BISPOS ITALIANOS CONDENAM ABERTAMENTE A POLÍTICA ANTI-IMIGRAÇÃO DE SALVINI

Em Itália, altos dignitários da Igreja Católica criticaram publicamente a nova legislação anti-imigração do ministro do Interior Matteo Salvini.

O novo sistema de Salvini assenta nos três pontos que o político prometeu em Junho: aumentar o número de centros para imigrantes para que não «andem pelas ruas a causar confusão», reduzir o número de novas chegadas e acelerar as deportações.

O cardeal Gualtiero Bassetti, de Perugia, presidente da Conferência dos Bispos Italianos (CEI), declarou esta semana que os bispos se sentiram chamados à política para que esta «não caia na tentação de explorar os medos ou dificuldades objectivas de alguns grupos e usar promessas ilusórias para interesses eleitorais de vistas curtas». Afirmou ainda «como pastores, estamos interessados na solidariedade entre as pessoas e na integração.»

Contra Salvini falou também o presidente da Administração do Património da Santa Sé (APSA), bispo Nunzio Galantino: «a situação italiana não é assim tão má que requeira uma abordagem a ferro e fogo» e que é preciso «realismo para travar atitudes maléficas que não nos permitem ter um senso de realidade.»

Salvini tem sido apelidado de «satã» a «anti-cristo» desde que assumiu o cargo de ministro do Interior por causa do seu empenho em travar a imigração. Diz-se por isso perplexo, afirma que não percebe porquê tanto ódio contra si, mas ao mesmo tempo diz que também recebe muitas cartas de católicos, incluindo bispos, a dizerem que continue o seu trabalho.

*

Fonte: https://www.breitbart.com/london/2018/09/28/italian-catholic-church-voices-opposition-to-salvinis-immigration-controls/

* * *

Sintomaticamente, os tais bispos que o apoiam não aparecem em lado nenhum que se veja... talvez só apareçam quando/se o trabalho de Salvini estiver bem estabelecido, aí vai haver gente na Igreja a demarcar-se a si mesma e à sua Igreja dos que no passado atacaram as leis anti-imigração, e prontos, fica a tropa eclesiástica «salva» de conotações inconvenientes... e mais uma vez se ocultaria o facto, incontornável, de que o Cristianismo é um óbvio inimigo de toda e qualquer restrição à imigração por motivos identitários, porque a doutrina cristã é visceral e profundamente universalista, está na raiz do pensamento, aliás, do sentimento anti-racista e é por isso mesmo incompatível com o Nacionalismo ou com qualquer outra forma ideológica que assente no primado da Estirpe.