quinta-feira, janeiro 09, 2020

AS JANEIRAS - EVENTUAL ELEMENTO PAGÃO LATINO NO FOLCLORE PORTUGUÊS


Daqui e daqui, retiram-se trechos para compor este texto:

As Janeiras ou cantar as Janeiras é uma tradição em Portugal que consiste na reunião de grupos que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantando de porta em porta e desejando às pessoas um feliz ano novo.
Realizam-se em Janeiro. Este mês era consagrado a Jano, o Deus das Portas e das Passagens. Era o Porteiro dos Céus e por isso muito importante para os Romanos que esperavam a Sua protecção. Era-Lhe pedido que afastasse das casas os espiritos maus, sendo especialmente invocado no Seu mês, o primeiro.
Era tradição que os Romanos se saudassem em Sua honra no começar de um novo ano e daí derivam as Janeiras.

O Dicionário da Porto Editora (4ª Edição) define Janeiras como “Cantigas de boas-festas por ocasião do Ano Novo”.
Assim sendo, não podemos deixar de relacioná-las com Janeiro, o primeiro mês do ano, assim chamado em honra do Deus Jano (de janua = porta, entrada). Este Deus ocupa um lugar muito importante na mitologia romana, sendo o Seu nome invocado antes de JúpiterJano é o Porteiro Celestial, e, consequentemente, o Deus das Portas, que as abria e fechava, esperando-se a Sua protecção na partida e no regresso. Considerado um Deus dos começos, Jano era invocado para afastar das casas os espíritos funestos e não podia deixar de ser invocado no mês de Janeiro, começo do novo ano. Em Sua honra aproveitariam os Romanos para se saudarem uns aos outros. Parece, portanto, que as Janeiras têm origem nesses cultos pagãos, que o cristianismo não conseguiu apagar e que se foram transmitindo de geração em geração. 
A tradição geral e mais acentuada, é que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos (no caso de os haver, são mais comuns os folclóricos: pandeireta, bombo, flauta, viola, etc.). Depois do grupo feito, e de destribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança.
Terminada a canção numa casa, espera-se que os donos tragam as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, chouriço, morcela, etc. Por comodidade, é hoje costume dar-se chocolates e dinheiro, embora não seja essa a tradição).
No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou então, comem todos juntos aquilo que receberam.
As músicas utilizadas, são por norma já conhecidas, embora a letra seja diferente em cada terra.

A mais conhecida parece ser esta:
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas
Detalhe da tradição das Janeiras no Minho

As Janeiras na zona centro, arredores de Leiria, em Castanheira de Pera

Janeiras na Quinta da Saudade, Algarve

É de lembrar que já na obra «De Correctione Rusticorum», do século VI, se lê (Ponto 10) que já nessa altura o Povo considerava o início de Janeiro (as Calendas de Janeiro) como o início do ano, ao passo que no Cristianismo da época se afirmava, conforme diz o autor, que o ano só começava no equinócio da Primavera...

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Dá para acreditar nesta história, Caturo? Ex- ateu?! Isso para mim não existe!

https://noticias.gospelmais.com.br/ex-ateu-testemunha-conversao-evangelho-estrela-jesus-117044.html



Ateuvaldo Leal

9 de janeiro de 2020 às 19:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://www.jn.pt/nacional/mais-de-3400-numeros-de-seguranca-social-atribuidos-a-estrangeiros-numa-semana-11692597.html

10 de janeiro de 2020 às 23:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que dizer desse tipo de branco,Caturo?


http://www.aimorridesungabranca.com/2010/07/felipe-dylon-fui-internado-na.html?m=1

11 de janeiro de 2020 às 17:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cenas de um quotidiano multiculturalista:

https://streamable.com/vkrt0

11 de janeiro de 2020 às 21:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://www.cmjornal.pt/mundo/amp/turista-e-violada-em-praia-do-brasil-comandante-da-policia-culpa-vitima-pelo-crime

O pao nosso de cada dia la. Em breve portugal sera assim tal o aumento de brasucas por ca.

12 de janeiro de 2020 às 02:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/turista-e-violada-em-praia-do-brasil-comandante-da-policia-culpa-vitima-pelo-crime

Salvador que é a zona com mais negros do Brasil. Será que vão haver manifestações em vários locais do mundo contra a agressividade sexual racista e terceiro mundista?

12 de janeiro de 2020 às 10:12:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ufa Caturo! Ainda bem que não foram brancos a atirar estes negrinhos aos jacarés senão amanhã o Mamadou e a sua tropa punham Lisboa em estado de sítio. Mas vendo bem as coisas se calhar a culpa disto também é dos brancos!

12 de janeiro de 2020 às 11:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que dizes disto, Caturo?

https://www.publico.pt/2020/01/11/sociedade/opiniao/justica-giovani-medo-racismo-1899998

12 de janeiro de 2020 às 17:29:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, viste os identitário da noticias Viriato:

https://www.youtube.com/watch?v=rsARomOHyRE

a questionar o Mamadou, em plena avenida da Liberdade.Enorme a o apoio popular está a ser grande por todos os portugueses

12 de janeiro de 2020 às 20:39:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Ufa Caturo! Ainda bem que não foram brancos a atirar estes negrinhos aos jacarés senão amanhã o Mamadou e a sua tropa punham Lisboa em estado de sítio. Mas vendo bem as coisas se calhar a culpa disto também é dos brancos!»

Claro que é culpa dos brancos porque o racismo e o colonialismo atrasaram as populações e a manipulação dos poderes locais levou à guerra e mai' não sei quê, além disso na Europa também se cometem crimes e tititi, já se sabe que toda e qualquer argumentação dessa «gente» tem sempre como meta e justificação moral a culpabilização do Europeu.

14 de janeiro de 2020 às 17:35:00 WET  
Blogger Caturo said...

«O que dizes disto, Caturo?
https://www.publico.pt/2020/01/11/sociedade/opiniao/justica-giovani-medo-racismo-1899998»

Isto, caro anónimo:

«RACISMO, RACISMO, RACIIISMOOOO!!!!» é o que certas vozes me(r)diáticas guincham em torno da morte de um cabo-verdiano em Bragança, assegurando, por outro lado, que o caso do jovem branco que em Lisboa foi assassinado por guineenses durante um assalto, teve este final trágico apenas como consequência da resistência do português, não por motivações raciais...
Antes de mais nada, quem garante que no assalto não houve racismo por parte dos assaltantes, nomeadamente no que respeita à escolha da vítima? Os militantes anti-racistas partem do princípio que ali a raça nada interessou, tal como partem do princípio que a raça interessou no caso de Bragança, porque sim, porque em Bragança interessou, porque quem morreu foi um negro... alguns comentadores chegam mesmo a dizer que, se o cabo-verdiano não foi morto por racismo, ou se os que o mataram eram negros (ainda não se sabe), isso são detalhes, porque o que interessa frisar é que o racismo conduz à violência...
Assim se constata a agressividade de activistas desta laia - mesmo nada tendo de concreto para lançar a acusação de racismo, ainda assim não deixam que um «pormenor» desses os atrapalhe, têm é de continuar ao ataque, batendo na tecla do racismo, a ver se pega, talvez querendo obrigar os «racistas!!!» a retrair-se mesmo não tendo feito coisa nenhuma... Alegam, os anti-racistas, que o racismo é tanto e tanto e tão horrível, que qualquer homicídio de negro desperta uma compreensível indignação... tradução: «a gente tem é que falar em racismo, de uma maneira ou doutra, e o culpado tem sempre de ser um racista branco, dê lá por onde der». Claro que pura e simplesmente irem-se embora da Europa é opção que nem está em causa: o branco é racista, é isto e aquilo, mas na terra do branco é que se está bem....
Ora essa conversa dessa espécie de reflexo condicionado de cada vez que morre um negro, serve muito melhor para os casos em que um branco é morto por negro(s). Só em seis meses, foram pelo menos dois, que me lembre - não apenas o do Campo Grande, mas também o da discoteca no Algarve, em que um negro assassinou um jovem porteiro branco... É natural que haja muitos cidadãos brancos a reparar nesse padrão de jovens brancos assassinados por negros em contexto de violência fútil e gratuita, sobretudo os cidadãos brancos que mais contacto directo têm com essa realidade, nas ruas, nas discotecas, nas escolas, nos transportes públicos. Estes cidadãos brancos atentos começam a revoltar-se. Cada vez menos aceitam comer e calar na sua própria terra. Depois votam - e nessa altura ouvem-se as carpideiras da Inquisição Anti-Racista a gemer que «vem aí o Nazismo!!!!», mas como é que o Zé-Povinho é capaz de votar em partidos racistas...

14 de janeiro de 2020 às 17:43:00 WET  

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