terça-feira, maio 03, 2016

NA ALEMANHA - TERCEIRO MAIOR PARTIDO ASSUME-SE FORMALMENTE CONTRA A ISLAMIZAÇÃO

O partido que começou por ser anti-euro e que cresceu ao afirma-se como anti-imigração apresentou-se definitivamente como anti-Islão no congresso que reuniu 2400 dos seus membros em Estugarda este fim-de-semana. No manifesto aprovado no encontro da Alternativa para a Alemanha (AfD) há todo um capítulo intitulado “O Islão não faz parte da Alemanha”.
A ideia era que a reunião em Estugarda, no Sul da Alemanha, permitisse ao movimento que já elegeu deputados em 16 parlamentos regionais alargar a sua plataforma, com discussões sobre economia e segurança social. Mas o debate foi marcado por tiradas anti-muçulmanas, ainda que um dos participantes se tenha oposto ao capítulo dedicado à religião de 5% dos alemães.
Ernst-August Roettger, delegado da cidade de Lüneburg, sugeriu que a linguagem usada no programa se opõe à Constituição alemã e defendeu que é preciso distinguir entre Islão e islamismo, apelando aos alemães “para iniciarem um diálogo com as suas comunidades muçulmanas locais”, intervenção apupada por muitos na assistência. Já a resposta foi muito aplaudida: “O Islão é estrangeiro para nós e por isso não pode invocar o princípio da liberdade de expressão no mesmo grau que o Cristianismo”, retorquiu Hans-Thomas Tillschneider, deputado no estado da Alta Saxónia.
O argumento usado por Tillschneider parece fazer tanto sentido como um manifesto de 1400 páginas onde se afirma que o partido respeita a liberdade religiosa mas se pede a proibição dos minaretes (torres das mesquitas), da burqa (túnica e véu que cobrem o corpo e todo o rosto) e niqab (véu que deixa apenas os olhos a descoberto). Os minaretes, escreve-se no texto, são “símbolos do poder islâmico”.
“O nosso programa é a estrada para uma Alemanha diferente”, afirmou aos participantes Jörg Meuthen, porta-voz e co-presidente do AfD com Frauke Petry. Isto é “apenas o início”, disse Meuthen no mesmo dia em que uma sondagem publicada no jornal Bild sobre as legislativas do próximo ano atribuía 13% de intenções de voto ao partido, que assim se tornaria na terceira força política alemã.
“No Verão de 2015 davam-nos como mortos”, afirmara Petry na abertura do congresso, sábado, sublinhando os sucessos surpreendentes dos últimos tempos, com os bons resultados nas regionais de Março. Nascido há três anos, o partido beneficiou do descontentamento face à decisão da chanceler Angela Merkel de abrir as portas à entrada de um milhão de refugiados e imigrantes ao longo do ano passado.
Família e História
O AfD apresenta-se como “conservador, livre e patriota” e entre as propostas já aprovadas para integrarem o programa consta o fim da moeda única, a defesa das fronteiras da Alemanha, a deportação de estrangeiros condenados por crimes, o regresso do serviço militar obrigatório e o reafirmar dos “valores familiares tradicionais e da cultura nacional”.
Meuthen, que descreve o partido como uma mistura entre “conservadorismo moderno” e “patriotismo são”, defendeu que é preciso valorizar “os aspectos positivos da História alemã”, lamentando que a memória oficial “se reduza” ao passado nazi. Não é certo o que sobrou da proposta inicial de manifesto (houve 1500 propostas de alterações e ainda se votava à hora a que o encontro deveria ter terminado), mas na versão original constava a ideia de “obrigar os professores a porem fim ao ‘excesso de ênfase’ na era nazi”.
Para contrabalançar o tom geral dos debates, o AfD aprovou uma moção para dissolver o seu ramo no estado de Sarre, depois de se saber que alguns dos seus membros têm laços a grupos neo-nazis. 
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Fonte: https://www.publico.pt/mundo/noticia/para-a-extremadireita-alema-o-islao-nao-faz-parte-da-alemanha-1730691

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Não será tudo perfeito neste partido, mas pelo menos parece estar essencialmente no bom caminho - no combate à iminvasão e ao Islão, com os melhores argumentos, a saber, o da Liberdade e o da Identidade nacional. É bem provável que a espécie de jornalista que escreveu o artigo acima esteja a querer dar uma alfinetadazita «subtilmente» irónica e praticamente palerma, quando diz, passo a citar, «O argumento usado por Tillschneider parece fazer tanto sentido como um manifesto de 1400 páginas onde se afirma que o partido respeita a liberdade religiosa mas se pede a proibição dos minaretes», «se calhar» a insinuar que há contradição entre a defesa da liberdade religiosa e a livre construção de toda a merda que o Islão quiser estacionar em solo europeu. Na melhor das hipóteses falta a este tipo de jornalistas perceber o que dizia John Locke na sua «Carta da Tolerância» a respeito do tema - que todas as religiões devem ser toleradas, mas que aquelas que pela sua própria natureza se mostrem perigosas para o Estado devem ser vigiadas de perto ou até suprimidas. E, «coincidentemente», Locke dá como exemplo destes credos perigosos precisamente o Islão, cujo seguidor que seja cidadão (súbdito, no livro) europeu poderá hesitar entre obedecer ao dirigente do califado (o sultão turco, no livro) ou ao seu governo (príncipe, no livro) europeu... porque o verdadeiro muçulmano tem de pôr a lealdade religiosa acima da lealdade política, e no Islão o soberano religioso é, idealmente, também o soberano político, porque, note-se, o Islão integral tem uma forte componente política. Ser muçulmano inclina pois ao acto de servir um poder político-espiritual, cujos interesses são estranhos e frequentemente hostis aos das pátrias não muçulmanas.
Já o jornalista disto aqui http://pt.euronews.com/2016/05/01/alemanha-o-oportunismo-da-afd-do-nao-ao-euro-a-renuncia-do-islao/ mostra ainda mais primarismo que o do «Público», ao chamar «oportunista» à política de um partido, como se o euronews fosse algum panfleto ideológico em lugar de se afirmar como órgão informativo... Primarismo e, de resto, mau perder, típico de quem está a ver os «fachos» a ganhar terreno e quer poder caluniá-los sem saber como... A AfD mais não faz do que seguir as suas mais fortes tendências internas, as quais por sua vez mais não são do que o despontar natural da repulsa pela presença maciça do alógeno imposta ao povo.

Quanto à argumentação de Tillschneider, pois enfim, está longe de ser a melhor, mas disso o senhor não tem culpa... é uma vítima das circunstâncias históricas... Ele bem quereria ter uma religião genuinamente nacional a resistir diante de uma doutrina alógena, mas está com azar... quando diz que o Islão é estrangeiro e o Cristianismo não, choca de frente com a verdade histórica, uma vez que o Cristianismo é na sua raiz e natureza um credo também ele alógeno. Alógeno e com a mesma origem étnico-espiritual que o Islão, a saber, o abraamismo. O Cristianismo constitui, como se sabe, o irmão mais velho quando não o pai do Islão, havendo mais recentemente quem até diga que o Islão não é mais do que uma evolução particular do Cristianismo árabe. Há mil e setecentos anos, a adoração do Judeu Morto acabou por se começar a instituir em Roma como religião única e às tantas ficou dada como «religião nacional», religião «da família», etc., transformação que veio a revelar-se evidentemente traiçoeira, como agora se constata. Agora o nacionalista europeu incauto que queira ostentar a cruz como símbolo nacional para dizer «vade retro!» ao alógeno, bem se lixa que o crucifixo sai-lhe pela culatra. Aliás, esta realidade já foi explicitamente referida nas palavras do arcebispo de Colónia, que daqui a pouco serão aqui referidas...