domingo, março 07, 2021

SUÍÇA - REFERENDO PROÍBE BURCA

A Suíça aprovou este domingo, através de um referendo, a proibição da burca islâmica, peça de vestuário que cobre o corpo das mulheres da cabeça até aos pés. A agência Reuters avançou que a proposta tinha sido aprovada por uma margem mínima: 51,2% dos votos contra 48,8%, segundo apontavam os resultados provisórios. Estes resultados foram pouco depois confirmados como definitivos pelo jornal 20 Minutes. O referendo é vinculativo e propõe uma revisão constitucional que visa permitir esta proibição.
A proposta levada a referendo foi promovida pelo Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla original), o partido de Extrema-Direita que em 2009 levou a referendo a proibição de minaretes, que acabou também aprovado. O presidente do comité que organizou o referendo e deputado do SVP, Walter Wobmann, disse citado pela Reuters que “na Suíça, a tradição é mostrar a cara” e que isso é “sinal das liberdades básicas”.
A proposta não refere directamente o Islão e também pretende travar, por exemplo, manifestantes violentos que utilizem máscaras durante protestos. No entanto, os políticos, a comunicação social e os activistas helvéticos têm-se referido a esta proposta como a uma medida de proibição da burca.
O Conselho Central de Muçulmanos na Suíça classificou este como dia triste para a comunidade, alertando que a decisão “abre velhas feridas” e envia um sinal claro de “exclusão para a minoria muçulmana”.
Já existiam dois cantões na suíça que proibiam coberturas faciais, esta proibição é agora para todo o território. Segundo um estudo da Universidade de Lucena, citado pela Reuters, praticamente ninguém na Suíça usa burca e apenas 30 mulheres utilizam niqab (serão mais as que utilizam hijab). Os muçulmanos correspondem a 5% da população suíça.

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Fonte: https://observador.pt/2021/03/07/suica-aprova-a-proibicao-da-burca-em-referendo-vinculativo/?fbclid=IwAR1b7taTqvWFL2d5_xbMXaMSTChE3DiCjtQwUNOPWO6rx2cSHtBBnFse5TA#comment-post-4444728-2967706

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Mais uma vez se vê como a genuína opinião popular é «racista», não admira que a elite reinante tenha tanto medo da simples existência de partidos «racistas»...
De resto, se a elite reinante não estivesse tão tomada pelo universalismo militante e pelo seu pró-outrismo e etno-masoquismo, mostraria contentamento por esta decisão popular contra um instrumento de opressão do sexo feminino...