quarta-feira, dezembro 26, 2018

ELITE SUECA PRIVILEGIA IMIGRANTES MUÇULMANOS?

Em Outubro, a Suécia, que, ao que tudo indica, gosta de ver a si mesma como "superpotência humanitária," resolveu expulsar e deportar um menino de 6 anos para a Ucrânia. O menino é considerado tecnicamente órfão pelo facto de a mãe ter falecido e de o pai, que reside na Ucrânia, ter renunciado formalmente à guarda do filho num tribunal ucraniano. O menino, de nome Denis, não tem parentes na Ucrânia e, portanto, teria de ser enviado de pronto a um orfanato.
Em 2015, a mãe de Denis levou-o da Ucrânia para a Suécia, país em que os pais da sua mãe já estavam residindo. Ela solicitou um visto de residência para si e para o filho, porém o visto foi negado por razões ainda não reveladas. As agências de notícias não parecem estar interessadas em saber as razões de o seu pedido inicial ter sido negado. A Agência de Migração da Suécia (Migrationsverket) decidiu deportar Denis, apesar dele estar morando com os seus avós maternos que se dispuseram oficialmente a adoptar o neto.
Denis "não apresentou evidências suficientes de que não irá receber os cuidados adequados ao retornar à Ucrânia" determinou o Departamento de Migrações na decisão. Os agentes do Departamento de Migrações desconcertantemente também se referiram à decisão como a "medida que melhor atende aos interesses da criança".
O facto de o menino ser tecnicamente órfão e de os avós, com quem ele mora na Suécia, terem requisitado oficialmente a adopção, não foi suficiente para colocar uma pá de cal na deportação, salientou Karin Fährlin, chefe da unidade da Migrationsverket: "Trata-se de uma questão de... um menino que é cidadão ucraniano e que portanto a família mais próxima ou o pai ou as autoridades ucranianas têm o dever de se responsabilizarem pela criança. Esta é a razão da deportação", ressaltou ela.
Ao cair na boca do povo, a decisão de deportar Denis causou um enorme escândalo na Suécia. Mais de 60 mil suecos incluíram o seu nome num abaixo assinado no Facebook em protesto contra a deportação e inúmeras celebridades e políticos expressaram a sua repulsa a respeito da decisão. "A mãe dele acabou de falecer. Ele não tem pai. Ele tem seis anos e não lhe dão permissão de ficar com os avós na Suécia e será deportado para um orfanato ucraniano. Isto é desumano e repugnante ", escreveu Jessica Almenäs, famosa actriz da TV.
A pressão pública evidentemente tornou a decisão insustentável. Funcionários de alto calibre da Migrationsverket suspenderam temporariamente a deportação e admitiram que tomaram a decisão "precipitadamente".
"Há inúmeras medidas de investigação à disposição que deveríamos ter tomado," salientou Per Ek, secretário de imprensa da Migrationsverket. "É sobre isso que nos vamos debruçar agora".
Decisões equivocadas estão sempre a ser tomadas pelos detentores do poder e pelos órgãos governamentais, mas o que torna esta decisão diferente é qufoi tomada pelas autoridades de migração da Suécia, o Ministro das Relações Exteriores que sustenta que o país é uma "superpotência humanitária".
A auto-proclamada "superpotência humanitária" não deveria tirar dos seus avós netos de 6 anos e deportá-los para orfanatos na Ucrânia. A Suécia orgulha-se tanto por defender os "direitos humanos" de todos que se recusa a deportar criminosos e terroristas dos mais perigosos se houver o mínimo de perigo sequer de que eles possam passar por algum tipo de assédio no país para o qual forem enviados.
Diferentemente da decisão de deportar Denis, de 6 anos de idade, em Junho, o parlamento sueco aprovou uma lei especial que permite que um número extraordinário de candidatos a asilo que tiveram a solicitação de asilo negada permaneçam na Suécia, apesar das duras críticas dos órgãos superiores do governo. A nova lei permitiu que 9 mil "menores" de idade desacompanhados do sexo masculino vindos do Afeganistão, cujos pedidos de asilo foram negados e, por conseguinte, deveriam ter sido deportados, obtivessem vistos de residência temporária na Suécia.
Aproximadamente 7 mil desses "menores de idade desacompanhados" ao que consta tinham na realidade mais de 18 anos e, portanto, nem sequer eram menores. Os vistos temporários seriam concedidos se os "menores" se comprometessem a frequentar a escola de ensino médio ou se já estivessem matriculados. Salta aos olhos que, mesmo aqueles entre os 9 mil cujas identidades não foram verificadas, ao que tudo indica, pelo facto de não possuírem documentos, foram autorizados a permanecer no país.
De modo que, apesar das duras críticas dos órgãos superiores do governo da Suécia, o governo sueco em desobediência à lei do país autorizou que 9 mil afegãos do sexo masculino, na sua maioria sem documentos, cujos vistos foram negados, estudassem em escolas de ensino médio juntamente com adolescentes suecos.
Tanto a polícia quanto as cortes administrativas de migração criticaram a legislação: ela infringiu a lei sueca, que exige que aqueles que querem permanecer na Suécia tenham condições de se identificarem de maneira clara e precisa. Desrespeitar tal requisito reduz a capacidade das autoridades suecas de saberem quem vive no país.
O Conselho Sueco sobre Legislação (Lagrådet), uma agência governamental formada por juízes da Suprema Corte, actuais e anteriores, que deliberam sobre a validade jurídica das propostas legislativas, manifestaram as críticas mais severas feitas até agora em relação à medida. O Conselho deliberou que "chegou-se ao limite do aceitável em termos da maneira que a legislação pode ser formulada". Este veredicto, no entanto, não impediu que o parlamento sueco aprovasse a lei. Nem o facto de a maioria dos Suecos - 54% - serem contra a permissão de deixar 9 mil afegãos entrarem no país demoveu os parlamentares. Segundo o governo, calcula-se que o custo de absorver os 9 mil "menores" afegãos para os contribuintes supere 2,9 biliões de coroas suecas (cerca de US$319 milhões) nos próximos três anos.
A Suécia determinou então que uma criança vulnerável de 6 anos de idade que acabou de perder a mãe, que está morando com os avós e frequentando uma pré-escola sueca, deva ser deportada. (Pelo menos até que a indignação pública tivesse forçado o governo a reexaminar a decisão.)
Lamentavelmente a decisão de deportar Denis pelos vistos não é um equívoco pontual e sim um indício que dá a impressão de ser uma tendência na Suécia a de favorecer certos grupos de imigrantes em detrimento de outros.
Já em 2001, uma reportagem publicada pelo jornal Dagen mostrou que os candidatos a asilo cristãos tiveram os seus vistos de asilo negados com bem mais frequência do que os candidatos a asilo muçulmanos. De todos os refugiados cristãos que pediram asilo na Suécia em 2000, a menos da metade (40%) foi concedido asilo. Já quanto aos muçulmanos, foi concedido asilo a 75% dos candidatos.
Após o derrube de Saddam Hussein em 2003, a perseguição aos cristãos iraquianos pelos jihadistas começou a saltar exponencialmente. Mesmo assim, em 2009 a Suécia rejeitava e deportava para o Iraque cristãos candidatos a asilo: dos 25 cristãos iraquianos que a Suécia deportou em 2009, 24 fugiram de novo do Iraque, um refugiou-se em Mossul, de acordo com a Sveriges Radio.
Um casal de cristãos que fugiu do Iraque em 2005 e viveu na Suécia por quatro anos foi deportado à força de volta ao Iraque em 2009. Na sequência, fugiram do Iraque para a Turquia. "Eu amava a Suécia e o Povo Sueco, mas nunca vou esquecer a maneira tão desumana com que fomos tratados por aqueles que nos expulsaram. Foi um verdadeiro pesadelo. Eram eles realmente suecos?" perguntou o casal à Sveriges Radio.
Naquela ocasião, a Sveriges Radio também conversou com Nina Shea da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA que salientou que uma limpeza étnica dos cristãos estava em curso e que era suficiente ser cristão no Iraque para ser alvo de perseguição. Naquela época, organizações de direitos humanos também ressaltaram que não era seguro repatriar os cristãos para o Iraque: com certeza eles serão perseguidos devido à sua fé.
Nada disso, no entanto, conteve as autoridades de migração suecas de deportarem cristãos. As autoridades realçavam, mais uma vez, que os cristãos "não apresentaram evidências suficientes de que estavam diante de uma tragédia anunciada, que corriam perigo de sofrerem graves abusos" caso voltassem ao Iraque.
Em 2014 a "superpotência humanitária" deportava as minorias cristãs, como por exemplo os assírios, para o Iraque, onde o ISIL entrou em cena com a sua implacável campanha de limpeza étnica de todas as minorias religiosas, cometendo estupros, torturas, escravidão e assassinatos. No entanto, isso não demoveu a "superpotência humanitária". Numa das decisões de deportar cristãos assírios para o Iraque, as autoridades de migração suecas escreveram: "Devido às actividades do Estado Islâmico no norte, os combates diminuíram em Bagdade. Há, no entanto, ataques terroristas e tiroteios em Bagdade... O Departamento de Migrações concluiu que vocês não apresentaram evidências suficientes de que o vosso temor de serem seriamente abusados seja justificado... Portanto, vocês não são vistos como... necessitados de protecção... "
Em Julho de 2017, as autoridades de migração suecas decidiram que a actriz iraniana Aideen Strandsson que se converteu secretamente ao cristianismo no Irão antes de vir para a Suécia em 2014 com um visto de trabalho, devia ser deportada de volta para o Irão, apesar de que lá ela estaria às voltas com penas de prisão, juntamente com estupros e torturas, padrão nas prisões iranianas e, como apóstata, ela no no Irão estaria sujeita à pena de morte, o que no caso dela seria altamente provável. Na audiência de Strandsson, um oficial de migração da Suécia segundo consta disse-lhe que o diabo não é tão feio como se pinta em relação à ida dela ao Irão, porque "seriam apenas seis meses de prisão". Pelo que se sabe, agentes suecos também lhe disseram que a conversão ao Cristianismo era decisão dela, de modo que agora as consequências daquela decisão eram problema dela, não deles.
A polícia sueca está sobrecarregada e com atraso, de modo que, pelo andar da carruagem, felizmente, poderá levar um tempo considerável até que Strandsson seja deportada. Em Agosto de 2018, Strandsson ainda não sabia a data da deportação.
Há cerca de 8 mil cristãos com ordens de deportação foragidos na Suécia, de acordo com o advogado sueco Gabriel Donner, que ajudou cerca de mil candidatos a asilo cristãos sujeitos à deportação.
Segundo Donner, os agentes da migração não entendem porque se convereria alguém ao Cristianismo: "Isto fica mais evidente quando um convertido diz que se converteu devido ao amor que recebeu de Jesus Cristo. E eles um tanto em tom de brincadeira, perguntam ao convertido: o que quer você dizer com amor? Isto é totalmente alheio a eles ".
E tem mais, em Janeiro de 2018 o Comité das Nações Unidas contra a Tortura (CAT) colocou uma pá de cal na intenção da Suécia de deportar o ex-muçulmano Abdul Malik, para o Paquistão. Tendo chegado à Suécia em 2012 do Baluchistão (região do Paquistão), converteu-se ao Cristianismo em 2015, foi baptizado e trabalhou em traduções da Bíblia. Apesar disso tudo, as autoridades suecas não acreditavam que a conversão dele era genuína e em 2017 decidiram deportá-lo. No Paquistão, ele corria o risco de ser torturado e preso, não apenas pelas suas actividades políticas em nome do Baluchistão, mas também por se ter convertido ao Cristianismo.
Considerando tudo isto, a Suécia não parece ser uma "superpotência humanitária", afinal de contas.
-
Judith Bergman é colunista, advogada e analista política, também é Ilustre Colaboradora Sênior do Gatestone Institute.
*
Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/13467/suecia-superpotencia-humanitaria

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Enfim, e o genocídio sueco continua. E uma kestão de tempo até desaparecerem

28 de dezembro de 2018 às 15:14:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home