quarta-feira, abril 10, 2019

O SUCESSO DA MAIORITARIAMENTE BRANCA «GUERRA DOS TRONOS»

Agradecimentos a quem aqui trouxe este artigo, https://www.theguardian.com/tv-and-radio/2019/apr/06/there-are-no-black-people-on-game-of-thrones-why-is-fantasy-tv-so-white, a dar conta das acusações mediáticas contra a brancura considerada excessiva por certos clérigos & diáconos, bufos diversos da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente. Fica esta espécie de gente incomodada por constatar que uma das produções de ficção com mais sucesso da actualidade, porventura a série mais vista do mundo, se não me engano muito, tem muito poucas faces não europeias...
Diz um negro que faz de jedi na «Guerra das Estrelas», John Boyega, que não quer dar dinheiro para ver só um tipo de pessoa no ecrã. Pois não dês não, Boyega, não é preciso, há muito mais gente que dá em teu lugar, daí o estrondoso sucesso não apenas da série dos Tronos, mas também da trilogia do anel, que chatice para o anti-racistame do qual fazes parte, babado de rancor pela preferência «racista» do povinho... Diz também o Boyega que «tu vês diferentes pessoas de diferentes origens, diferentes culturas, todos os dias. Mesmo se fores racista tens de viver com isto.» Pois 'tá claro, há que obrigar toda a gente a ver os teus «brodas» à frente todos os dias, se necessário invadindo os seus espaços e zelando para que não possa haver lugar algum que não tenha salganhada, porque, se sítios desses existirem, ai ai que isso é pecado, porque é, porque os teus donos dizem que sim e que é preciso acabar com as fronteiras, em nome do seu abjecto amor universalista, e/ou porque o teu temperamento africano te fazem atirares-te para a frente e impores a tua desagradável presença a tudo e a todos, em casas que não são tuas... não podes ficar no teu canto, precisas de te impingir aos outros, depois queixas-te se houver racismo e «nazismo»...

Felizmente que na «Guerra dos Tronos», bem como no «Senhor dos Anéis» e no Hobbit», os realizadores souberam preservar o cerne da estética e do ambiente que são próprios destas sagas - e é neste mundo que, em matéria de entretenimento, os Europeus mais gostam de mergulhar, actividade lúdica que tem o seu quê de remotamente religioso, porque trata-se de entrar num outro tempo, além-tempo, remotamente acima do tempo, o «naquele tempo» mítico ou semi-mítico, ponte ou até reino do contacto com o Divino. A ficção televisiva faz neste caso o papel da leitura descrito por Mircea Eliade, que aqui citei: http://gladio.blogspot.com/2015/05/a-leitura-como-eco-de-superacao.html   
Há no imaginário que grosseiramente se pode designar como «medieval» uma espécie de aura que seduz de imediato o europeu comum, se calhar porque evoca a raiz, a matriz, o cerne da alma colectiva. Talvez isto suceda por influência do Romantismo do século XIX, que quase mitificou a Idade Média. Talvez haja nisso, todavia, algo mais profundo e mais antigo, do qual o próprio Romantismo foi afinal reencarnação - um apelo das raízes étnicas mais antigas da Europa. Repare-se que por exemplo um cenário da Antiguidade greco-romana não sugere, creio eu, ao cidadão comum, uma ideia de raiz, de berço, de mito, mas sim de civilização avançada, desenvolvida, sofisticada, decadente também (graças em parte à propaganda cristã) - no entanto, a Antiguidade antecedeu a Idade Média, logo, estaria mais perto das raízes. Sucede entretanto que a figura da personagem «tipicamente medieval» facilmente se confunde com outras, no imaginário colectivo - facilmente se dirá e ouvirá que um víquingue, um antigo eslavo, um gaulês, um «highlander» ou um bárbaro germânico, têm todos aspecto «medieval», ainda que mais de mil anos os possam separar uns dos outros. Houve quem afirmasse que a Idade Média é, em grande medida, um produto germânico. A roupa de calças - vindas das estepes cíticas e introduzidas na Europa por celtas e germanos - e camisolas ou casacos de couro com metais, chapéus cónicos e pontiagudos, é para o europeu mais evocadora de mito, raiz e força, sobretudo se vislumbrada no meio da bruma, do que as ténues túnicas e togas romanas, com o seu fácies de escassez e aridez mediterrânica...

Felizmente - até ver... - que ainda há realizadores a não cederem à bastardia multiculturalista, que em nome do credo anti-racista cria imagens singularmente palermas com cavaleiros africanos na Távola Redonda, uma princesa Guinevere mulata (e «Guinevere» em Címrico significa «Branca como um fantasma»...) e até um Heimdall preto (sendo Heimdall um Deus nórdico que recebe o epíteto de «o Deus Branco», ou «den Hvite Asen»)...

Recomenda-se por isso, moderadamente, a «Guerra dos Tronos», cujas temporadas anteriores estão esta semana a ser transmitidas pelo Sy-Fy, mas em regime que não permite a escolha dos episódios ou sequer o «rewind», pelo que, para mim, acaba por ser quase como não ver merda nenhuma, porque não tenho possibilidade de me pôr à frente do ecrã televisivo quando estiverem a ser transmitidos os episódios que ainda não vi, puta que pariu as condições do canal.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

The guardian claro. Mas alto lá que o racismo é só dos brancos! há gente escura que diz puulicamente e sem qualquer tipo de eescrupulos que não quer pagar para ver brancos e não tem mal nenhum, mas se um branco disser que não quer pagar para ver pretos é nazi, genocida,fascista etc quando se tem as costas quentes é assim

11 de abril de 2019 às 08:08:00 WEST  
Blogger Helena Vilaarinho said...

acedes ao mês gratuito da hbo e ves as temporadas todas

11 de abril de 2019 às 11:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já agora repara na conversa deste treinador alemão do Liverpool:

https://www.irishexaminer.com/breakingnews/sport/soccer/klopp-calls-for-fans-involved-in-racist-abuse-to-be-banned-for-life-917375.html

"os racistas devem ser expulsos dos estadios para sempre" repara que o tal racismo no futebol (ou seja, quando adeptos brancos dizem qualquer coisa que indiretamente ou diretamente "difame" os negros) é apresentado por gente que defende o "banned from football stadiums for life" como o maior crime de todos, é que gente que matou, violou ou corrompeu pode ir aos estadios na mesma depois de cumprirem as suas penas de prisão (isto se forem penas efectivas) mas o Zé ou Antonio que disserem a palavra "macacos" ou "bombistas" num video ah esses criminosos horriveis não têm direitos nem perdão! não podem voltar a um estadio de futebol nunca mais na vida nem mesmo que peçam desculpa ou se arrependam.

12 de abril de 2019 às 19:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ah esqueci-me de referir que o tal palhaço treinador alemão não só defende que os tais adeptos brancos que disseram coisas "racistas" devem ser enterditados dos estadios como ainda por cima acha que eles devem ir para a prisão. Claro, os seus irmãos de raça que ganham o ordenado minimo têm que ir para a prisão se insultarem (as vezes nem isso) os pretos milionarios que estes treinadores de futebol tambem milionarios "comandam".

12 de abril de 2019 às 19:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O que não faltam são por ai séries e filmes recentes em que até Reis ingleses e parte do povo em geral são compostos por africanos, é uma vergonha e uma falta de noção, propaganda mesmo. E cada vez se houve a mesma história de que haviam muitos escravos em Inglaterra e portugal, como se por terem passado por cá uns escravos, fizesse dos ingleses ou portugueses africanos, estão a reescrever a história a apagar a nossa identidade

12 de abril de 2019 às 22:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Obrigado, Helena.

13 de abril de 2019 às 23:28:00 WEST  

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