quarta-feira, junho 10, 2020

«PRIVILÉGIO!» E SACRILÉGIO

«Privilégio!»...
O clero da «religião» do Anti-Racismo não se cansa de martelar aos ouvidos de tudo e todos que os Europeus são «privilegiados!»
Ora, o que é privilégio? «Privilégio» vem do Latim «privilegium», que significa «lei de excepção, favor». No Dicionário Priberam, estes são os seus significados:
«1. Direito ou vantagem concedido a alguém, com exclusão de outros.
2. Título ou diploma com que se consegue essa vantagem.
3. Bem ou coisa a que poucos têm acesso.
4. Permissão especial.
5. Imunidade, prerrogativa.
6. Qualidade ou característica especial, geralmente positiva. = DOM»

É, portanto, um bem ao qual só alguns têm acesso – é sempre, note-se, algo de prático, concreto, consumível. Diga-se, por exemplo, a uma criança de seis anos, que ela é detentora do fabuloso privilégio de ter ao seu alcance uma biblioteca com muitos e bons livros, até mesmo uma luxuosa edição de capa dura e aveludada dos Lusíadas, «ui, que privilégio!!», dir-lhe-ão pais e professores à antiga – mas o que o puto quer é um carrito de corridas ou similar brinquedo, ou, claro, uma play-station. Não restam dúvidas na mente adulta de que os Lusíadas – seja em edição de luxo seja em edição económica – vale muito mais do que quaisquer dispositivos de «reinação», mas essa consciência não melhora a felicidade da criança. Afirmá-la como privilegiada acaba por descambar no vazio, pelo menos em termos imediatos. 
Muito mais vazio, e traiçoeiro, é chamar «privilegiados» aos brancos europeus como bloco.
Qual é, por exemplo, o privilégio do jovem branco das classes populares, entre o leste europeu e o oeste norte-americano? 
Nasce numa família pobre, ou remediada, e desde cedo é confrontado com limitações no campo económico. Saberá sempre que terá de trabalhar a vida inteira – quando muito, poderá um dia ganhar o euromilhões, mas dificilmente irá pôr as mãos no fogo por tal garantia... Um jovem assim pode saltar de tal berço para um patamar sócio-económico superior, através dos estudos ou de algum dom que possua - desportivo, intelectual, mas sobretudo desportivo... - mas casos destes são sempre minoria. Repito o que disse quase entre parêntesis – o «privilégio» que pode melhorar a vida do jovem branco de classes baixas é quase sempre um dom no campo da motricidade ou do bom desempenho físico, do desporto à dança. Actividades para as quais a vivência de rua o preparou. Raramente se vê um petiz de classes baixas branco a salientar-se no estudo das literaturas ou das letras em geral; ao fim ao cabo, isto foi sempre assim, pois que, já na época do Estado Novo, os jovens de classes populares enveredavam por cursos técnicos – ou a escola industrial ou a comercial – só os «meninos ricos» prosseguiam estudos no chamado «liceu» e nas universidades, em Letras, Direito, Ciências, etc.. Actualmente, os «advogados» de acusação contra o «racismo!!!» pretendem forjar indignação a partir da constatação de que os jovens negros se encaminham quase sempre para cursos técnicos, como se essa orientação fosse culpa de algum racismo em vez de ser, na verdade, uma consequência da vivência sócio-económica de todas as classes baixas, brancos incluídos... Fora do sonho americano e dos paraísos de igualdade que possam existir em sociedades especialmente mais desenvolvidas, a verdade é que o jovem branco das classes baixas raramente passa muito «além» do meio em que nasceu. 

Durante a infância e adolescência, até mesmo na idade adulta, tem o branco pobre de enfrentar um mundo violento. Aí, das duas uma, ou se junta a um gangue, ou, se quiser fazer vida séria, sem cadastro, viverá frequentemente acossado, no fio da navalha literalmente falando, entre uma facada e um espancamento, quando não um tiro. Raramente podendo andar «bem» vestido, não é bem encarado em loja alguma; facilmente se suspeita, aí, de que o jovem quer furtar – e nem há problema ou consequência em acusá-lo de estar a subtrair bens, mesmo que não esteja a fazê-lo, porque o seu poder em termos sócio-económicos é nulo, pelo que dessa situação não brota nenhum processo em tribunal por calúnia. Não haverá, claro, nenhuma chusma jornalística a armar me(r)diático e histérico cagaçal por causa de uma acusação injusta – o branco pobre não tem a «cor» certa para isso...

O que é que o jovem mais valoriza, genericamente, todo o jovem, de todas as classes? As amizades, a/os namorada/os, o prestígio social no seu meio, o desporto, a música (juvenil), o prazer sexual. 
Quem tem mais acesso a tudo isso – o jovem branco isolado num meio urbano... ou o jovem negro do meio urbano ocidental, quase sempre inserido numa ampla comunidade da sua raça, estando por isso quase sempre de «costas quentes» na rua do seu bairro, na escola, nos transportes públicos, nos divertimentos nocturnos, podendo, por isso mesmo, gozar de «livre trânsito» em tudo quanto é espaço juvenil e podendo até, o mais das vezes, insultar despudoradamente as autoridades policiais? Durante mais de duas décadas usei diariamente os metros e comboios suburbanos de Lisboa e nunca vi, nem uma só vez, um só grupo de jovens brancos a recusar-se a mostrar o bilhete ao revisor ou a fazer troça de agentes de autoridade – negros sim, vi muitos jovens negros a fazer dessas e doutras, quase sempre impunemente, enquanto os polícias, coitados, se esforçavam por entabular conversação racional e pacífica, por entre as gargalhadas quase ostensivas dos «jovens» irreverentes... 
Ainda o prestígio no seu meio – como é ele construído? Através do «respect», do enquadramento num grupo que o defende contra outros; também através daquilo que é mais valorizado pelos jovens, repito, a música e o desporto. 
A quem estão entregues a música e o desporto no universo juvenil actual? 
Há décadas que as músicas mais promovidas nos grandes mé(r)dia são as de origem negróide – blues, rap, funk, soul, hip hop, até o jazz (obrigatoriamente amado pelas elites); há décadas que os desportistas me(r)diaticamente mais promovidos são os de modalidades nos quais os negros alcançam um bom desempenho – relativamente pouca natação, pouco ou nenhum halterofilismo (que é mesmo coisa de pobre... branco, sobretudo), escassa luta greco-romana, quase nenhuma esgrima, mas sim muito futebol, muito pugilismo... ouviu-se à saciedade falar sobre o «combate do século» entre dois pugilistas negros norte-americanos, Evander H. e um outro qualquer, mas nem pio ecoou quando no ano seguinte o campeão negro norte-americano foi derrotado por um campeão russo, o que, aliás, voltou a acontecer no ano seguinte, já com outro campeão russo... Outros desportos em que os negros se salientam são o atletismo, o basquetebol, muito badalados na imprensa, até já chegou a haver uma época em que os jogos do campeonato norte-americano de basket eram transmitidos em Portugal por um canal português, não sei se isso ainda acontece... Já agora, quando é que os mé(r)dia mais falaram em golfe, desporto de ricos «e de brancos!», quando foi?, quando um dos seus maiores campeões era o mulato Tiger Woods.

Em numerosos casos, só resta ao jovem branco ou ficar na sombra ou então juntar-se aos  «seus» brodas negros do bairro, mas aí esse jovem branco é quase sempre um bolicao, já bem afro-tuguizado, consumindo rap, usando as calças a meio do cu e, de quando em vez, ostentando a sua capacidade de falar bem o crioulo, porque «se não podes vencê-los, junta-te a eles» e mais lhe vale, em termos práticos, juntar-se aos mais fortes da sua realidade – falo aqui da realidade real, do bairro, das ruas, a realidade que de imediato lhe pode afectar a carne e os ossos, não a realidade das elitezinhas que vivem entre o confortável apartamento em zonas pacíficas da cidade e os meios académicos ou os cafés da moda intelectual...

Entretanto, não passa obviamente pela cabeça aos donos da moral vigente chamar «privilegiada!» a Isabel dos Santos ou aos demais negros filhos de governantes africanos que vivem à larga, à grande e à francesa em Angola e noutros países do hemisfério sul (e em Portugal, não?...)...

Já agora... donde parte essa «acusação» de «privilégio»?
É teoria elaborada ao nível das elites intelectuais do Ocidente, que, usualmente, se situam nas classes sociais altas ou médias. É converseta de verdadeiros privilegiados, com má consciência cristã por serem privilegiados, mas que, em vez de se aperceberem dos reais limites e contexto estritamente sócio-económico da sua condição privilegiada, resolvem misturá-la com a sua condição racial como se estivesse tudo ligado. Não está, como acima se viu. O intelectual burguês filhinho de papás é privilegiado, não «por ser branco» mas por ter bem cheio o bandulho e/ou os bolsos. Com a velha arrogância de classe que já há séculos é conhecida, pura e simplesmente ignora os padecimentos das classes baixas do seu próprio Povo e pode dar-se ao luxo de prestar culto ao Amado Outro, ao não branco, porque na sua «religião», a do anti-racismo, o que ocupa o primeiro lugar da pirâmide de valores é o enaltecimento do Alógeno. Neste contexto, o branco de classe baixa que não acatar o que lhe dizem os seus «melhores» - os pretensos donos da moral e do intelecto - facilmente é ridicularizado e imediatamente diabolizado, moralmente agredido em toda a linha, rotulado com o estigma de «racista!!!!», o qual, na religião da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente, é o mesmo que dizer «satânico!» - a condenação máxima. Um branco destes, «racista!», nem sequer costuma ser nomeado na imprensa como «jovem»... «jovem» é um título muito romantizado que tem em si uma carga positiva e que, por isso, só é usado pelos funcionários da imprensa para descrever os pivetes negros ou mulatos, nunca ou raramente se chama «jovem» a um skinhead nacionalista... O branco racista nunca é «jovem», nem que tenha quinze anos de idade; só o negro, o filho de imigrantes mouros ou o antifa é que é «jovem»...

O significado e sobretudo a conotação das palavras tem efectivamente um peso em si. «Jovem» é pois um desses termos. Outro é, afinal, «privilégio», que de imediato suscita a ideia de «vantagem injusta à partida», o que constitui uma das mais despudoradas aldrabices de que há memória na Idade Contemporânea, porque nada do que os brancos europeus possuem é injustamente possuído, excepto as peças de arte africana em museus europeus, mas essas podem bem ser todas, todinhas, devolvidas à procedência, sem que daí venha grande mal ao mundo...
A verdade é que, colectivamente, os Europeus merecem tudo o que t(iver)êm de bom, porque tudo o que t(iver)êm de bom foi conquistado com o seu esforço - e, de «brinde», deram o fim da escravatura e portanto a Liberdade ao resto do planeta. 
Tudo o resto é ou complexo de culpa pós-neo-cristão ou ressentimento de maus perdedores, que querem «revanche» por um jogo que já acabou há séculos e no qual foram sempre batidos, mas que acabou porque os Europeus assim o decidiram. 

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...


"Tudo o resto é ou complexo de culpa pós-neo-cristão ou ressentimento de maus perdedores, que querem «revanche» por um jogo que já acabou há séculos e no qual foram sempre batidos, mas que acabou porque os Europeus assim o decidiram."

O problema começa quando tantos Brancos (as) da tal elite a reforçar o sentimento de maus perdedores dos alogenos escuros, nomeadamente professores universitários fazem disciplinas ou aulas á base do sentimento de culpa branca. Já estive eu numa aula em que o tema era "racismo" e só apareciam imagens dos kkk (algumas bem explícitas) sobre o aparthaide nazismo etc e com a prof a reforçar através de palavras a "maldade" destes racistas. Alunos negros ao meu lado a ver aquilo o que é que vao pensar? Até eles levam lavagens cerebrais desde pequenos para acreditar que os brancos são malignos e os odeiam pela "cor de pele".

As elites brancas/judias fizeram e fazem-nos o favor de deixar milhões de africanos entrar na Europa e ainda lhes ensinam que os brancos são maus.

11 de junho de 2020 às 17:01:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Pior - pretendem atar as mãos dos brancos para que estes não se possam defender, incutindo-lhes para isso mitos culpabilizadores e, subsequentemente, incapacitantes. Parece uma guerra psicológica - e na guerra usa-se mesmo este tipo de propaganda contra o inimigo - mas é pior: uma mentalidade etno-masoquista, endofóbica, constitui por isso uma autêntica sida cultural, porque é o vírus que impede o Organismo Europa de se defender contra outras doenças vindas de fora.

12 de junho de 2020 às 06:53:00 WEST  

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