O DEVIDO LUGAR DO RACISMO E DOS «ANTI-RACISTAS»

Por mais que o discurso militante anti-racista seja banalizado, nunca perde o condão de meter nojo. Quando pretende revestir-se de alguma intelectualidade, só se salienta pelo descaramento mais abjecto. Insere-se aí a opinião de que «é preciso fazer o debate sobre o racismo em Portugal, que ainda não foi feito!» Mas qual debate qual merda. A ideia que esta «gente» tem de debate é pura e simplesmente usar o púlpito (a televisão) para ditar o Catecismo do Anti-Racismo ao povo, enquanto o povo amocha e acata. Não interessa se esse ditado é feito a uma ou duas vozes, em aparente «diálogo», ou a quatro ou cinco vozes, como acontece quando quatro ou cinco inqualificáveis «clérigos» e diáconos da religião anti-racista se juntam numa esquina televisiva para concordarem todos uns com os outros, e contra o racismo um diz mata, outro diz esfola e já 'tá o «debate» feito - ou seja, LAVAGEM CEREBRAL, incitação ao ódio contra os «racistas» e tentativa de INTIMIDAÇÃO dos «racistas» que por aí andem escondidos ou não assumidos, como quem diz «cuidado, olhem que o racismo é crime!!!!»

Ora a verdade é que o racismo NÃO É crime. Pode ser experiência pessoal, pode ser preconceito, pode ser estupidez, pode ser ideologia, mas crime é que não é de certeza.

Esta é a altura em que uma chusma de coisas antirras grita «racismo não é opinião, é crime!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!», mas NÃO, racismo NÃO É crime, racismo É MESMO OPINIÃO e pretender o contrário é querer criminalizar uma opinião, típico da súcia totalitária, irracional e anti-democrática. É o mesmo que eu dizer que ninguém com juízo usa um casaco amarelo, portanto para mim um casaco amarelo não é um casaco, é um trapo, e se eu rasgar um casaco amarelo de alguém, vou a tribunal dizer que não rasguei casaco nenhum, porque aquilo para mim não é um casaco...

Se, de hoje para amanhã, surgisse uma máquina de ler pensamentos, e com este dispositivo se conseguisse ver o que vai na mente de qualquer transeunte em qualquer rua, ver-se-ia então, além da massa fecal nas mentes anti-racistas, muito racismo na mente de muita gente - e nenhuma destas pessoas poderia ser criminalizada por isso, obviamente...

Mesmo quando o racismo é simplesmente uma questão de gosto, não deixa de constituir um direito. É mesmo tão simples como isto. Na sua cabeça, na sua casa, no SEU espaço, todo o indivíduo tem o direito de gostar ou não gostar do que lhe apetecer. Não o pode é impor a outros, em espaço alheio, obviamente. Por conseguinte, o lugar lógico do racista é na sua terra. Ir para a terra dos outros ser racista constitui um despudor dos mais repulsivos... Se eu acho por exemplo que os Japoneses tratam mal os ocidentais e se também creio que eles têm muitas desculpas a pedir ao mundo pelos crimes que cometeram durante a II Guerra Mundial, inclusivamente a invasão de território colonial português em Timor Leste, eu NÃO vou para Tóquio armar basqueiro. Não vou chatear os Japoneses de 2020 por aquilo que os Japoneses de há setenta e tal anos fizeram. Se eu não gosto dos Mouros e sei que eles raptaram muitas europeias, portuguesas incluídas, levando-as para a escravatura, não vou agora para Rabate exigir aos Marroquinos um pedido de desculpas. Aliás, se eu fizesse isso, facilmente seria expulso de qualquer desses países - Japão e/ou Marrocos, consoante o caso - sob acusação, justa, de adoptar atitudes provocatórias e incitar ao ódio, PROMOVER e até PROCURAR conflito... Se tenho estas más opiniões dos Nipónicos e dos norte-africanos, não vou para os países deles. Mas se vou, por ser forçado a isso, ou para fugir daqui ou para trabalhar, então tenho noção do espaço em que estou. Ninguém de lá me chamou ali. Estou lá porque EU preciso ou quero, não porque me obriguem a lá estar. Ou por outra, posso ser obrigado a refugiar-me lá, mas a culpa disso não é seguramente da generalidade dos nativos dessas paragens.

Se em Tóquio estou farto de ver caras amarelas e em Marrocos já não aguento ver mouros à frente, então vou para outro país. Se me apetece ver só gente da cor da neve, vou para a Islândia (se me deixarem lá entrar, bem entendido). Se, em vez disso, quero é ver muita mistura, não vou obrigar os Japoneses ou os Marroquinos a importar suecos, esquimós e ruandeses – EU é que saio dali para fora e vou, por exemplo, para o Rio de Janeiro ou para Cabo Verde... Ah mas a vida em Cabo Verde e no Brasil é insustentável, ou muito difícil, para além de perigosíssima, que azar, quem diria que esses paraísos de miscigenação iriam ficar assim, mas pronto, nesse caso tenho de escolher, não posso ter sol na eira e chuva no nabal... acima de tudo, o que eu não posso, garantidamente, é obrigar os Japoneses a deixar entrar milhares de europeus e de africanos só porque eu acho que assim é que todo o mundo deve ser e não deve haver nenhuma terra demasiado «amarelinha». Se me parece que a monorracialidade é de mau gosto e uma ofensa a Deus, o problema é meu – é OPINIÃO minha, que não tenho o direito de impingir aos outros. Nem sequer tenho o direito de a impingir aos meus próprios conterrâneos...