ALEGADA DESCIDA DE PÁRA-QUEDISTAS RUSSOS SOBRE SOLO LITUANO MAL ESCLARECIDA...
A Lituânia entrou em pânico em Joves (7) após declaração do primeiro-ministro Algirdas Butkevicius confirmando relatos anteriores de que pára-quedistas russos haviam desembarcado no território do país. Serviços especiais lituanos reagiram à incursão 'pronta e adequadamente", disse ele, acrescentando que não poderia fornecer mais detalhes.
O ataque de paranóia tomou o país no início desta semana, quando Arturas Paulauskas, o presidente do comité da Lituânia sobre Segurança Nacional e Defesa, disse à estação de rádio local LRT que "sabotadores russos podem ter aterrado em Juodkrante," uma vila na divisão do Istmo da Curlândia perto do enclave russo de Kaliningrado.
O comité, disse Paulauskas, incluiu a suposta incursão russa num relatório recente feito pelos serviços de inteligência da Lituânia sobre as ameaças que o país enfrenta. Publicado a 30 de Março, o relatório acusou a Rússia de organizar regularmente exercícios militares em território de outros países, e alertou que os espiões da Rússia e da Bielorrússia poderiam estar a tentar infiltrar-se no Exército da Lituânia sob disfarce de recrutas comuns.
"Foi dito no comité que existia uma probabilidade de que isto tivesse ocorrido. É difícil dizer a veracidade disso, uma vez que os dados não são 100% confirmados", observou Paulauskas.
No entanto, a história pegou fogo nos média nacionais e sociais do país báltico em Joves, quando o primeiro-ministro Butkevicius disse numa entrevista colectiva que poderia confirmar que as forças russas tinham desembarcado em território lituano, e que os serviços especiais lituanos tinham reagido “pronta e adequadamente”. Infelizmente, acrescentou que não poderia fornecer mais informações. "Não posso dizer, é informação secreta".
Por sua parte, o ministro da Defesa Juozas Olekas também se recusou a revelar quaisquer detalhes do suposto incidente.
A presidente Dalia Grybauskaite, enquanto isso, disse que os funcionários do governo são aconselhados a não comentar as informações fornecidas pelos serviços de inteligência. Previsivelmente, os pedidos da imprensa local por comentários oficiais a respeito da declaração do primeiro-miunistro foram todos recusados.
Confusos e agitados pela falta de informação sobre a possível "incursão russa”, os lituanos apelaram para os média sociais para tentar chegar ao fundo do que estava a acontecer.
Num post da sua página no Facebook, a ex-ministra da Defesa Rasa Jukneviciene fez uma série de perguntas sarcásticas: "É muito interessante: o que significa dizer que os nossos serviços especiais ‘responderam adequadamente’? O que aconteceu com os soldados russos que ilegalmente desembarcaram no nosso território? Foram presos, ou talvez mortos? Talvez estejam sentados na cadeia?"
Além disso, continuou a ex-ministra, "que serviços responderam [à suposta ameaça]? Eu vi um comentário do comandante dos guardas de fronteira, que disse que eles não sabem nada sobre isso. É importante perguntar, pois este é um assunto muito sério, mesmo que não se queira realmente perguntar ao nosso pobre primeiro-ministro… Jornalistas, eu quero lembrá-los de não ceder à demagogia, quando vos é dito que tudo isto é um segredo de Estado".
Assim, falando no parlamento lituano nesta Vernes (8), Jukneviciene, integrante do partido União da Pátria, pediu directamente ao primeiro-ministro para especificar quando ocorreu a incursão. Nas suas palavras, enganar as pessoas sobre esta importante questão da segurança nacional é tão perigoso quanto um possível desembarque de forças especiais russas.
Por sua vez, o jornalista Liudas Dapkus, editor-chefe da Lrytas.lt, um dos portais de notícias mais populares da Lituânia, perguntou porque é que, se a informação era verdadeira, ninguém lhe tinha reagido adequadamente.
"Se isto de facto ocorreu e ninguém reagiu, é um problema sério. Onde está a nota do Ministério das Relações Exteriores de protesto à Rússia? Onde está a decisão de reforçar a guarda costeira? Onde está o escândalo internacional? E se tudo isso não aconteceu, vá para o inferno com seus intermináveis jogos de Cloak and Dagger [referência ao filme ‘Os heróis não têm idade’]".
Enquanto isso, os cidadãos lituanos continuam intrigados com as observações do primeiro-ministro. Logicamente, alguns sugeriram, se a Rússia de facto lançou uma incursão, a Lituânia teria apelado aos artigos da OTAN sobre defesa colectiva. Ecoando comentaristas dos média locais, alguns internautas questionaram-se porque é que, se o incidente tinha de facto ocorrido, o país não tinha retirado o seu embaixador da Rússia, ou pelo menos emitido uma nota de protesto.
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Fonte: http://br.sputniknews.com/mundo/20160408/4081027/lituanos-panico-paraquedistas-russos.html
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http://www.ipcdigital.com/nacional/japao-pais-onde-os-advogados-enfrentam-crise-por-falta-de-problemas-juridicos/
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