SOBRE UMA MEMÓRIA DE RETORNO E UM RITO DE FUNDAÇÃO
A 11 de Dezembro de 361 entrou Juliano em Constantinopla como soberano único do Império Romano, dando início a um período tão curto como brilhante da história religiosa de Roma e do Ocidente, dado que Juliano, ao qual os cristãos acrescentaram o cognome de «Apóstata», por ter renunciado ao Cristianismo e retornado ao culto dos Deuses pagãos, instaurou com o seu domínio a restauração religiosa da Romanidade.
O 11 de Dezembro era paralelamente marcado, no calendário romano, por diversas celebrações religiosas - Agonália, entre outras - e em particular pela Septimontium, em memória da união dos vários povoados latinos, oferecendo cada monte um sacrifício a Palátua. O ritual era conduzido pelo flâmine palatualis, ou sacerdote de Palátua. O facto de a Divindade ter um flâmine indica a sua relevância em tempos arcaicos - entre as inúmeras Deidades romanas, só quinze tinham um flâmine (três «maiores», de Júpiter, Marte e Quirino, e doze menores, de instituição provavelmente posterior). Note-se que em Abril a data da fundação de Roma é marcada pela Parilia, cerimónia religiosa em honra de Pales, a Deusa Protectora dos Rebanhos. Palatua, por Sua vez, é também uma Deusa Guardiã, nomeadamente do monte Palatino, o primeiro de Roma. Do Seu nome deriva a palavra «palácio».
A figura da Divindade feminina protectora Cujo nome radica em Pal- será eventualmente uma das mais antigas e disseminadas do mundo indo-europeu. Na Grécia, uma das mais importantes Deusas, Atena, protectora de Atenas, tinha nesta cidade o título de Pallas; nota-se a semelhança (como fez Georges Dumézil) entre Pallas e as romanas Palátua, protectora do Povo, Pales, protectora dos rebanhos, e a indiana Vispala, Deusa igualmente protectora dos rebanhos, mas em Cujo nome «Vis» significa «Tribo», «Casa». É pelo menos uma coincidência valiosa que haja na Lusitânia uma Deidade Cujo nome indica uma óbvia semelhante com os teónimos acima referidos: Trebopala, em que«Trebo» significa, em Céltico, «Tribo», «Povo», enquanto «-pala» terá o sentido de «Protecção». A lusitana Trebopala seria pois exactamente equivalente, na Sua origem e significado, à indiana Vispala, como se pode deduzir da leitura do artigo «O Sacrifício entre os Lusitanos», da Dra. Maria João Santos Arez, bem como da tese de licenciatura do Dr. Andrés Pena Granha, intitulada «Território Político Celta na Galícia Prerromana e Medieval».
E ainda hoje a palavra «pala» é em Português usada com o sentido de protecção... «viver à pala de», é, como se sabe, «viver sob a protecção de», ou «à custa de», e constitui expressão assaz usual.
6 Comments:
https://www.youtube.com/watch?v=1Em_MlwluLk
Tens algum comentário a fazer sobre as palavras deste intelectual?
Racismo à descarada contra os brancos, Caturo:
https://www.youtube.com/watch?v=fQNycvfoUc8
O que dizes disto, Caturo?
https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/20181211_1113_antonio-lobo-antunes-lamenta-que-portugal-e-espanha-nao-sejam-o-mesmo-pais?ref=HP_Grupo1
Um típico representante da elite político-cultural reinante, militantemente universalista e visceralmente apátrida, não surpreende. Toda a ideologia, educação e sentimento dessa espécie de gente é, de um modo ou doutro, pertencente, de alma e coração - antes e por cima de qualquer processo racional, que é posterior - à Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente, deriva espiritual de todas as igrejas cristãs.
«https://www.youtube.com/watch?v=1Em_MlwluLk
Tens algum comentário a fazer sobre as palavras deste intelectual?»
Os gritos de medo dessa espécie de gente são música, música, música da boa para os meus ouvidos. Só confirmam o que ando a dizer HÁ COLHÕES DE ANOS, sobretudo na primeira opinião que dá, quando expressa o seu terror diante da «Europa referendária»: essa cambada teme e odeia a VERDADEIRA opinião popular e por isso mesmo SÓ PODE odiar a DEMOCRACIA (Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
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Democracia = Demo + Cracia = Poder do Povo)
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Democracia é SÓ ISTO. Eles, os pedromexias, É QUE DIZEM, à posteriori, que Democracia é também mais uma série de merdas que eles quiserem meter em jeito de cunha, mas NADA na definição em si de Democracia lhes permite fazer isso. A sua noção de Democracia, quando a dizem defender, é basicamente a ideologia do DESPOTISMO esclarecido: «governar para o povo... mas SEM o povo», como dizia José II da Áustria no século XVIII. Isso é tratar o povo como um agregado de crianças. A Democracia não é e nunca foi isso. A Democracia é a soberania popular - fazer-se a vontade do povo, não a da elite que o governa.
Ora o povo, a classe popular, NÃO EVANGELIZADA pelo «credo» do anti-racismo, tende a concordar com a agenda nacionalista.
A DEMOCRACIA é por isso aliada natural do Nacionalismo. Sempre o foi. A saloiada de merda anti-democrática que andou a liderar o Nacionalismo, sobretudo em Portugal, é que nunca quis reconhecer isso, porque tem a MERDA da escolinha fascista dentro dos cornos e daí não avança. Essa escola de imbecilidade militante manda desprezar o povo e odiar a Democracia como «princípio ideológico sine qua non» do Nacionalismo. Claro que com MERDA desta não se faz nada em condições. Depois de MAIS UMA DÉCADA de resultados democráticos EM GRANDE à frente da fuça de toda a gente, ainda há no movimento nacionalista quem diga que a ligação entre Nacionalismo e Democracia é «contra natura». O mais irónico é que algum deste pessoal gosta muito da máxima «Might is Right» (basicamente, a lei do mais forte). Pela sua própria lógica, esta gente merece ser politicamente derrotada, porque é estúpida até à raiz da mioleira. Quem, tendo na mão a melhor arma possível, a deita fora porque acha-a feia, merece, sem dúvida, a derrota, isto em termos técnicos... o triste e inadmissível é levarem com eles a Europa, isso é que é triste, inadmissível e revoltante, mete nojo aos cães.
Uma notícia com o seu interesse, Caturo:
https://www.jn.pt/mundo/interior/homem-abre-fogo-em-mercado-de-natal-de-estrasburgo-10308107.html?utm_source=Push&utm_medium=Web
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