quarta-feira, dezembro 26, 2018

CÂMARA DE LISBOA VAI CRIAR BOLSA DE CASAS MUNICIPAIS PARA ALEGADOS REFUGIADOS

A câmara de Lisboa vai criar uma bolsa de casas municipais para dar resposta às necessidades de alojamento dos refugiados que chegarem à capital. Destinar-se-ão ao acolhimento temporário, de acordo com a proposta que os vereadores do PSD apresentaram na semana passada em reunião do executivo. 
Segundo a proposta, que foi aprovada por unanimidade, esta bolsa será afecta ao Programa Municipal de Acolhimento aos Refugiados (PMAR Lx), aprovado em Outubro de 2015, ainda antes da chegada dos primeiros refugiados a Portugal, para que possa funcionar “como uma resposta de habitação autónoma temporária, mas de alcance mais alargado”. 
“A câmara de Lisboa é capaz de ter três mil fogos dispersos que estão desocupados”, apontou a vereadora do PSD, Teresa Leal Coelho, ao PÚBLICO. O que se pretende, explicou, é “dar utilidade ao património disperso e devoluto da câmara de Lisboa” e torná-lo uma resposta de acolhimento. Segundo notou a vereadora, em certos casos, as condições com que refugiados que chegam à capital são recebidos e acolhidos “acabam por estar abaixo daquilo que é o mínimo exigível”, sobretudo quando se trata de famílias. 
A ideia é que esta bolsa não tenha um número fixo de casas, mas que se vá ajustando “em função da procura e necessidades efectivas que existem no terreno e que se prevêem num futuro próximo”, considerou a vereadora, explicando que esta solução foi “conciliada” com uma proposta do vereador bloquista Ricardo Robles, que detém a pasta da Educação e dos Direitos Sociais, e da vereadora da Habitação, Paula Marques, e que previa a "afectação imediata" ao PMAR Lx de 25 fogos municipais. 
Desde Dezembro de 2015 até ao final de Novembro de 2017, Portugal já acolheu cerca de 1500 pessoas refugiadas. De acordo com dados recolhidos pelo PÚBLICO em Abril, o município acolheu 244 refugiados, mas 149 já terão saído do país. 
Ainda no final de Novembro, o Governo anunciou a disponibilidade do país acolher mais 1010 refugiados até 2019, pelo que, consideram os eleitos do PSD, “se antecipa um aumento das necessidades e procura ao nível das respostas de acolhimento, acompanhamento e integração” também por parte da autarquia. No início de 2016, no âmbito de PMAR Lx, foi criado um Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados, com capacidade para acolher 24 pessoas, em camaratas ou quartos familiares. 
Para já, explicou Teresa Leal Coelho, está a ser feito um levantamento dos fogos que “estão em condições” para serem incluídos de imediato nesta bolsa e que a vereadora espera que esteja concluído ainda no mês de Junho. “Creio que até ao Verão teremos alguma resposta nesta matéria”, sublinhou. 
A proposta dos eleitos do PSD sugere ainda que seja aberto um concurso “para atribuição de um projecto de gestão” da bolsa de fogos municipais. E que seja ainda feito o “acompanhamento dos refugiados” durante o processo de acolhimento e integração, “numa lógica de convidar a participação e diversificação de instituições parceiras”. 
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Fonte: https://www.publico.pt/2018/06/01/local/noticia/camara-vai-criar-bolsa-de-casas-municipais-para-acolher-refugiados-1832944?fbclid=IwAR1vosmT0R54W0n53eCr_dTgBBL_wot0bFW1rQwpAoHBShIbYGjvCbc-UQM

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Fazer-se isto à descarada num dos países mais pobres da Europa onde ainda há gente sem-abrigo e idosos a viver abaixo de cão, e casais que têm de entregar a casa ao banco, é mais uma ofensa da elite reinante contra o povo. Depois queixa-se do «ressurgmento dos fascismos»...