segunda-feira, novembro 21, 2016

ECONOMISTA ITALIANO SUGERE NECESSIDADE DE ALIANÇA ENTRE UE E RÚSSIA FACE À CHINA

Os países da Europa, especialmente a Itália, continuam apoiando as sanções contra a Rússia sob a pressão de Obama, empurrando assim a Rússia para a China. Ao mesmo tempo, os Chineses têm estado a trabalhar, a crescer, a investir, a comprar países inteiros e preparam-se para dirigir o mundo.
A solução deste problema poderá ser a aproximação entre Europa e a Rússia.
Na semana passada, a caminho da América Latina, o presidente chinês Xi Jinping fez escala na Sardenha. Os detalhes do seu encontro com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi não foram comunicados pelos média.
É possível que, em breve, as partes possam anunciar projectos conjuntos. Entre eles poderá estar o fornecimento à China de gás natural liquefeito, extraído pela petrolífera italiana ENI em jazidas de diferentes partes do mundo, e também de outras formas de colaboração entre os dois países. 

A agência Sputnik Itália falou com Alberto Forchielli — economista, empreendedor e um dos fundadores da companhia de investimento Mandarin Capital Partners. 
Sputnik: Muitas marcas, desde a ENI até equipas de futebol, pertencem parcialmente à China. Será que é possível dizer que a China irá em breve comprar toda a Itália? 

Alberto Forchielli: Tudo que era possível comprar em Itália já foi comprado. Primeiramente, a China busca tecnologias nos países ocidentais. E busca em tais países onde elas existem, nomeadamente na Alemanha e nos EUA. Em ambos os países a questão da limitação dos investimentos chineses está sendo discutida. Existem mesmo projectos de lei nesse sentido. Talvez em Itália a China possa comprar a Comau, que produz robôs. Eu não sei se os Chineses poderão estar interessados na STM, que fabrica semi-condutores e é parcialmente controlada por italianos. E não há mais nada valioso. Na Itália há ainda a produção de equipamentos automáticos, mas não vejo interesse por parte dos Chineses. Talvez porque nesta área eles também alcançaram um nível suficientemente elevado. Não é tão alto como em Itália, mas é aceitável para eles. 

S: O senhor aconselharia aos jovens italianos mudarem-se para outros países? Para quais? 
AF: Sim. Claro. Itália é um país para idosos. É necessário mudar para a UE, enquanto ela ainda existe. Especialmente para tais países da Europa onde as coisas estão melhores do que em Itália. Para os países anglo-saxónicos, onde o visto permite viver. Para a Rússia onde, na minha opinião, a atitude para com os Italianos é bastante favorável. Gostaria que houvesse uma maior integração entre a Rússia e a Europa. Gostaria  que a UE fosse maior e incluísse a Rússia. Esta é a única forma de salvar algo. Se a Rússia ficar muito próxima da China, será um grande erro, um erro que nós cometemos empurrando a Rússia para as mãos da China. Por isso, para mim é lamentável, porque eu sei que na Rússia há muitas novas tecnologias e que este país tem uma simpatia histórica para com a Itália.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/201611226899969-europa-junta-russia-contra-influencia-chinesa/

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Deixando de parte o conselho para emigrar, típico da elite economicista e por isso naturalmente apátrida, é bom sinal que a necessidade de união da UE e da Rússia - no fundo, de toda a Europa, dos Urais aos Açores - comece a ouvir-se ao nível das lideranças do velho continente... desta união ou pelo menos cooperação pode depender o futuro da raça branca europeia.