sexta-feira, outubro 21, 2016

JORNALISTA HÚNGARA QUE RASTEIROU IMIGRANTE FOI PREMIADA

A jornalista húngara que foi filmada a pontapear e a fazer rasteiras a refugiados na fronteira da Hungria com a Sérvia em 2015 recebeu um prémio por um documentário sobre a revolução húngara de 1956, um conflito que gerou cerca de 200 mil refugiados húngaros.
Petra Lazlo ficou conhecida por ter agredido refugiados, tendo feito até uma rasteira a um refugiado sírio que levava um criança ao colo. Na altura, a operadora de câmara foi despedida da estação televisiva ligada à Extrema-Direita onde trabalhava e foi duramente criticada. Nas redes sociais, chamaram-lhe "a jornalista mais odiada do mundo".
Lazlo desapareceu do olhar do público desde então, até que foi vista esta sexta-feira, segundo o Financial Times, a receber um prémio por ter editado National Strangers, um filme de 32 minutos sobre como os húngaros enfrentaram o domínio do exército soviético em Novembro de 1956, realizado pelo marido Gabor Laszlo.
Na disputa, morreram cerca de três mil pessoas e muitas outras fugiram para os países do ocidente.
Apesar das semelhanças, o governo tem feito um esforço para impedir qualquer comparação com a crise de refugiados actual.
Zoltan Kovács, porta-voz do governo, escreveu um artigo na internet com o título, Não, os refugiados húngaros de 1956 não são iguais aos refugiados de hoje. No texto, o político afirma que as motivações e as nacionalidades das pessoas são diferentes e até a cultura.
"A cultura destes migrantes definitivamente não tem nenhuma relação com a nossa cultura judaico-cristã", escreve Zoltan Kovács. "Não podemos ignorar o elefante na sala e fingir que a assimilação deles na Europa não é um problema".
A Hungria tem sido um dos países mais reticentes à aceitação do sistema de quotas de refugiados por país proposta pela União Europeia.
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Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundo/jornalista-que-agrediu-refugiados-ganhou-um-pr%C3%A9mio/ar-AAjcSCs?li=AA4REe&ocid=spartanntp