PAPA CONTINUA A EXIGIR QUE A UE ACEITE IMIGRANTES E DIZ QUE A SEGURANÇA DOS EUROPEUS NÃO DEVE SER OBSTÁCULO A ISSO...
O Papa Francisco criticou a “desumanização” dos imigrantes nesta Lues, pedindo uma responsabilidade partilhada entre as nações europeias no acolhimento de imigrantes.
Diante dos crescentes movimentos migratórios, “não podemos ficar indiferentes ou esconder-nos atrás de muros e arames farpados sob o pretexto de defender a segurança ou um estilo de vida”, disse o papa a membros do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé na reunião anual desta Lues.
“Agradeço a todos aqueles indivíduos e governos que trabalham para garantir que os imigrantes sejam acolhidos e protegidos”, afirmou o pontífice, “e para apoiar a sua promoção e integração humana nos países que os receberam”.
“Estou ciente das dificuldades que alguns Estados encontram diante de um grande fluxo de pessoas”, disse ele. “Ninguém pode ser solicitado a fazer o que é impossível para eles, mas há uma clara diferença entre aceitar, ainda que de maneira limitada, e rejeitar completamente.”
Como já fez em outras ocasiões, Francisco insistiu que todos são responsáveis por acolher os imigrantes e que nenhum país deve lavar as mãos dessa situação.
“É preciso superar a indiferença e rejeitar a ideia de que os imigrantes são um problema para os outros”, declarou.
“Os resultados desta abordagem são evidentes na desumanização destes imigrantes concentrados em hotspots onde acabam por ser presas fáceis do crime organizado e do tráfico de seres humanos, ou se envolvem em tentativas desesperadas de escapar que às vezes terminam em morte”, disse ele.
“Infelizmente, também devemos notar que os próprios imigrantes são muitas vezes transformados em arma de chantagem política, tornando-se uma espécie de 'moeda de barganha' que os priva da sua dignidade”, acrescentou.
O papa aproveitou a ocasião para agradecer às autoridades italianas que lhe permitiram trazer de volta vários imigrantes de Chipre e da Grécia após a sua visita ao país no início de Dezembro, afirmando que foi “um gesto simples, mas significativo”.
No seu discurso, Francisco rejeitou a ideia de que nações individuais deveriam elaborar políticas unilaterais relativas à recepção de imigrantes, insistindo numa abordagem multilateral coordenada.
“Considero essencial que a União Europeia chegue à coesão interna ao lidar com os movimentos migratórios, assim como fez para lidar com os efeitos da pandemia”, disse. “É necessário adoptar um sistema coerente e abrangente de coordenação das políticas de migração e asilo, com vista a partilhar a responsabilidade pelo acolhimento de imigrantes, a revisão dos pedidos de asilo e a redistribuição e integração daqueles que podem ser aceites.”
“A capacidade de negociar e descobrir soluções partilhadas é um dos pontos fortes da União Europeia; representa um modelo sólido para uma abordagem perspicaz para os desafios globais diante de nós”, argumentou.
“A questão da imigração, juntamente com a pandemia e as mudanças climáticas, demonstrou claramente que não podemos ser salvos sozinhos e por nós mesmos: os grandes desafios do nosso tempo são todos globais”, declarou. “É preocupante, portanto, que, ao lado da maior interconexão de problemas, estejamos a ver uma crescente fragmentação das soluções.”
“O que é necessário, em vez disso, é uma recuperação do nosso senso de identidade partilhada como uma única família humana”, afirmou. “A alternativa só pode ser o isolamento crescente, marcado por uma rejeição e recusa recíprocas que põem em risco ainda mais o multilateralismo, o estilo diplomático que caracterizou as relações internacionais desde o final da Segunda Guerra Mundial até ao presente.”
“Os resultados desta abordagem são evidentes na desumanização destes imigrantes concentrados em hotspots onde acabam por ser presas fáceis do crime organizado e do tráfico de seres humanos, ou se envolvem em tentativas desesperadas de escapar que às vezes terminam em morte”, disse ele.
“Infelizmente, também devemos notar que os próprios imigrantes são muitas vezes transformados em arma de chantagem política, tornando-se uma espécie de 'moeda de barganha' que os priva da sua dignidade”, acrescentou.
O papa aproveitou a ocasião para agradecer às autoridades italianas que lhe permitiram trazer de volta vários imigrantes de Chipre e da Grécia após a sua visita ao país no início de Dezembro, afirmando que foi “um gesto simples, mas significativo”.
No seu discurso, Francisco rejeitou a ideia de que nações individuais deveriam elaborar políticas unilaterais relativas à recepção de imigrantes, insistindo numa abordagem multilateral coordenada.
“Considero essencial que a União Europeia chegue à coesão interna ao lidar com os movimentos migratórios, assim como fez para lidar com os efeitos da pandemia”, disse. “É necessário adoptar um sistema coerente e abrangente de coordenação das políticas de migração e asilo, com vista a partilhar a responsabilidade pelo acolhimento de imigrantes, a revisão dos pedidos de asilo e a redistribuição e integração daqueles que podem ser aceites.”
“A capacidade de negociar e descobrir soluções partilhadas é um dos pontos fortes da União Europeia; representa um modelo sólido para uma abordagem perspicaz para os desafios globais diante de nós”, argumentou.
“A questão da imigração, juntamente com a pandemia e as mudanças climáticas, demonstrou claramente que não podemos ser salvos sozinhos e por nós mesmos: os grandes desafios do nosso tempo são todos globais”, declarou. “É preocupante, portanto, que, ao lado da maior interconexão de problemas, estejamos a ver uma crescente fragmentação das soluções.”
“O que é necessário, em vez disso, é uma recuperação do nosso senso de identidade partilhada como uma única família humana”, afirmou. “A alternativa só pode ser o isolamento crescente, marcado por uma rejeição e recusa recíprocas que põem em risco ainda mais o multilateralismo, o estilo diplomático que caracterizou as relações internacionais desde o final da Segunda Guerra Mundial até ao presente.”
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Fonte: https://www.breitbart.com/immigration/2022/01/10/pope-francis-we-cannot-hide-from-migrants-behind-walls-and-barbed-wires/* * *
«Todos os países» são responsáveis, diz ele, mas nunca por nunca nomeia as Arábias ou a China ou coisa assim... de resto, é perfeitamente coerente com a sua agenda cristã universalista ao apelar a uma «identidade como única família humana» e, subsequentemente, minar de modo activo e declarado as independências nacionais. É só mais uma confirmação da incompatibilidade óbvia entre Cristianismo e Nacionalismo.
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