SOBRE OS RESULTADOS ALCANÇADOS PELO PNR
Não pode servir de justificação a evidência, por demais conhecida, da imensa diferença de meios existentes entre o PNR e a maioria dos restantes partidos, para nos satisfazermos com os resultados obtidos nos treze concelhos (de um total de trezentos e oito), em que participámos.
É verdade que os resultados são proporcionais aos meios, sendo muito condicionados por estes, mas o facto é que, de um modo geral, ficaram claramente aquém das nossas expectativas.
Assim, para lá de meras impressões, numa análise objectiva, apontamos alguns factos relevantes:
1 – De acordo com o historial das eleições, em que o PNR participou, fica demonstrado que em todas as eleições autárquicas temos sempre uma queda de votação em relação às legislativas que as precederam. Sempre! Por outro lado, a cada nova eleição legislativa, o PNR aumenta sempre, significativamente, de votação em relação à anterior;
2 – Um partido como o nosso, vincado por uma ideologia firme e causas verticais, tem muito mais sucesso em legislativas, do que em autárquicas. Aliás, pode estabelecer-se um paralelo, neste aspecto, com aquilo que sucede com o Bloco de Esquerda (embora ainda noutra escala), em relação ao qual acontece precisamente o mesmo;
3 – As eleições autárquicas, baseiam-se num trabalho de continuidade no terreno, e este tem de ser iniciado e continuado preferencialmente pelo mesmo cabeça-de-lista, caminho esse que ainda não nos foi possível, se não começar;
4 – Nos locais onde se realizou um trabalho mais intenso, e de forma mais sistemática, os resultados foram claramente positivos como se viu no Barreiro, Machico, Santa Maria da Feira ou mesmo Santarém, assim como em diversas Juntas de Freguesia de muitas candidaturas, tendo-se mantido ou superado bastante a fasquia das últimas legislativas. Já nos outros concelhos, verificou-se o padrão de perda de votos em autárquicas, relativamente a legislativas, tendo sido em alguns casos decepcionante, como foi o de Lisboa;
5 – O efeito do chamado “voto útil” fez-se sentir, de modo particularmente penalizador, em Lisboa, Porto e Oeiras; basta atentarmos na votação na Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Lisboa), em que obtivemos 2% para a Assembleia Municipal e apenas 0,5% para a Câmara Municipal, tendo esta última representado uma perda acentuada de votos em relação às últimas legislativas.
Assim, podemos afirmar que um partido como o nosso, que não abdica da sua ideologia, que não entra em coligações com partidos de um sistema que critica e com manifesta falta de meios, tem esse preço a pagar. Além disso, perante um eleitorado que vota por muitas vezes por “clubismo”, ou para afastar outros do poder, ou até em quem manifestamente o roubou, infelizmente revela que o factor ideológico fica para segundo plano, sobretudo numas eleições de maior proximidade, como são as autárquicas.
Seja como for, os objectivos iniciais que traçámos, de dar a conhecer o nosso partido a mais pessoas, de afirmar a presença pelo menos em algumas autarquias, de proporcionar experiência aos nossos cabeças-de-lista e aos que se envolveram no combate eleitoral, esse foi alcançado. E no que respeita aos resultados imediatos, se em vários casos houve um sucesso eleitoral, noutros houve decepção. E quanto a isso nada se deve escamotear. Mas os resultados são proporcionais aos meios que se empenham: o retorno é proporcional ao investimento, independentemente de confrangimentos exteriores.
Por fim, temos plena noção de que as eleições não são o fim de um percurso, mas apenas uma etapa numa batalha de conquista do poder e, desse modo, a partir do dia seguinte, há que olhar em frente com a mesma convicção nas causas que defendemos, já que elas não ficam postas em causa pelos bons ou maus resultados eleitorais. Assim sendo, o PNR foca-se a partir de agora nas legislativas de 2019, nas quais estaremos presentes em todas as secções de voto do país, perseguindo aquele que é o nosso objectivo: duplicar a votação obtida em 2015 e ultrapassar os cinquenta mil votos.
Resta-nos agradecer, reconhecidamente, a todos os cabeças-de-lista que, com generosidade e coragem deram o seu melhor, a todos os mandatários e a todos os que de alguma forma se envolveram e trabalharam neste combate eleitoral, bem como aos que votam sempre no PNR ou que o fizeram agora pela primeira vez. O caminho é em frente e ele faz-se caminhando! Portugal precisa do PNR na Assembleia da República. Está na sua mão contribuir para isso.
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Fonte: http://www.pnr.pt/2017/10/aquem-do-desejado-mas-foram-os-resultados-possiveis/
5 Comments:
Hernâni Costa
19 h ·
Dado o meu passado, não poderia deixar de emitir uma opinião sobre os resultados do PNR, nas últimas eleições autárquicas.
Considero que será mais fácil apresentar a minha opinião apresentando o quadro em anexo...
Os resultados são claros. Uma derrota do PNR!
- Comparando os resultados das autárquicas com o das legislativas, tiveram uma queda (legislativas: 6505; autárquicas: 4740 votos);
- Em termos comparativos com as autárquicas de 2013, Sintra (muito bem) subiu! Lisboa... perdeu...
Os números são claros, sim o PNR teve o maior número de candidaturas da sua História!
SIM! Nestas eleições tiveram debates televisivos!
SIM! Tiveram "out-doors"!
SIM! Tiveram entrevistas na imprensa escrita!
SIM! Tiveram entrevistas em rádios locais!
ATÉ tiveram um jantar de encerramento de campanha.
Então, se tiveram isto tudo, onde se queixavam que antes não tinham. Que terá acontecido?
Triste conversa a desse gajo, que agora que está fora do partido manda bocas dessas. Ele sabe muito bem que nas autárquicas os partidos pequenos têm sempre menos votos que nas legislativas, mas mesmo assim resolveu fazer essa comparação. Foleiro, de facto.
O Nos cidadãos e o JPP ganharam ambos uma câmara...e sao partidos pequenos.
E não são boicotados pelos mé(r)dia.
Quem se boicota a si mesmo é o PNR que ate faltou a varios debates na TV no Porto
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