sexta-feira, abril 13, 2018

MULHER IAZIDI SOBREVIVENTE DO CALIFADO VEM A PORTUGAL PEDIR RECONHECIMENTO DO GENOCÍDIO DO SEU POVO

Farida Khalaf é uma jovem da minoria curda yazidi que sobreviveu ao cativeiro do Daesh e conseguiu fugir para contar a história. Esteve em Portugal pela segunda vez nesta Mércores para falar aos deputados da Assembleia da Republica e pedir-lhes que reconheçam e condenem o genocídio dos yazidis pelo Daesh. No fim do seu discurso, a posição dos deputados portugueses era unânime: é urgente aprovar uma resolução conjunta que reconheça o genocídio desta minoria religiosa curda.
"Atacaram-me, à minha família e aldeia. Destruíram todos os sonhos que tínhamos", recordou Farida nesta Mércores no Parlamento, com a ajuda de um tradutor. O seu sonho agora é "ver os militantes do ISIL em tribunal" e “que seja reconhecido o genocídio” dos Yazidi, cita a Lusa.
A história de Farida Khalaf não é totalmente desconhecida dos Portugueses. A jovem yazidi já tinha estado em Portugal uma vez, em 2017, no Centro de Congressos do Estoril, para a contar. Com uma plateia lavada em lágrimas pelo relato de uma violência extrema, a jovem afirmou a necessidade de levar o Daesh a tribunal. Agora, em 2018, repetiu a mensagem. Mas levar o o grupo terrorista ao Tribunal Penal Internacional (TPI) só será possível se um grande número de Estados reconhecer e condenar o genocídio dos Yazidis às suas mãos. Foi isso que Farida veio pedir aos deputados portugueses que a receberam e ouviram, no âmbito de duas comissões parlamentares - a dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e a dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. E a resposta foi unânime: é necessário reconhecer este genocídio: “Tudo faremos para podermos consagrar ao nível da totalidade da Assembleia da República que seja aprovada uma posição para reconhecer estes crimes como crimes cometidos contra a Humanidade, como um genocídio”, disse José Cesário, deputado do PSD e coordenador da comissão de negócios estrangeiros e das comunidades portuguesas, citado pelo Expresso.
“De nós podem esperar todo o apoio. Em Portugal não fazemos política quando se trata de liberdade e de direitos humanos. Estará para muito breve uma resolução sobre o genocídio e o reconhecimento da perseguição do Povo Yazidi”, prometeu a deputada Vânia Dias da Silva, do CDS-PP, citada pelo mesmo jornal.
Portugal tenciona juntar-se a outros países, como o Reino Unido, França e Canadá, que reconheceram formalmente o genocídio yazidi.  Assim, fica mais próximo de se cumprir o sonho de Farida e da Organização Yazda, com a qual trabalha num programa de consciencialização dos Estados estrangeiros: pressionar o Conselho de Segurança da ONU a remeter o caso para o TPI.
De Lisboa, Farida ruma até Braga, onde vai estar no 5.º Congresso de Investigação Criminal. Depois disso, o destino é França, onde vai estar para repetir o pedido aos deputados.
Farida Khalaf não é o nome verdadeiro da jovem que discursou nesta Mércores no Parlamento. Usa um nome fictício por questões de segurança – não quer que os membros do Daesh que a torturaram a reconheçam. Actualmente vive na Alemanha, onde tem estatuto de refugiada. Foi uma das jovens que conseguiu escapar à violência do radicais. O pesadelo de Farida começou em 2014, quando o então denominado Estado Islâmico do Iraque e do Levante atacou a sua aldeia, Kocho, na zona de Sinjar, Iraque.
Farida pertence a uma minoria religiosa curda, os Yazidis. Por serem considerados “adoradores do diabo” pelos fundamentalistas islâmicos, os Yazidis são perseguidos e torturados. No ataque a Kocho, em 2014, o Daesh separou um grupo de homens e outro de mulheres – matou o primeiro e sequestrou o segundo. O pai e o irmão de Farida estavam no grupo dos que morreram. E Farida viveu, apenas para ser vendida num mercado de escravos em Raqqa, Síria, espancada e violada quando tinha apenas 17 anos.
A rapariga que derrotou o Estado Islâmico é o livro que conta a história de Farida Khalaf, editado pela Asa, em 2016. Uma história semelhante à de milhares de outras meninas e mulheres que ainda estão nas mãos do Daesh. Ao todo, foram raptados ou executados pelo grupo extremista cerca de dez mil yazidis. Estima-se que 3200 yazidis ainda estejam nas mãos do Daesh.
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Fonte: https://www.publico.pt/2018/04/11/sociedade/noticia/vitima-dos-jihadistas-pede-que-portugal-reconheca-genocidio-dos-yazidi-1809951

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://www.youtube.com/watch?v=3lBv0RcPBtA

O vídeo acima foi captado numa estação de metro de Hamburgo momentos após um simpático migrante do Níger assassinar a antiga companheira (por sinal branca) e o filho bebé.

Silencio total dos me(r)dia de confiança sobre isto.

13 de abril de 2018 às 22:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E também silencio total das histéricas contra a violência machista...

13 de abril de 2018 às 22:40:00 WEST  
Anonymous pvnam said...

«...levar o grupo terrorista ao Tribunal Penal Internacional (TPI)...»
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A senhora tem direito a publicidade... porque... o trabalhinho da senhora é desviar as atenções...
Ora, como é óbvio, a questão de fundo é: quem é que armou o Daesh?
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O pessoal dos mídia tradicionais são uns autênticos mete-nojo:
-»»» a toda a hora eles falam da necessidade de controlo no acesso a armas por parte de indivíduos particulares... em simultâneo... eles fazem vista grossa ao facto de ser necessário um controlo sobre a produção e distribuição de armamento pesado.
Nota 1: o pessoal do armamento anda por aí a fornecer armas, desencadear guerras, destruir países, e provocar milhares (milhões) de vítimas a seu belo prazer. [sim, sim, quem é que armou o Daesh e outros...]
Nota 2: o mercenário-palhaço sr. António Guterres não chama à responsabilidade os países aonde o pessoal do armamento tem as suas fábricas... em vez disso... anda por aí a exercer coacção psicológica sobre países pacatos que vivem sossegados no seu canto; -» sim, os países aonde o pessoal do armamento tem as suas fábricas é que têm de pagar a ajuda aos refugiados!

13 de abril de 2018 às 22:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

https://www.timesofisrael.com/netanyahu-congratulates-orban-on-reelection-invites-him-to-israel/

"Prime Minister Benjamin Netanyahu called Hungary’s newly reelected leader Viktor Orban on Monday to congratulate him on his victory in Sunday’s general elections.

Netanyahu invited his Hungarian counterpart to visit Israel, according to a statement from the Prime Minister’s Office. A Channel 10 news report said Netanyahu was the first foreign leader to congratulate Orban."

Estes malditos sionistas e o seu ódio aos nacionalismos europeus ;)

15 de abril de 2018 às 09:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas... mas... mas... atão mas... os Judeus odeiam a Europa, méne!!! É verdade porque é, porque está no livro «1001 Maneiras de Provar que o Bilderberg Coisa e Tal A Culpa é dos Judeus» que está aqui mesmo ao meu lado!!!!!! O Orban é mazé um vendido, um sionista e um criptojudeu, está provado!!! Aliás... Or...? Claro que é judeu, como a judia Bat Ye'Or, o -ban é só para disfarçar...

15 de abril de 2018 às 23:59:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Falsidades. Pode estar a fazer-se de amigo e convidar para israel para depois matar o orban lá. Eliminando-o entao estaria o caminho aberto para o multiracialismo na Hungria, tal como o soros e outros sionistas Kerem.

17 de abril de 2018 às 03:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-comportamento-predador-de-brasileiros-em-portugal-causa-indignacao-por-sidney-rezende/

17 de abril de 2018 às 19:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Eliminando-o entao estaria o caminho aberto para o multiracialismo na Hungria, tal como o soros e outros sionistas Kerem»

Pois, pois, mais e mais teorias de conspiração, cada vez mais rebuscadas e ridiculamente embrulhadas só para manter de pé o já cadavérico conceito de que a culpa é toda dos Judeus...
Enquanto isso Israel já condenou abertamente o Soros.

17 de abril de 2018 às 23:14:00 WEST  

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