POLÍTICO ALEMÃO CONSIDERA BRASIL TÃO PERIGOSO COMO AFEGANISTÃO

Neste verão europeu, o Brasil não deixa de ser manchete nos média alemães. Além do escândalo envolvendo o papel da Volks na ditadura militar e do repatriamento de um famoso avião abandonado em Fortaleza, neste sábado (29/07), a revista Spiegel publicou uma entrevista em que o político do Partido Verde e presidente da câmara da cidade de Tübingen, Boris Palmer, compara o Brasil ao Afeganistão.

Na entrevista sobre o livro do político verde em torno da difícil relação com o tema dos refugiados na Alemanha, Palmer considera a possibilidade de deportações de imigrantes para o Afeganistão.

"No que tange o Afeganistão, há uma percepção de insegurança, transportada principalmente por imagens de atentados", explicou o político à Spiegel, acrescentando que a avaliação não tem relação com a probabilidade estatística de que "algo aconteça com alguém que seja deportado para lá."

Para basear a sua argumentação, Boris Palmer usou como comparação o Brasil, afirmando que neste país são anualmente assassinadas 50 mil pessoas. "Mesmo assim nós participámos num Campeonato Mundial de Futebol lá e ninguém disse que não podíamos voar para lá."

Crise de refugiados

Com os seus pedidos de uma política mais rígida em relação aos refugiados, Palmer foi motivo de bastante controvérsia dentro do seu próprio partido. A liderança do Partido Verde já se distanciou há muito do presidente da câmara de Tübingen.

O político verde anunciou querer, futuramente, manter-se reservado quanto ao tema dos refugiados. "Com o meu livro pretendo fechar esta fase de duras discussões", explicou Palmer, revelando que "os últimos dois anos foram cansativos e desgastantes" e que ele teria mudado e que estaria mais humilde.

"Para mim ficou claro que me afastei de muitos correligionários e que não mais posso assumir funções importantes no Partido Verde", disse Palmer na sua entrevista.

Segundo o político, a crise migratória dividiu a Alemanha. "A crise de refugiados tem o efeito de que as pessoas não podem mais falar umas com as outras, que evitam o tema, desvalorizando-se mutuamente, também na família e no círculo de amigos", afirmou o autarca de Tübingen à agência de notícias DPA.

Palmer disse que as pessoas devem voltar a conversar, defendendo que não devem considerar somente o seu ponto de vista como "legítimo", mas também outros possivelmente contrários. Para o político verde, este seria o principal objectivo do seu livro «Wir können nicht allen helfen» («Não podemos ajudar a todos») a ser lançado no dia 3 de Agosto em Berlim.

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Fonte: http://www.dw.com/pt-br/brasil-%C3%A9-t%C3%A3o-perigoso-quanto-afeganist%C3%A3o-diz-pol%C3%ADtico-alem%C3%A3o/a-39885020

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Um tipo de Esquerda que abriu os olhos para perceber a catástrofe da iminvasão... não é caso único...

De resto, pelos factos acima referidos pode ter-se uma ideia do que é a imigração oriunda do Brasil.