PNR APRESENTA PROPOSTAS SÓLIDAS CONTRA IRREALISMO DO PODER REINANTE
Estamos em plena época eleitoral, embora as eleições ainda venham a alguns meses de distância. Os partidos do sistema já apresentam os seus planos e promessas eleitorais. Lembram os vendedores de banha da cobra, parte da memória dos mais velhos e que animavam as nossas feiras. O produto vendido seria a solução para todos os males e o garante de uma vida longa e cheia de felicidade. A comparação é por demais evidente: os partidos do sistema nada mais fazem do que prometer não só o que é possível fazer (mas que, na maioria das vezes, nunca fazem), mas também o que é impossível fazer e até mesmo aquilo que nunca pensaram fazer. As promessas são tantas, que não ficaríamos admirados se algum dia, e em desespero de causa, algum destes vendedores prometesse uma máquina de fabricar dinheiro a cada português.
Analisando as propostas que recentemente vieram a lume por parte do PS e PSD (coligado com o CDS), podemos concluir que os socialistas baseiam o seu programa no aumento do rendimento das famílias e os neo-liberais do PSD/CDS no aumento das exportações. Para nós, nacionalistas renovadores, as duas propostas completam-se, mas separadas incorrem em erros que importa denunciar: basear o crescimento da economia no aumento das exportações tem-se revelado, nestes últimos anos, uma estratégia bastante curta de visão e com resultados escassos e pouco seguros. O PSD/CDS insiste nesta estratégia, que embora já tenha dado alguns sinais positivos, nunca será suficiente para criar emprego e fazer aumentar a produção nacional até aos níveis desejáveis, como aliás é patente nos indicadores referentes a estes últimos anos. Por outro lado, colocar o aumento dos rendimentos das famílias como motor de arranque da economia também resulta em pouco e, face à fraca resposta que a produção nacional hoje apresenta (vítima da perseguição que tem sido feita aos pequenos e médios empresários), poderá mesmo acabar por traduzir-se num aumento das importações e em nada contribuir para o despertar da nossa economia.
Para nós, nacionalistas, a complementaridade do crescimento das exportações e do aumento dos rendimentos das famílias, juntamente com uma grande e séria aposta na produção nacional, são os factores que podem fazer com que Portugal saia da crise. Sem este último factor, que parece não ser uma prioridade quer para a direita, quer para a esquerda, a retoma será mínima, isto se não chegarmos mesmo a cair numa crise ainda mais profunda.
É certo que o apoio à produção nacional não é fácil, devido aos espartilhos que as leis imperialistas de Bruxelas lhe fazem. Por isso mesmo, defendemos uma aposta séria e inteligente neste sector, mas preparando uma saída negociada da UE e do Euro, ou então um novo Tratado Europeu que dê mais liberdade de actuação aos países. Mas, mesmo na situação actual, consideramos que muita coisa pode ser feita, pois a hidra peçonhenta da UE ainda não controla completamente os nossos movimentos. Nesta matéria, o PNR defende que, em vez de massacrar os pequenos produtores com impostos, o Estado pode, por exemplo, ser o grande dinamizador de um novo sector cooperativo que ajude à exportação de produtos portugueses de excelência e com um vasto mercado internacional, como são os casos do azeite e do vinho. Mas, obviamente, esta visão não é compartilhada nem pela direita neoliberal (que odeia o Estado e, se pudesse, privatizava até o ar) nem pela esquerda (para a qual o Estado só serve de instrumento para sugar impostos e alimentar uma enorme legião de funcionários, de afilhados dos aparelhos partidários e de quem prefere viver à custa de subsídios). E é também aqui que nós, nacionalistas renovadores, nos pautamos pela diferença: não defendemos o Estado ausente nem o Estado esmagador, mas sim o Estado dinamizador.
Assim, em primeiro lugar, defendemos que é preciso fazer campanhas sérias para que se consuma produtos nacionais. Campanhas que mostrem a superior qualidade dos nossos produtos e dêem ênfase ao binómio qualidade/preço.
Depois, é urgente acabar com a burocracia que sufoca a criação de novas empresas, e fazer com que a fiscalização sobre as empresas tenha um fim educativo e não um fim punitivo.
Temos, também, de colocar a banca ao serviço da produção, usando a banca estatal para esse fim, o que obrigará a banca privada a seguir-lhe os passos.
Devemos igualmente, através do IEFP e de quadros especializados do Ministério da Economia e da CGD, constituir equipas especializadas em dar formação aos novos empresários, bem como no apoio às empresas que recorram a empréstimos ou a apoios estatais nos seus primeiros tempos de vida.
É ainda imperioso baixar as despesas de transporte das mercadorias, através da reactivação de linhas de comboio (transporte barato e amigo do ambiente) recentemente encerradas e custos mais baixos nas auto-estradas e nos combustíveis.
As Universidades, como fontes de saber e investigação, devem ser chamadas a colaborar neste renovar de Portugal, quer adaptando os seus cursos às verdadeiras necessidades do país, quer contribuindo com estudos e inovações que devem, quando exequíveis, ser aplicadas e produzidas nesta nossa terra.
Por último, é necessário criar e fomentar o associativismo entre empresários, como forma de gerar sinergias, troca de experiências e poupança em transportes e maquinaria.
Só com uma visão global e abrangente da economia (e não com uma visão sectária e fruto do seguimento cego dos manuais bafientos do liberal-capitalismo e do marxismo) é possível renovar Portugal. Nós, os nacionalistas, porque não estamos reféns de grupos, classes, interesses instalados ou ordens vindas do exterior, somos a única solução para os problemas de Portugal e dos portugueses. Para nós, a Nação está acima de tudo, e é a ela – e apenas a ela e não a qualquer grupo de interesse ou classe – que devemos dedicar os nossos esforços. Para nós, não existem portugueses de primeira nem portugueses de segunda. Como tal, empresas e trabalho, empresários e assalariados, sector estado e sector privado, todos devem ser chamados à tarefa de erguer a economia e o país!
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/enquanto-eles-syrizam-nos-apresentamos-propostas/
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