«ROMULUS»
«Romulus» é o nome de uma série italiana de dez episódios que conta a história lendária de Rómulo, fundador de Roma, base directa da nossa latinidade.
Trata-se de uma obra de reconstituição histórica que, à primeira vista, tem um aspecto um bocadito comercial, com a sua estética «bárbara» e o nome do herói escrito com runas (letras germânicas) em vez de latinas ou etruscas (creio eu que os Etruscos não tinham letras daquelas, mas posso estar enganado), depois o genérico é música pop dos anos oitenta cantada em Inglês, num tom semelhante ao do genérico da popular série «Vikings»... tirando isso, e mais alguns pormenores que os especialistas podem identificar, a produção é brilhante e merece ser vista por qualquer ocidental que se preze como tal, especialmente se for latino, por motivo óbvio, pois que Roma é um dos fundamentos da Europa, talvez o mais vital de todos por acumulação, e está na raiz de pelo menos parte crucial da identidade étnica das actuais Nações latinas.
Fiquei a saber que os Latinos também tinham espadas de antenas, julgava eu que estas eram exclusivamente célticas, gostei desta novidade...
O que a série tem de melhor é o facto de ser integralmente falada em Latim, e Latim pronunciado com a pronúncia reconstruída - o v lê-se u, o c é sempre k - luxo que eu imaginava desde há anos e que finalmente se concretizou.
As referências religiosas estão credíveis, no seu rigor, se calhar exagerado, de referir apenas três Divindades latinas - Júpiter, Marte, Vesta - então e Janus, o Primeiro dos Deuses?, enfim, eles lá saberão em que fontes se baseiam, sendo entretanto verdade que grande parte (a maioria?) das Divindades de Roma são de origem sabina...
Este Rómulo é, por outro lado, um herói do mais bonzinho que há, algo unidimensional, diferente do que diz a lenda, pois que, tradicionalmente, pelo menos na versão mais conhecida - nem sei se há alguma outra - a verdade é que Rómulo mata o irmão, Remo, por este troçar do Pomério, que é a fronteira simbólica traçada por ele, Rómulo, em torno do monte Palatino como berço da futura cidade... na série, Rómulo é Yemo e o seu irmão, Enitos, foi morto pelos maus da fita, e pronto, fica assim...
Entretanto, uma vestal abandona o culto de Vesta e dedica-se a Marte, ou Marmar (nome arcaico do Deus da Guerra), o que, tanto quanto sei, é inteiramente inventado pelo autor da série e está bem dentro do «zeitgeist», que gosta de incluir mulheres de armas nas sagas épicas, se calhar para rejeitar os «estereótipos» de que a mulher não luta, etc., enfim, uma cedência aos sabores da moda.
No seu todo, a série, disponível no canal de cabo HBO, é vivamente recomendável, pelo que todo o nacionalista de nações latinas está eticamente «obrigado» a vê-la, se tiver possibilidade de o fazer.
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