sábado, setembro 26, 2015

SOBRE A MARCHA PARA A INDEPENDÊNCIA CATALÃ

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/09/23/catalunha-a-independencia-fora-das-quatro-linhas/ 
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Pep Guardiola joga ao ataque quando em jogo está a independência da Catalunha. O antigo treinador do FC Barcelona integra a lista única “Junts pel sí” não pelas ambições políticas enquanto deputado, mas por considerar que a secessão é o melhor caminho para a região que representa 20% do produto interno bruto de Espanha.

Eleições na Catalunha: tudo o que precisa saber´

Data das eleições autonómicas na região
27 de Setembro de 2015

O que está em jogo?
Mais de cinco milhões de catalães são chamados às urnas este domingo, 27 de setembro, pela terceira vez em cinco anos. Uma votação que o presidente do Governo Regional da Catalunha, Artur Mas, caracteriza como um “plebiscito à independência.”
Os independentistas dizem estar dispostos a ir até à declaração unilateral de independência se, depois de uma vitória nas eleições regionais, Madrid procurar bloquear o processo de separação da Catalunha.

^Como funciona o sistema eleitoral?
Sistema de Representação Proporcional. Os assentos parlamentares são distribuídos proporcionalmente ao número de eleitores de cada círculo, divididos por quatro províncias.
O Parlamento regional da Catalunha conta com 135 assentos. 85 atribuídos pelos eleitores de Barcelona, 18 pelos de Tarragona, 17 pelos de Girona e 15 pelos de Lleida.

Quais os principais partidos?

Junts pel Sí (Juntos Pelo Sim): coligação que reúne partidos independentistas chave como a ERC, Esquerra Republicana de Catalunya e a CDC, Convèrgencia Democràtica de Catalunya.
O presidente conservador catalão, Artur Mas, integra a lista da coligação independentista liderada por Raul Romeva, antigo deputado europeu.

Candidatura d’Unitat Popular (CUP): A Candidatura de Unidade Popular é um partido político de extrema-esquerda liderado pelo jornalista Antonio Baños. A formação defende a independência de Espanha da União Europeia e da Troika.

Catalunya Sí Que Es Pot (Podemos catalão): A coligação reúne organizações e partidos entre eles o Podemos, a Esquerra Unida i Alternativa (EUiA), os verdes (IC-V) e Equo. O ativista Luis Rabell é o cabeça de lista.

Ciutadans – Cs (Cidadãos): Os centristas não nacionalistas liderados Inés Arrimadas rejeitam a independência e propõem uma maior autonomia. Defendem uma “regeneração democrática” e o combate à corrupção.

Partit dels Socialistes de Catalunya – PSC (O Partido Socialista da Catalunha): Federação catalã do PSOE, o maior partido (centro-esquerda) da oposição. Liderada por Miquel Iceta, a formação insiste num modelo federal para Espanha e uma reforma da Constituição.

Partido Popular de Catalunya – PP (Partido Popular da Catalunha): Os conservadores do partido atualmente no poder, em Espanha, defendem a unidade nacional. À frente do partido está Xavier Garcia-Albiol.

Unió Democràtica de Catalunya – UDC (União Democrática da Catalunha ): a antiga aliada da CDC não apoia a independência. Ramón Espadaler é o rosto da formação.
O que dizem as sondagens?

De acordo com o CIS, Centro de Investigações Sociológicas a coligação “Junts pel Sí” pode conseguir entre 60 a 61 assentos parlamentares. Estes deputados juntamente com os oito eleitos pela Candidatura de Unidade Popular permitiriam obter uma maioria absoluta favorável à independência, mas não no que toca à percentagem de votos (44 por cento no total).

Possíveis Cenários?
Niguém sabe. Nem mesmo Mariano Rajoy
Em caso de vitória, a lista “Juntos pelo Sim” promete “um processo de desconexão” de Espanha.
Definir um roteiro para a independência com a criação de instituições estatais como uma administração fiscal é uma das prioridades. O objetivo é concluir o processo o mais tardar em 2017.