lhes impunidade.
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Fonte: https://www.jihadwatch.org/2022/01/turkish-judge-women-should-not-demonstrate-against-femicide

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"O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan retirou a Turquia da convenção em 20 de março, apesar das altas estatísticas de violência contra mulheres no país.” A retirada da Turquia representou um compromisso com a islamização. O Alcorão e o Hadith ensinam que os homens são superiores às mulheres e que os homens devem bater nas mulheres de quem “temem a desobediência”. Leia mais AQUI.
“O feminicídio e a violência contra as mulheres são problemas graves na Turquia, onde mulheres são mortas, estupradas ou espancadas todos os dias.” Mas isso não preocupa o juiz, que está em sintonia com seu próprio governo. E nem uma palavra das feministas ocidentais sobre isto.
Erdogan deixou as opiniões do seu país sobre as mulheres no Islão muito claras em Julho, quando declarou com referência aos Talibãs: “A Turquia não tem nada que contradiga as suas crenças”.

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Fonte: https://stockholmcf.org/turkish-judge-draws-criticism-for-saying-women-should-not-demonstrate-against-femicide/

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Mais uma oportunidade para as feministas ocidentais mostrarem que evitam criticar tudo o que não seja ocidental, porque o interseccionalismo assim e assado, há que unir as mulheres ocidentais a tudo o que não é europeu para assim deitar abaixo o heteropatriarcado europeu... que é, de todos os heteropatriarcados da história conhecida, aquele que mais favorável se mostra para com as mulheres, o que pelos vistos não suscita simpatia da parte de quem  mais ostenta a bandeira feminista... e tudo isto porque, na hierarquia valorativa da Esquerda, o Amado Alógeno (todo o não europeu) está acima de tudo o resto, inclusivamente das próprias mulheres ocidentais...