BATALHA DO BUÇACO - VITÓRIA PORTUGUESA (E BRITÂNICA) CONTRA O IMPÉRIO NAPOLEÓNICO

A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi uma batalha travada durante aTerceira Invasão Francesa, no decorrer da Guerra Peninsular, na Serra do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do Tenente-general Arthur Wellesley, visconde Wellington. Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso.

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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Bu%C3%A7aco

Quem quiser saber pormenores pode ir ao link acima. Foi uma daquelas efemérides em que (alegadamente) estávamos em clara inferioridade numérica - e em cavalaria então a diferença era colossal, de duzentos e dez britânicos para oito mil quatrocentos e dezanove franceses - e mesmo assim ganhámos, perdendo o inimigo cerca de quatro vezes mais efectivos do que nós. 

Não é um episódio da História que esteja na moda recordar. Nem da parte de certos patrioteiros, quanto mais... e estes, mesmo quando o fazem, raramente lembram que o apoio inglês foi importante para a salvaguarda da independência nacional. É, ao fim ao cabo, seguramente compreensível, embora não recomendável, que se tenha esta atitude quando se é patriota. O grave é quando estes mesmos patrioteiros proclamam noutras alturas que Portugal sempre que esteve ligado aos Europeus sofreu e foi-se abaixo, quando na verdade sem esta ligação aos Ingleses era bem possível que os Portugueses acabassem por ficar sob a pata do cavalo napoleónico. Por outro lado, seria igualmente possível que, sem esta vitória sobre os Franceses em Portugal e na Ibéria, os Ingleses tivessem muito mais dificuldades em bater a força napoleónica, isto se o conseguissem sequer. Não se trata de amar os «bifes» da velha Albion, mas sim de perceber que toda e qualquer aliança entre países é sempre uma coordenação possível entre dois sagrados egoísmos, da qual ambos têm a ganhar.