BRAN MAK MORN, HERÓI TRÁGICO DE UMA NACIONALIDADE CONDENADA
Novembro de 1930 - publicação de «Kings of the Night», ou «Reis da Noite», primeira história da personagem Bran Mak Morn, picto que lidera o seu Povo contra os invasores romanos e também contra celtas.
Bran Mak Morn considera que o seu Povo, o dos Pictos, é imbecil e está em decadência, mas mesmo assim luta para o preservar.
Foi criado pelo norte-americano Robert Ervin Howard, nascido no Texas, de ascendência escocesa e irlandesa, que desde a adolescência desenvolveu um vívido interesse por aqueles a quem chamava «os pequenos e morenos aborígenes mediterrânicos da Britânia». Howard, que se tornou famoso por outras criações de Fantasia, nomeadamente no sub-género «Espada & Feitiçaria», tais como o cimério Conan, o atlante Kull, a hirkaniana Sonja, o escocês Cormac Mac Art, bem como o puritano inglês Solomon Kane, colheu os conhecimentos que existiam na sua época a respeito de várias estirpes antigas e elaborou a sua própria visão do tema, considerando que os Pictos originais, Cruithni, eram uma gente de raiz mediterrânica cujo território na Grã-Bretanha veio a ser invadido pelos Arianos, Celtas e depois Germanos, daí que os Pictos tenham sido empurrados para norte, fundindo-se com outras gentes também arcaicas que aí viviam.
Desde o tempo de Howard para cá a Ciência evoluiu um bocadito e actualmente a maioria dos especialistas considera que o Picto é de origem indo-europeia e eventualmente céltica.
Isso não desmerece o valor deste jovem texano como autor de uma fantasia épica que adentra o campo do terror enquanto por outro lado ganha laivos de verosimilhança mercê do grau de violência com aspecto realista com que marca as suas sagas e que de uma ponta à outra brilha nas suas constantes referências etnográficas de sabor arcaizante e matricial.
Deve notar-se que, independentemente dos conceitos de Howard sobre os Pictos, a verdade é que o próprio nome de Bran Mak Morn tem uma configuração basicamente céltica; o vocábulo «Bran» designa na mitologia galesa um rei gigante mítico, talvez um Deus, cuja cabeça cortada serve para guiar o seu Povo e defender a Britânia contra invasões; quanto ao Bran de Howard, é um trigueiro matarruano vingativo e lúcido que exige sobreviver. Já esticou o pernil e a sua Grei esvaiu-se, os Pictos desapareceram da terra dos vivos, mas o seu exemplo de quem remou contra a corrente paira por aí. Inspirando-se na mitologia céltica galesa, Howard atribui aos seus Pictos a crença de que um dia Bran Mak Morn voltará para salvar o seu Povo, tal como o bretão Artur e o luso D. Sebastião...
Isso não desmerece o valor deste jovem texano como autor de uma fantasia épica que adentra o campo do terror enquanto por outro lado ganha laivos de verosimilhança mercê do grau de violência com aspecto realista com que marca as suas sagas e que de uma ponta à outra brilha nas suas constantes referências etnográficas de sabor arcaizante e matricial.
Deve notar-se que, independentemente dos conceitos de Howard sobre os Pictos, a verdade é que o próprio nome de Bran Mak Morn tem uma configuração basicamente céltica; o vocábulo «Bran» designa na mitologia galesa um rei gigante mítico, talvez um Deus, cuja cabeça cortada serve para guiar o seu Povo e defender a Britânia contra invasões; quanto ao Bran de Howard, é um trigueiro matarruano vingativo e lúcido que exige sobreviver. Já esticou o pernil e a sua Grei esvaiu-se, os Pictos desapareceram da terra dos vivos, mas o seu exemplo de quem remou contra a corrente paira por aí. Inspirando-se na mitologia céltica galesa, Howard atribui aos seus Pictos a crença de que um dia Bran Mak Morn voltará para salvar o seu Povo, tal como o bretão Artur e o luso D. Sebastião...
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