sábado, dezembro 12, 2020

ISRAEL - NACIONALISTAS JUDEUS PREOCUPADOS COM CONVERSÕES DE ISRAELITAS AO ISLÃO

Os casamentos entre judeus e árabes já são vistos como problemáticos num país onde o conflito israelo-palestino afecta todos os aspectos da vida diária. Por essa razão, há uma organização que visa ajudar aqueles que "se perderam".
Em 2017, Noy Shitrit, uma jovem judia do sul de Israel, converteu-se ao Islamismo e casou-se com um árabe israelita. Esta história chocou boa parte do país.
O público israelita não vê, usualmente, esses acontecimentos sob uma perspectiva positiva, devido ao antigo conflito israelo-palestino, ao sangue derramado ao longo dos anos, e ao incitamento mútuo. Com esse conhecimento, as massas esforçaram-se para entender o que poderia ter empurrado uma mulher judia aos braços do "inimigo".
A Sputnik Internacional entrou em contacto com representantes da organização que presta ajuda às mulheres nesta questão a retornarem "às suas raízes".
Antecedentes problemáticos
Ajudar estas mulheres "que se perderam" foi uma das razões pelas quais, em 2005, Anat Gopstein e seu marido fundaram a Lehava, uma organização que visa acabar com a assimilação de judeus em Israel: "Muitas dessas jovens [que acabam por se converter] vêm de origens problemáticas. Algumas são atraídas pela atenção que o homem lhes dá, outras ficam hipnotizadas pelos presentes que eles compram. Estes relacionamentos começam sempre com um 'uau', mas [quase] todos terminam com problemas."
Embora muitos em Israel considerem a Lehava um movimento de Extrema-Direita, acusando os seus integrantes de incitamento e até de terror, Anat diz que "a hipocrisia dos jogos políticos" não a impedirá de continuar com as suas actividades. Além de ajudar os convertidos a encontrarem um caminho de volta ao Judaísmo, a organização também é conhecida por ajudar jovens de origens problemáticas a integrarem-se na sociedade. Também ajudam as mulheres que sofreram abuso físico ou social a retornarem a uma vida normal.
'Ameaça' de assimilação
Actualmente, Anat afirma que recebe cinco pedidos de ajuda por dia. Alguns vêm de mulheres que se converteram e querem encontrar uma saída. Outros são enviados por familiares ou conhecidos que sabem sobre relacionamentos abusivos e querem ajudá-las a resolver o problema.
"É difícil dar números oficiais, mas sabemos que os casos de conversão estão a aumentar, simplesmente porque o processo de assimilação em Israel também está a aumentar."
Contudo, as palavras de Anat são apoiadas por estatísticas. Em 2003, por exemplo, números oficiais sugeriam que apenas 40 judeus israelitas se converteram ao Islamismo. Já em 2006 esse número quase dobrou, com o país a registar 70 desses casos. Desde então, esta tendência não pára de crescer. Entre 2005 e 2007, 250 israelitas converteram-se oficialmente ao Islamismo, sendo muitos deles mulheres.
"O que funciona é que as mulheres acabam por se converter porque se casam com homens muçulmanos, e isso é um problema para nós visto que [...] tiram a nossas mulheres ao Judaísmo". Da mesma forma, a assimilação religiosa também tem efeitos negativos para os frutos desses casamentos.
"[Por viverem com os seus pais árabes] as crianças vão acabar por se casar com árabes quando crescerem, e isto significa que vão abandonar o Judaísmo. Mas, mesmo que deixemos isso de lado, pense nesses filhos. Eles nascem e são criados por duas sociedades em conflito, e muitas vezes são indesejados por qualquer uma delas", sendo este também outro factor que leva a organização Lehava a ajudar as pessoas convertidas que desejam retornar à sua fé original.
Em contraste, as tradições judaicas são menos rígidas a esse respeito. De acordo com o Judaísmo, a descendência de casamentos mistos em que a esposa é judia continuará a ser judia, mas para Anat e a organização que ela representa, o mero conceito ainda é um problema.
Levaha: uma missão
Não está claro quantas pessoas trabalham para a polémica organização, mas segundo algumas estimativas, o movimento tem milhares de funcionários e voluntários. Apenas algumas dezenas de pessoas trabalham com o propósito específico de ajudar as mulheres a retornar ao Judaísmo.
"Ajudamo-las conversando e mostrando-lhes uma saída. Por vezes, estas meninas precisam de um apartamento para onde correr e se esconder, e nós ajudamo-las. Outras vezes, precisam de ajuda psicológica e nós tentamos apoiá-las. Estou ciente do facto de a nossa actividade ser considerada racista, mas essa atitude não nos abala", diz Anat.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2020121016592054-com-conversao-ao-islamismo-crescendo-organizacao-judaica-quer-ajudar-aquelas-que-se-perderam/

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Seria interessante saber qual a tendência ideológica dos convertidos... e/ou as influências políticas ao seu redor, nomeadamente por parte dos pais... a cena tem um aspecto demasiadamente «familiar», faz lembrar o etno-masoquismo e a subsequente islamofilia no seio de certo esquerdalhame ocidental, usualmente o mais urbano-modernaço e juvenil...



1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Toca a todos

13 de dezembro de 2020 às 22:34:00 WET  

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