quarta-feira, janeiro 08, 2020

NÃO, DESTA VEZ NÃO FOI «ASSASSINATO»...

Qasem Soleimani:
- era um terrorista de Estado, envolvido desde há muito no planeamento de ataques contra civis, nomeadamente em Israel, país que em 2015 quis eliminá-lo mas foi nisso impedido por Obama, que ameaçou deitar abaixo os aviões israelitas que tentassem a operação; 
- foi culpado da morte de centenas de soldados americanos em solo iraquiano - e ele não era iraquiano, nem sequer era árabe, era em vez disso iraniano, fazia portanto guerra em terra alheia, tanto como qualquer «imperialista» americano; um dos ataques mortais a posições americanas deu-se a 27 de Dezembro;
- organizou o ataque à embaixada americana no Iraque, ocorrido na semana passada...
Desta vez lixou-se. Julgaria, ele e os seus, que estava a lidar com Jimmy Carter, o qual nada fez diante do ataque à embaixada norte-americana de Teerão em 1979, mas não, desta vez o presidente era outro...
Trump fez o que tinha a fazer - o mínimo dos mínimos, para mostrar ao regime dos aiatolas que há limites. Note-se: nem sequer foi matar civis iranianos, ou sequer soldados, não, matou só o cabecilha. Claro que a partir daí a imprensa «livre», maioritariamente de Esquerda, ou da Direitinha submissa aos «valores» do esquerdalhame, tinha de o queimar como pudesse, o que inclui a subtilezazinha reles e sonsa de chamar «assassinato» à operação... um assassinato é um crime, a morte de um inocente; um soldado abatido a meio de um conflito bélico não se qualifica como «assassínio». Enfim, este vício da manipulação desonesta da linguagem vem de longe, já quando há mais de uma década e meia Israel abateu o líder do Hamas, os «jornalistas» souberam guinchar que «Israel assassinou o líder do Hamas», sendo estes os mesmos «jornalistas» que chamavam «execução» a cada um dos assassínios cometidos por «insurgentes» iraquianos contra jornalistas ocidentais sequestrados...

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

LOL esse amor pelos judeus bate tão forte que não te permite racionalizar. Se o Soleimani era um mauzão que merece morrer atacado de forma covarde que dizer dos verdadeiros terroristas do Isis e afins que andam por aí á solta? Que dizer do regime da Arábia Saudita que até mata jornalistas nas suas embaixadas mas pelo qual os EUA e Israel nutrem estima? De resto para os EUA vale tudo só par aos outros é que não? Até atacar 50 e tal locais incluindo locais culturais no país que perdeu um dos seus heróis graças a um ataque (terrorista?) dos EUA?

8 de janeiro de 2020 às 22:40:00 WET  
Blogger Caturo said...

Desmontando a argumentação cegamente anti-sionista ponto por ponto:

«Se o Soleimani era um mauzão que merece morrer atacado de forma covarde»

Mas qual «de forma covarde»? Que imbecilidade... então o tipo de guerra que ele fazia era o quê, corajoso, a organizar atentados terroristas? Como é que se abate não-covardemente um inimigo destes, é desafiando-o para um duelo de mãos limpas? Parvoíce. Se as armas dele fossem as letras, teria de por letras ser combatido; se fosse um campeão de luta no ringue, no ringue teria de ser enfrentado; sendo o seu campo o da guerra terrorista e dos ataques a longa distância, teve a morte que mais se lhe adequou, aliás, até teve foi muita sorte, porque merecia morte mais lenta pelos crimes que cometeu.


«que dizer dos verdadeiros terroristas do Isis e afins que andam por aí á solta?»

Andam aí à solta por culpa de quem? De Trump, que sempre os combateu? Outro «argumento» anti-sionista sem cabimento...


«Que dizer do regime da Arábia Saudita que até mata jornalistas nas suas embaixadas mas pelo qual os EUA e Israel nutrem estima?»

Mas qual estima? A Arábia Saudita até já ameaçou abater aviões de combate israelitas e Trump nunca mostrou qualquer estima pelo regime de Riade. Sucede que a aliança com os Sauditas vem de longe, é um pilar local da política americana e não se «remove» um obstáculo desses sem tratar do resto primeiro, e o resto dá trabalho, é vastíssimo, o perigo nuclear iraniano está à porta, outras ameaças não estão longe, até a Turquia parece prometer mais chatices graves do que a relativamente estática (e geralmente pouco competente) Arábia Saudita.


«Até atacar 50 e tal locais incluindo locais culturais no país»

Claro que o presidente tinha de dizer que estava pronto a atacar o Irão e que até já tinha alvos escolhidos, a guerra faz-se assim, e se falou em locais culturais, se calhar foi para não falar em locais civis, locais civis que o Irão não se escusa de atacar e não tem pudor algum em ameaçar, como recentemente se ouviu da boca de um seu responsável contra uma cidade inteira, Haifa, mas isso os anti-sionistas de plantão não comentam, claro, porque se os Judeus forem todos massacrados até é bom...

«que perdeu um dos seus heróis»

Perdeu um dos seus maiores terroristas, que deliberadamente organizava ataques contra civis; chamar-lhe «herói» já diz tudo sobre quem lhe aplica esse rótulo.


«graças a um ataque (terrorista?) dos EUA?»

Não, não foi um ataque (terrorista) dos EUA. Ataque (terrorista) é massacrar (civis propositadamente para criar o terror generalizado; ou pessoas que simbolizem ideologia oposta, como nos atentados das FP25 de Abril em Portugal nos anos oitenta). Isso é que é ataque (terrorista. Os EUA fizeram exactamente o oposto tanto quanto é possível ser oposto quando se fala em acções militares - um ataque cirúrgico, não contra civis, nem sequer contra soldados em geral, mas sim contra um tipo que não era simplesmente um símbolo ou um discordante, era um mandante concreto de matanças). Nada mais justo.

9 de janeiro de 2020 às 01:58:00 WET  
Anonymous Anónimo said...


"Desmontando a argumentação cegamente anti-sionista"

Não sou anti sionista muito menos cegamente, tu é que és cegamente sionista...

"então o tipo de guerra que ele fazia era o quê, corajoso, a organizar atentados terroristas?"

Onde tens provas disso? Ele organizava ataques terroristas? E contra quem?

"Andam aí à solta por culpa de quem? De Trump, que sempre os combateu"

Combateu assim tanto tendo em conta o poderio norte americano? O Irão tambem os combateu, mais do que Israel.

"Claro que o presidente tinha de dizer que estava pronto a atacar o Irão e que até já tinha alvos escolhidos, a guerra faz-se assim, e se falou em locais culturais, se calhar foi para não falar em locais civis"

Má desculpa Caturo. Arranja outra.

"chamar-lhe «herói» já diz tudo sobre quem lhe aplica esse rótulo."

Era um herói para o povo dele (foi nesse sentido que utilizei a expressão) . Eu nem o conhecia antes deste ataque. Era um santo? Concerteza que não nem nenhum general o tem que ser. Mas andam por aí á solta muitos pior que ele {em vários continentes) e os misseis do Trump não tratam deles. Quanto a esse juízo de valor sobre mim que fizes-te pelo meio tou me a cagar para isso. Do meu lado continuo a achar que és um tipo inteligente e com grandes qualidades para a luta do nacionalismo/racialismo só que cego por uma indelével imparcialidade a favor dos interesses de Israel.

11 de janeiro de 2020 às 14:22:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Já agora mais uma coisa Caturo (sou o mesmo anónimo que fez o primeiro comentário). Se as forças xiitas perdem força no Iraque sabes que forças muito provavelmente ganharam força?

11 de janeiro de 2020 às 14:23:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não interessa quem ganhou neste caso - interessa que a actuação iraniana tinha de ser travada.

14 de janeiro de 2020 às 17:15:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Onde tens provas disso?»

Tantas ou tão poucas provas como tu podes ter, as fornecidas pelos diferentes média.


«Ele organizava ataques terroristas?»

Apoiava maciçamente quem o fazia.


«E contra quem?»

Israel e EUA.


"Andam aí à solta por culpa de quem? De Trump, que sempre os combateu"

«Combateu assim tanto tendo em conta o poderio norte americano?»

É discutível. Se usasse mais do seu poderio, eventualmente teria de envolver mais meios, logo, mais presença em solo estrangeiro, algo que o próprio Trump diz querer reduzir.


«O Irão também os combateu»

Combateu os sunitas, claro... enquanto apoia o terrorismo xiita do Hezbollah.


"Claro que o presidente tinha de dizer que estava pronto a atacar o Irão e que até já tinha alvos escolhidos, a guerra faz-se assim, e se falou em locais culturais, se calhar foi para não falar em locais civis"

«Má desculpa Caturo»

Algum dia se fez guerra sem ameaças?


"chamar-lhe «herói» já diz tudo sobre quem lhe aplica esse rótulo."

«Era um herói para o povo dele»

A questão é exactamente essa - pelos vistos há quem no Irão não goste nada dele e eventualmente não serão poucos. Dar como adquirido que Trump atacou todo um povo é estratégia política incorrecta. (foi nesse sentido que utilizei a expressão) .


«Mas andam por aí á solta muitos pior que ele {em vários continentes) e os misseis do Trump não tratam deles»

E matam tantos americanos e ameaçam directamente um Estado aliado do Ocidente?


Agradeço, saudações.

14 de janeiro de 2020 às 17:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"E matam tantos americanos e ameaçam directamente um Estado aliado do Ocidente?"

Tens centenas de gajos do ISIS (nomeadamente um ou dois pretogueses) que estão presos em várias priões no Medio Oriente, e o Tio Sam deixa-os estar lá nas prisões em vez de lhes limpar o sebo, se for preciso um dia fogem dessas prisões ou são soltos, quem sabe até se no futuro não vão trabalhar ao lado de miliciais que favorecam os interesses de Israel/EUA contra o regime xiita Iraniano. Tens aquelas milicias no leste de Africa que de tempos em tentos atacam alvos e cidaões americanos etc e mais haverá por esse mundo fora que nem conhecemos. Poderás dizer que são "raia miuda" que não são generais de nenhum país mas são perigosos de qualuqer maneira, mas a questão é mesmo essa, tu próprio me respondes-te á questão "e ameaçam directamente um Estado aliado do Ocidente?" Bingo! esse estado é Israel! como o Irão ameaça Israel e por exemplo o ISIS e as tais milicias Africanas não fazem ameaças a Israel (e se calhar nem são percebidos por Israel como ameaça suficientemente forte) o Tio Sam não os executa com os seus drones e companhia. Daí a velha expressão muitas vezes utilizada pela extrem-direita norte americana "no more wars for Israel".

De resto até até me lembrei de hipotetico e improvavel situação assim do nada: imagina que os gajos do Vox amanhã chegavam ao poder em Espanha e decidiam invadir ou começar a mandar um rockets contra Portugal por acharem que não temos direito á nossa independencia e toda a Iberia deve estar debaixo do braço forte de Castela, os EUA iriam matar os dirigentes do referido partido pelo aliado Portugal? ou será que há aliadozinhos, assim de pouca importancia, e o "aliadozões" tipo Israel?

14 de janeiro de 2020 às 19:43:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Tens centenas de gajos do ISIS (nomeadamente um ou dois pretogueses) que estão presos em várias priões no Medio Oriente, e o Tio Sam deixa-os estar lá nas prisões»

Se por prenderem e interrogarem terroristas os EUA são frequentemente diabolizados, quanto mais não o seriam se os matassem propositadamente na pildra...


«esse estado é Israel! como o Irão ameaça Israel e por exemplo o ISIS e as tais milicias Africanas não fazem ameaças a Israel (e se calhar nem são percebidos por Israel como ameaça suficientemente forte) o Tio Sam não os executa com os seus drones e companhia»

Não sei se o não faz ou se não apoia as forças militares contrárias a esses terroristas, evitando tanto quanto possível a intervenção directa para não poder ser acusado de imperialista.


«Daí a velha expressão muitas vezes utilizada pela extrem-direita norte americana "no more wars for Israel".»

Depende... se é só para defender Judeus, é uma coisa; se nessa defesa se está a defender uma posição estratégica e cultural do mundo democrático, aí é bem outra.



«ou será que há aliadozinhos, assim de pouca importancia, e o "aliadozões" tipo Israel?»

Mera especulação... respondo de igual modo: duvido que os EUA quisessem ver surgir em Portugal uma resistência anti-americana que facilmente poderia contaminr o resto da Ibéria e alastrar até para além dos Pirinéus.
Quanto ao resto, a política faz-de do possível, não do que se queria que fosse possível.

14 de janeiro de 2020 às 22:41:00 WET  

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