quarta-feira, novembro 18, 2015

SURGE UM PARTIDO MUÇULMANO NA AUSTRÁLIA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.publico.pt/mundo/noticia/apresentado-o-primeiro-partido-muculmano-da-australia-1714709
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 Diaa Mohamed, um empresário australiano, apresentou esta terça-feira o que pretende que venha a ser o primeiro partido muçulmano do país. O Partido Muçulmano Australiano (PMA), espera reunir as 500 assinaturas necessárias para o registo oficial.
Com a intenção de vir a concorrer às eleições para o Senado dentro de dois anos, o PMA surge como plataforma para a participação política da comunidade muçulmana. “Existem partidos cristãos, e partidos criados especificamente como opositores ao islão, enquanto os muçulmanos não têm representação oficial”, declarou Diaa Mohamed, o fundador do PMA.
O anúncio oficial desta terça-feira surge no rescaldo das atrocidades cometidas em França por terroristas associados ao Estado Islâmico (EI). “Muitas questões serão colocadas sobre o islão devido aos acontecimentos recentes. Esse é o principal motivo que nos levou a criar este partido, portanto é uma boa altura para o apresentar”, afirmou Mohamed, em entrevista à rádio australiana AM. O líder do PMA condenou os ataques do passado fim-de-semana na capital francesa, afirmando que a sua religião “não defende a morte de inocentes”.
A comunidade muçulmana representa cerca de 2% da população australiana, e desde que o agente da polícia Curtis Cheng foi morto a tiro em Outubro por Fahad Jabar, um jovem muçulmano de 15 anos, os seguidores do islão têm sido alvo de protestos de extrema-direita. Movimentos como a Frente de Patriotas Unidos ou o Reclamar a Austrália manifestam-se contra a “corrosão dos fundamentos judaico-cristãos” do país. 
O primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, assumiu o combate à radicalização das manifestações e a tensão que surge em contra-protestos de activistas, que por seu lado condenam a onda de racismo. “Extremismos de qualquer tipo são uma ameaça aos valores da Austrália”, declarou Turnbull num discurso público em Sidney o mês passado. “As pessoas que decidem responder aos actos radicais de uma minoria culpando todos os muçulmanos estão a agir de maneira totalmente contraproducente”.  
O PMA surge para dar voz à comunidade muçulmana na Austrália e afirmar-se perante os seis partidos anti-islâmicos que se propõem às próximas eleições. Entre eles o Partido da Liberdade, de Nick Folkes, o Ama a Austrália ou Sai, liderado por Kim Vuga, antiga estrela de televisão, e a Aliança de Liberdade Australiana (ALA). 
“As pessoas estão à procura de alternativas porque a maioria dos partidos não estão preparados para discutir a divisão multicultural no país e os danos que isso tem provocado à Austrália”, afirmou em declarações à BBC a líder do ALA, Debbie Robinson.
O manifesto do seu partido, oficialmente reconhecido em Julho, sustenta que “o Islão não é simplesmente uma religião, é uma ideologia totalitária com aspirações globais”, cita a BBC.
Os moldes do ALA são semelhantes aos do Partido para a Liberdade da extrema-direita holandesa, liderado pelo polémico Geert Wilders, convidado como orador principal da apresentação oficial da Aliança em Sidney.
No recente encontro do G20 em Antalya (Turquia), o primeiro-ministro australiano declarou ter reforçado a segurança no país, por considerar que o risco de ataques do EI era elevado depois dos acontecimentos em França. No entanto, Turnbull voltou a salientar que “os extremistas islâmicos não agem em nome do islão. Difamam o Islão”.

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Há já partidos muçulmanos noutros países ocidentais, nomeadamente na Holanda, na Dinamarca e no país aqui ao lado, Espanha. O à vontade desta gente e a sua combatividade natural são demasiado evidentes para que não perceba aqui uma atitude de confrontação ou pelo menos de expansão de uma doutrina que é, na sua essência, incompatível com todas as outras.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sangue é sempre sangue e os Turcos não esquecem a que estirpe pertencem,sempre solidários com os seus irmãos

https://esportes.yahoo.com/noticias/torcedores-turcos-gritam-allah-akhbar-vaiam-minuto-sil%C3%AAncio-224619935--sow.html

18 de novembro de 2015 às 18:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Aqui está a adaptação islâmica aos costumes ocidentais. O laicismo que se foda, a religião está inserida em todos os aspectos da vida...

Que imparcialidade, prudência e justeza esperar de um partido incapaz de separar a política da religião, ainda mais de uma religião internacionalista que não reconhece a lei dos Estados, fronteiras e nações?

Eis o mal da política de portas abertas: é só entrar por aí adentro, sem controlo, até que os forasteiros ganhem representatividade política e começam a cagar sentenças na terra dos outros. Já não bastavam a Esquerda caviar muito preocupada em que haja uma inundação de imigrantes para lhes caçar o voto.

18 de novembro de 2015 às 21:29:00 WET  

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