EUA - TRUMP BARROU A ENTRADA A MILHARES DE IMIGRANTES MUÇULMANOS, BIDEN PODERÁ DEIXAR ENTRAR MAIS DE CEM MIL
Os Estados Unidos admitirão um máximo de 15000 refugiados para o ano fiscal de 2021, a maior baixa de todos os tempos, de acordo com um aviso que a administração Trump publicou na Vernes no Federal Register.
O governo também suspendeu a entrada da maioria dos refugiados da Síria, Somália e Iémen, alegando riscos de terrorismo.
O aviso afirma que o limite “é justificado por preocupações humanitárias” e “incorpora mais de 6000 vagas não utilizadas do teto de admissão de refugiados do ano fiscal de 2020 que poderiam ter sido usadas se não fosse pela pandemia COVID-19”.
O novo tecto, abaixo de 18000 no ano fiscal anterior e muito inferior aos 84000 refugiados admitidos em 2016, permanecerá em vigor pelo menos até Janeiro e possivelmente depois, mesmo que haja uma transição na Casa Branca.
Organizações humanitárias disseram à VOA que o número de refugiados sírios, somalis e iemenitas já encaminhados para reassentamento nos EUA era quase o dobro do número estabelecido pelo limite.
Em 27 de Outubro, grupos sem fins lucrativos confirmaram que 27023 indivíduos estavam no “pipeline” para reassentamento nos Estados Unidos, pendentes de verificações de segurança.
A repartição entre os países foi de 12924 da Somália, 14084 da Síria e 15 pessoas do Iémen, de acordo com duas organizações humanitárias.
Jennifer Quigley, directora de defesa de refugiados da Human Rights First, observou que o processo de reassentamento de refugiados é lento e trabalhoso e que os refugiados encaminhados pela agência de refugiados da ONU (ACNUR) estão em processo há mais de um ano.
Quigley acrescentou que a demanda por reassentamento é esmagadora, já que menos de 1 por cento dos refugiados em todo o mundo conseguem ser encaminhados.
“O estatuto de refugiado dá direito a protecção onde quer que se esteja. Mas não dá direito ao reassentamento, por isso há agora mais de 27 milhões de refugiados no mundo”, disse.
Resposta do Estado
Contactado pela VOA, um porta-voz do Departamento de Estado recusou-se a comentar se refugiados da Somália, Iémen e Síria já em processo de reassentamento seriam rejeitados com base na sua nacionalidade ou no limite reduzido de refugiados.
O aviso de Vernes especifica que excepções podem ser feitas para refugiados das três nações restritas “que foram perseguidos ou têm um temor fundado de perseguição por causa da religião” ou foram encaminhados por uma embaixada dos EUA.
Não está claro quantos refugiados dos 27023 indivíduos se podem enquadrar nas categorias isentas.
Incerteza política
A duração do edital pode depender de quem ocupa a Casa Branca em Janeiro.
O candidato democrata à presidência, Joe Biden, prometeu durante a campanha aumentar o tecto de admissões de refugiados para 125000.
Sarah Seniuk, gerente de defesa e comunicação do Refugee Council USA, disse que Biden poderia “aumentar imediatamente a meta de admissão de refugiados para o próximo ano. Ao preparar-se para deixar o cargo, [o presidente Barack] Obama fixou para [o ano fiscal] 2017 em 110000 e, após a sua posse, [o presidente Donald] Trump reduziu o número para 45000”.
Mesmo que um número novo e maior fosse definido, os especialistas em refugiados dizem que levaria tempo para expandir drasticamente o programa, após anos de redução.
No plano 2021 de Trump para refugiados, há 5000 vagas alocadas para refugiados que enfrentam perseguição religiosa, 4000 para refugiados do Iraque que ajudaram os Estados Unidos e 1000 para refugiados de El Salvador, Guatemala e Honduras, deixando 5000 para outros.
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Fonte: https://www.voanews.com/usa/us-cuts-refugee-admissions-creating-doubt-tens-thousands-applicants
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Se depois houver «azar», alguma série de atentados facilitada pela existência de uma ampla base de muçulmanos a servir de candidatos a bombistas e, sobretudo, a apoiantes e cúmplices das operações terroristas, enfim, a culpa será do «racismo» ou da «islamofobia», ou então «é a vida...», como diria Guterres...
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