domingo, janeiro 19, 2020

UM DOS ENRIQUECIMENTOS QUE A IMINVASÃO TERCEIRO-MUNDISTA TROUXE À EUROPA - A MÁFIA NIGERIANA, UMA MAIORES DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS DO MUNDO

A máfia nigeriana é uma das redes criminosas que mais cresce na Europa, alastrando as suas actividades criminosas nos quatro cantos do velho mundo. Ela é formada por grupos rivais como o Black Axe, Vikings e Maphite. Recentemente as autoridades da Itália, França, Alemanha, Holanda e Malta conduziram uma operação internacional direccionada a dois dos principais grupos mafiosos da Nigéria. A polícia acusou as quadrilhas de tráfico de pessoas, tráfico de drogas, roubo, extorsão, violência sexual e prostituição.
Segundo uma reportagem do Washington Post de Junho de 2019 sobre a máfia nigeriana na Itália: "domina o território desde Turim até ao sul de Palermo. Contrabandeiam drogas e traficam mulheres, obrigando-as a prostituírem-se nas ruas de Itália. Aliciam novos membros na casta de imigrantes rebeldes, recrutando-os ilicitamente em centros para candidatos a asilo administrados pelo governo italiano."
A máfia nigeriana, segundo a reportagem, "trafica dezenas de milhares de mulheres". A inteligência italiana salientou que a organização criminosa é "mais estruturada e a mais dinâmica" do que qualquer entidade criminosa estrangeira operando em solo italiano, de acordo com o Washington Post.
"Especialistas destacam que cerca de 20 mil nigerianas, entre elas menores de idade, chegaram à Sicília entre 2016 e 2018, traficadas em cooperação com nigerianos na Itália e na terra natal".
Não é de se admirar que a organização criminosa nigeriana tenha-se tornado tão proeminente em Itália: o país tem sido uma das portas de entrada da Europa para os imigrantes que se dirigem para o velho continente.
O que distingue as redes criminosas nigerianas das outras é a extrema violência - a polícia italiana disse que eles usam métodos de "guerrilha urbana" para manter o seu território em Itália  - e o uso de rituais de magia negra. De acordo com um levantamento realizado em Julho de 2017 pela Organização Internacional de Migração (OIM), as vítimas de tráfico sexual fazem um juramento "selado com um ritual de magia negra ou ritual de iniciação (a vítima compromete-se a honrar o acordo) "para com os traficantes, cônscias "do pavor da retaliação dos traficantes contra os familiares da vítima no país de origem".
De acordo com o levantamento da OIM de 2017: "nos últimos três anos, a OIM Italy testemunhou uma escalada de quase 600% no número de potenciais vítimas do tráfico sexual que chegaram à Itália por via marítima. Essa tendência gritante continuou durante os primeiros seis meses de 2017, sendo que a maioria das vítimas eram nigerianas."
No levantamento, a OIM estima que 80% das meninas, muitas delas menores, vindas da Nigéria, cujo contingente saltou drasticamente de 1.454 em 2014 para 11.009 em 2016, eram "vítimas potenciais de tráfico para exploração sexual".
A máfia nigeriana não limitou as suas operações somente à Itália. Expandiu-se até ao norte da Europa como Alemanha e Suécia. Em Londres, três membros da Black Axe foram considerados culpados de lavagem de aproximadamente 1 milhão de libras esterlinas, roubadas por meio de fraudes por telefone e e-mail. A máfia nigeriana, especificamente a organização Black Axe, também se expandiu pelo Canadá, onde um levantamento do jornal Globe and Mail a retratou como um "culto à morte" originário da Nigéria, onde foi vinculada a "décadas de assassinatos e estupros e que os seus integrantes dizem fazer um pacto de sangue". Recentemente, nos EUA o FBI associou uma série de fraudes financeiras ao Black Axe. Segundo a reportagem: "nos Estados Unidos e ao redor do mundo, a organização é responsável pela perda de milhões de dólares por meio de uma variedade de golpes requintados".
Na Suécia, a polícia descreveu a Black Axe como "uma das organizações criminosas mais eficientes do planeta". Há pouco tempo os média suecos publicaram uma matéria mostrando como o Black Axe actua: a uma nigeriana de 16 anos foi prometido um emprego na Suécia como cabeleireira; ao chegar, a Black Axe forçou-a a trabalhar como prostituta após passar por um ritual de magia negra. "Agora temos o teu sangue", disseram-lhe os integrantes do Black Axe, "se fugires, vamos-te encontrar sempre".
Em 2018 três nigerianos foram processados em Malmö por atrair mulheres nigerianas para a Suécia com a promessa de empregos e depois forçá-las a prostituírem-se após obrigá-las a passar por um ritual de magia negra em que eram obrigadas a comer um coração cru de galinha. Segundo o promotor sueco, o ritual de magia negra é uma maneira de controlar e explorar as vítimas traficadas, pois elas acreditam na magia negra.
Rituais da mesma natureza também foram utilizados no Reino Unido em 2018, quando um traficante procurava traficar mulheres da Nigéria para a Alemanha e, em Espanha, também em 2018, quando um grupo de 12 traficantes nigerianos foi preso, também por forçar mulheres a prostituírem-se e forçá-las a submeterem-se a rituais de magia negra. Na Alemanha, de acordo com um levantamento recente realizado pela Deutsche Welle, um número crescente de nigerianas acabou por prostituir numa das maiores zonas de bordeis da Alemanha em Duisburg e segundo Barbara Wellner da Solidarity with Women in Distress, "na maioria dos casos, os traficantes de seres humanos nigerianos são responsáveis pelo tráfico".
O número de nigerianas traficadas para a prostituição na Alemanha, embora ainda relativamente pequeno, tem vindo crescer nos últimos anos de acordo com um levantamento de Março de 2019 da Info-Migrants. Em 2013, apenas 2,8% das vítimas que se têm conhecimento eram da Nigéria. A percentagem subiu para 5% em 2016 e para 8% em 2017. Segundo o levantamento, que cita Andrea Tivig da organização dos direitos das mulheres Terre des Femmes, os traficantes usam o sistema de asilo: "chegou ao meu conhecimento em Itália... que os traficantes dizem às vítimas de tráfico de pessoas para se candidatarem a asilo, elas obtêm  então o estatuto para poderem ficar aqui na Alemanha, no entanto continuam a ser exploradas na prostituição.
As organizações da máfia nigeriana representam apenas uma parte, embora muito preocupante, do quadro total dos crimes das quadrilhas de imigrantes importados na Europa. Conforme relatado anteriormente pelo Gatestone Institute, os crimes das quadrilhas de imigrantes já representam uma ameaça aos cidadãos europeus. Em Novembro de 2018 Naser Khader, membro do parlamento dinamarquês do Partido Conservador e co-fundador do Movimento de Reforma Muçulmana, escreveu no jornal dinamarquês Jyllands-Posten o seguinte: "além do apego comum pelo crime, a cultura das quadrilhas de imigrantes é um cocktail de religião, filiação de clãs, honra, vergonha e irmandade... Quanto mais duro e violento se for, mais forte se será, cria-se então consciência de si mesmo e atrai-se mais gente".
Na Suécia, os crimes das quadrilhas de imigrantes tornaram-se num problema quase intransponível: alguns observadores descrevem a situação como "guerra". A Dinamarca combate cada vez mais os crimes das quadrilhas de imigrantes. Na Alemanha, onde as quadrilhas de imigrantes são conhecidas como clãs da família criminosa, as autoridades acreditam que ainda estarão a lutar contra o problema nas próximas décadas.
Nos debates políticos, os efeitos prejudiciais da imigração sobre o crime, particularmente o crime das quadrilhas, não recebem a devida a atenção, se é que recebem alguma atenção. Mas deveriam.
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Judith Bergman, é colunista, advogada e analista política e Distinguished Senior Fellow do Gatestone Institute.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/15461/europa-mafia-nigeriana?fbclid=IwAR3q4ueCIXtvavVJwIMzJ9JJXUaoNl8CdySqacY6p2z6gwE73S0W9oH447M