sexta-feira, julho 06, 2018

FOTOGRAFIA SOBRE VIRIATO EM VISEU PRECISA DE FIGURANTES...

Está em curso a primeira reconstituição histórica produzida para fotografia sobre Viriato e a sua vida. A Lenda de Viriato, uma produção da Chappa, do fotógrafo John Gallo, procura figurantes entre a comunidade local. No final, deverá ser feita uma exposição.
A primeira parte da produção fotográfica já teve lugar, e permitiu retratar alguns dos momentos-chave da vida de Viriato, como o nascimento e a sua existência enquanto pastor. O objectivo é focar seis momentos, havendo ainda a possibilidade de lhes juntar mais dois, segundo John Gallo, proprietário e director artístico da Chappa, uma agência colaborativa focada em projectos ligados à imagem.
A próxima fase decorre nos dias 13, 14 e 15 de Julho, na Serra da Estrela e no centro de Viseu. Quem quiser participar como figurante pode inscrever-se pelo site (lendadeviriato.chappa.pt), preenchendo um formulário e anexando fotografia de rosto e de corpo, ou através da página da iniciativa no Facebook.
Os figurantes têm de ser maiores de idade e reunir certas características físicas. Para vestir a pele de guerreiro, por exemplo, convém ter «alguma envergadura física» e «barbas e cabelos longos», explica John Gallo, fotógrafo sócio-documental português, que adoptou aquele nome artístico para vencer as barreiras comunicacionais, quando viveu no Reino Unido.
Além do nascimento e da faceta de pastor de Viriato, a lente de Gallo vai captar o momento em que aquele guerreiro lusitano se torna líder; uma «cena de guerra bastante violenta», que mostra como Viriato vence os romanos; a derrota dos romanos no desfiladeiro de Ronda, em Espanha; e a «cena da traição», em que «três dos seus mais fiéis companheiros de guerra acabam por matar Viriato à espera de uma recompensa romana» (os mesmos terminam executados, «porque Roma não paga a traidores»).
O resultado final deverá ser apresentado na reentré, em colaboração com a Câmara Municipal de Viseu, que financia o projecto. O objectivo é seleccionar entre 16 e 20 fotografias para integrar uma exposição, em Viseu, em data a definir. Pretende-se ainda levar algum material a todas as escolas do concelho, como pretexto para falar de Viriato e da sua vida, adianta o fotógrafo, ressalvando que a informação existente sobre aquele guerreiro lusitano «é muito escassa».
O objectivo é fazer uma reconstituição histórica «o mais fidedigna possível» da vida deste guerreiro lusitano, e para isso tem-se em atenção pormenores como o fardamento que existia à época, diz o fotógrafo John Gallo.
O intuito é fazer uma recriação histórica «o mais fidedigna possível», tendo atenção a pormenores como o fardamento da época. Para tal, contam com a associação Espada Lusitana como parceira. Por exemplo, na cena do nascimento de Viriato, cuja data não é conhecida com exactidão, está presente o pão de bolota, que terá sido oferta, assim como as uvas que a mãe provará no seguimento do parto.
A Lenda de Viriato «tem como objectivo trazer Viriato para o centro da discussão cultural e até identitária da cidade de Viseu», lê-se, em comunicado. «Se por um lado voltamos a Viriato pelas raízes e heroicidade, por outro projectamos no presente e no futuro a imagem de um herói incorruptível, cuja sagacidade, bravura e inteligência se sobrepuseram à suposta supremacia Romana», indica a mesma nota.
«Quando pensamos em Robin Hood, temos grande admiração por ele, mas, quando falamos de Viriato, a reacção é: é só uma lenda», afirma John Gallo, sublinhando que se trata de «um dos heróis lusos mais antigos de que temos conhecimento».
O fotógrafo acredita que «nos falta um bocadinho de heroísmo na forma como olhamos para nós» e espera, com este projecto, contribuir para que «os Portugueses pensem na sua história e nos heróis que tivemos».
Produção fotográfica
Serra da Estrela, 13 de Julho; centro de Viseu, 14 e 15 de Julho.
Inscrições: lendadeviriato.chappa.pt ou facebook.com/lendadeviriato/
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Fonte: https://www.evasoes.pt/ar-livre/viseu-procura-figurantes-para-recriar-vida-de-viriato/

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A Cava de Viriato é o maior monumento do género na Península, um imenso octógono de 32 hectares sobre o qual já se disse muita coisa - com lusitanos, romanos e muçulmanos à mistura. As certezas, essas são poucas. O que só deixa mais lugar para as histórias que cabem na história, contadas por quem sabe.
«Não é difícil colar a imaginação à História», lê-se na placa informativa, junto à estátua de Viriato, diante de um dos taludes daquele que é apontado como um dos maiores mistérios da arqueologia portuguesa. «Se essa mesma imaginação estiver imbuída de uma intenção clara», continua a inscrição, «então acaba por ser assimilada como verdade histórica».
A Cava de Viriato é um monumento enorme. Tão gigante que é preciso vê-lo do ar para ter noção do seu tamanho. Cada um dos seus oito taludes, dispostos num octógono perfeito, tem 4 metros de altura e 250 de comprimento. «É a maior construção em terra da Península Ibérica», diz Fátima Sobral, arqueóloga e fundadora da empresa de turismo temático Neverending – a companhia ideal para descobrir as histórias da história de Viseu. Incluindo o mistério da Cava de Viriato.
«Não se sabe quem a construiu nem com que propósito», continua a guia, «há poucos documentos escritos que se referem a ela». Em 1640, ganhou o nome de Viriato, herói nacional, expulsor de invasores. Dizia-se que tinha sido acampamento lusitano, mas outras teorias lhe tomaram o lugar: primeiro, que teria sido campo militar romano; depois, muçulmano, para as tropas de Almansor, um exército de 25 mil homens que daqui partiu à conquista de Compostela, «há até uma estrutura semelhante no Iraque, que ajuda a fortalecer essa teoria», diz Fátima. «Mas 25 mil homens deixariam lixo, e é isso que o arqueólogo procura: lixo. Arreios partidos, canecas, pratos. Não se encontrou um único vestígio palpável que permita dizer que foi um acampamento islâmico.»
Perante as dúvidas, nasceu outra possibilidade, que aponta para o primeiro rex portucalensis, o asturo-leonês Ramiro II, que fez de Viseu sua corte em 925. «Há documentos que referem uma Vila Velha e uma Vila Nova», uma tentativa de trasladar a cidade, entretanto destruída por repetidas invasões, para um sítio novo e mais seguro. Uma cidade palaciana, planeada de raiz, cuja construção começou, sustenta a teoria, pelo perímetro fortificado. «Porém, em 931, Ramiro II sai para assumir a corte de Leão, após a morte do irmão Afonso IV, e o projecto terá ficado incompleto.» E aí temos: um projecto inacabado. Ainda assim, monumental. E um mistério com muitas teorias, mas ainda por desvendar.
Percorra a fotogaleria para ver mais imagens e detalhes da Cava de Viriato, em Viseu.
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Fonte: https://www.evasoes.pt/ar-livre/passear-pelas-historias-da-cava-viriato-viseu/

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Toma e publica:

https://www.infowars.com/germany-migrant-decapitates-baby-government-tries-to-cover-it-up/

6 de julho de 2018 às 22:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ponham um africano a fazer de Viriato, já que estamos numa de reescrever a História europeia. Os Lusitanos foram invadidos? Óptimo, mais um motivo para os retratar como sendo negros, oprimidos por um invasor branco, numa de equalizar ser invadido com ser não-branco e exacerbar a sua qualidade de vítimas.

8 de julho de 2018 às 06:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já agora, a este antropólogo cá da casa, repetidor de discursos carregadíssimos de ideologia, que é o que se pretende num estudioso isento, faz confusão que se pense que Portugal seja um país historicamente caucasiano e que não seja de todos. É mais um que anda aí a formatar cabeças.

https://m.youtube.com/watch?v=PV4w-Wr2Zqc

8 de julho de 2018 às 06:40:00 WEST  

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