quarta-feira, dezembro 23, 2020

23 DE DEZEMBRO DE 363 - PROIBIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO EM QUALQUER CELEBRAÇÃO PAGÃ, MARCO HISTÓRICO DO TOTALITARISMO ESPIRITUAL NO OCIDENTE

Em 363, Juliano, o último imperador pagão, tinha morrido. Em seu lugar foi eleito Joviano, que pareceria, a princípio, «pouco» intolerante para com os pagãos. Emitiu um édito de tolerância, estipulando que embora o exercício de ritos mágicos fosse punido, os seus súbditos gozariam de plena liberdade de consciência. No mesmo ano, todavia, emitiu outro édito a ordenar a queima da Livraria de Antioquia; a 11 de Setembro emitiu um édito a condenar à pena de morte quem adorasse os Deuses ancestrais - e, a 23 de Dezembro, estendeu o mesmo castigo a todo aquele que participasse em qualquer cerimónia pagã, mesmo as privadas.
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Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Jovian_(emperor)

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Este foi pois mais um marco histórico do início do totalitarismo na Europa, um totalitarismo espiritual do qual os Europeus só começaram a libertar-se na Idade Moderna, à medida que o Cristianismo perdia terreno. Houve entretanto outros totalitarismos, mas estes mais políticos que espirituais, acompanhando a dessacralização da sociedade, embora tenham também eles sido deitados abaixo. E, espiritualmente, começam hoje a surgir novos locais de culto pagãos em solo europeu, como faróis que se acendem para iluminar um renascer da Europa integral.