DINAMARCA - GOVERNO SOCIAL-DEMOCRATA QUER REDUZIR QUANTIDADE DE NÃO EUROPEUS NOS BAIRROS, PRIMEIRA-MINISTRA DENUNCIA VIOLÊNCIA JUVENIL ALÓGENA
O governo dinamarquês expandirá ainda mais o escopo de uma lei destinada a reduzir a existência de “sociedades religiosas e culturais paralelas” no país. Na sua última proposta, visa limitar a proporção de residentes de origem “não-ocidental” no futuro a um máximo de 30% em cada distrito dentro de 10 anos.
O ministro do Interior dinamarquês, Kaare Dybvad Bek, indicou que uma proporção muito grande de estrangeiros de países não ocidentais “aumenta o risco de ver o crescimento de uma sociedade religiosa e cultural paralela”, disse ele em comunicado.
Uma lei semelhante já havia sido introduzida há três anos pelo então governo conservador que estipulava que a proporção de estrangeiros num bairro não poderia ultrapassar 50%. A nova lei reforçaria a lei e reduziria a parcela permitida de imigrantes para 30%, informa o jornal alemão Die Welt.
O controverso termo “áreas de gueto”, no entanto, deve ser excluído da lei.
“A designação de gueto é enganosa. […] Acho que isso ajuda a ofuscar o importante trabalho que deve ser feito nesses bairros”, argumentou o ministro.
Vários critérios foram aplicados até agora para a definição de uma “área de gueto”, incluindo uma alta proporção de imigrantes, um baixo nível de educação e renda e uma taxa de criminalidade três vezes maior que a média nacional. Actualmente, 15 distritos são considerados “áreas de gueto”, enquanto outros 25 estão “em perigo”. Nas chamadas áreas de gueto, as crianças também são obrigadas a frequentar programas sobre valores dinamarqueses e os pais devem enviar os filhos para programas de creche após a criança completar um ano.
Enquanto alguns criticam as duras leis da Dinamarca sobre imigração e integração, a questão das “sociedades paralelas” é real. Por exemplo, 76% dos muçulmanos na Dinamarca disseram que proibiriam as críticas ao Islão, enquanto apenas 18% da população total da Dinamarca apoiaria tal medida.
O Guardian da Grã-Bretanha escreveu que os partidos políticos dinamarqueses vão discutir o projecto de lei, e espera-se que seja aprovado, embora nenhuma data tenha sido definida para a votação.
Os Dinamarqueses rejeitam as políticas liberais de imigração em massa
A Dinamarca tem sido um dos países mais restritivos da Europa quando se trata de imigração, particularmente entre os países ocidentais. Como um país geograficamente ensanduichado entre a Suécia e a Alemanha, dois dos países mais favoráveis à imigração da Europa, a Dinamarca continua a ser uma espécie de excepção.
As rígidas políticas de imigração do país foram mantidas sob a primeira-ministra social-democrata Mette Frederiksen desde que ela chegou ao poder em Junho de 2019. Ao contrário de outros países social-democratas e de Esquerda noutros Estados, o seu partido indicou durante a sua campanha eleitoral que pretende manter baixa a imigração na Dinamarca, preservando o generoso Estado de bem-estar social e os programas sociais do país, uma postura que os eleitores recompensaram nas urnas.
Os Dinamarqueses há muito se preocupam com a imigração em massa. Já em 2001, 51% dos dinamarqueses indicaram que a sua prioridade número um para os políticos abordarem era a imigração e as populações de refugiados. A política da Dinamarca há muito reflete essa tendência.
A própria Frederiksen também adoptou uma linha dura em relação à imigração em outras áreas, dizendo em discurso no Parlamento dinamarquês em Outubro do ano passado: “Cada quinto jovem de origem não ocidental nascido em 1997 infringiu a lei antes de completar 21 anos. Não é toda a gente. Mas há muitos jovens que tiram a liberdade dos outros, roubam o futuro das crianças, intimidam guardas prisionais – e deixam para trás um longo rasto de insegurança.”
A primeira-ministra dinamarquesa estava a abordar o preocupante aumento do assédio contra mulheres dinamarquesas da comunidade imigrante. “Isto já acontece há muitos anos. Meninas que são chamadas de nomes pejorativos porque são dinamarquesas, ou meninas que estão sujeitas ao controle social porque se tornaram dinamarquesas demais. Um carrinho de salsichas em Brønshøj que é atacado com fogos de artifício porque vende carne de porco.”
Apenas neste mês, a Dinamarca tornou-se no primeiro país da UE a declarar partes da Síria seguras e indicou que começaria a enviar de volta os refugiados sírios que entraram no país.
Na Dinamarca, com uma população de 5,8 milhões, 11% são de origem estrangeira, 58% dos quais vêm de países “não-ocidentais”.
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Fonte: https://rmx.news/article/denmark-to-reduce-share-of-non-western-foreigners-in-neighborhoods-to-reduce-parallel-societies/
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O discurso anti-imigração da primeira-ministra dinamarquesa ecoa perfeitamente o de qualquer partido nacionalista democrático, seja por honestidade ou por manha de quem quer absorver o voto nacionalista - em qualquer dos casos, confirma-se, aqui de modo absolutamente exemplar e retumbante, que a Democracia leva água ao moinho do Nacionalismo.
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