terça-feira, fevereiro 03, 2015

O IMPÉRIO «DO MEIO» EM ANGOLA

Fonte: http://jornaldiabo.com/internacional/china-angola-colonizacao/
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“Com a quebra do petróleo não há dólares em Angola e os chineses aproveitam”

Há quem ainda pense que a colonização de África acabou no século XX. Errado. Um novo colosso ascendente precisa de recursos para alimentar as suas indústrias e o seu povo, mercados para escoar os seus produtos e território para instalar o seu excedente populacional. O sol está a nascer no Império Colonial da República Popular da China.
Declarou-se, arrogantemente, o “fim da História” no Ocidente. Tudo aquilo que a nova ordem liberal declarou unilateralmente como “progresso” tinha sido cumprido, ou estava, aos seus olhos, a ser cumprido.
O comunismo havia sido derrubado e os países que tinham composto o bloco soviético estavam em processo de democratização. A chamada “descolonização”, iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, estava prestes a ser concluída com a entrega de Macau aos chineses.
Um dos “erros” da nossa História que a esquerda, especialmente a esquerda “chic”, considera particularmente horrendo é o passado colonial europeu – uma visão com que tenta doutrinar as novas gerações através de uma ofensiva de revisionismo histórico. Em Lisboa, junto aos Jerónimos, por muito pouco não apagaram os símbolos históricos do Império Português em 2014.
Nos manuais escolares “politicamente correctos”, os impérios ultramarinos são descritos como “exploradores” e “cruéis”, omitindo-se propositadamente o outro lado da História, o papel benéfico que as velhas metrópoles também desempenharam: Medicina e inoculação contra doenças, língua comum, estradas e caminhos-de-ferro, agricultura moderna, foram apenas alguns dos benefícios da civilização moderna que os europeus introduziram em África.

Vazio de poder
Como a História foi revista, nunca é explicado aos jovens que, a partir da descolonização, forçada pelos EUA e pela URSS, o retrocesso civilizacional em África foi significativo. Os europeus saíram de forma tão apressada que não tiveram tempo de deixar estruturas de poder para criar Estados organizados locais. Ainda para mais, quase todos os quadros qualificados eram europeus brancos, os mesmos que os americanos exigiam que saíssem imediatamente de África.
O resultado foi um vazio de poder com resultados desastrosos. O continente viu-se envolvido em sangrentas guerras fratricidas em que já morreram mais pessoas do que nas duas Guerras Mundiais juntas. Epidemias varreram um continente onde os hospitais deixaram de funcionar. O Ébola é apenas uma das horrendas doenças que lavram vidas sem controlo.
A infra-estrutura criada pelos países europeus também foi arrasada. Só hoje, e ainda com grandes dificuldades, é que as ferrovias em Angola recomeçaram a funcionar depois do seu desmantelamento durante o caos de 1975.
Para substituir os governos europeus foram instalados, pelos americanos e pelos soviéticos, regimes nativos mas autoritários, fora da lei, cruéis e criminosos. Procederam à pilhagem dos recursos de alguns dos países mais ricos do planeta apenas para o ganho de uma pequena elite. Nada diferente dos múltiplos reinos africanos que vendiam os seus próprios habitantes aos europeus para serem tornados escravos.
Os chineses olharam para este continente varrido pelo caos e viram uma oportunidade. Os africanos iam precisar de reconstruir tudo aquilo que foi destruído durante as guerras do século XX e a China estava pronta para assumir o papel de potência imperial. Mas, desta vez, sem as considerações humanistas que os europeus tiveram.

Colonos chineses
Nos últimos tempos tornaram-se correntes, em programas de rádio (o mais popular meio de comunicação em África), as queixas de ouvintes desesperados porque as suas mulheres fugiram com colonos chineses com dinheiro.
Numa só década, um milhão de chineses estabeleceu-se em África – e estes são apenas os números “oficiais”, se é que há algo oficialmente oficial naquele continente. Alguns especialistas consideram que o numero real é muito mais elevado, algo entre dois e dez milhões de colonos, e estima-se que nos próximos anos muitos mais cheguem.
Estes colonos são a vanguarda de um programa chinês para diminuir o desemprego na própria China. A maioria são camponeses sem dinheiro cuja escolha de vida se resume a colonizar África ou a ir trabalhar horários desumanos nas horrendas fábricas chinesas.
Muitos outros não têm sequer opção: são pequenos criminosos, sem-abrigo ou órfãos e o Estado prefere colocá-los à força num avião com destino a África, para se livrar deles.
Os povos locais, geralmente, não aceitam bem esta invasão cultural, mas não têm escolha: os regimes que nasceram da “descolonização” adoram os seus novos mestres coloniais.
A China já é o maior parceiro comercial do continente africano, com quem troca anualmente 160 mil milhões só em bens, mais do que o comércio deste continente com os Estados Unidos, a França e o Japão juntos.
O governo chinês pouco ou nada quer saber dos povos locais, e Pequim é um especialista em negociações Estado com Estado. A corrupção é um dado adquirido e fomentado e, enchendo os bolsos a alguns líderes locais, os chineses conseguem lucrativos tratados desiguais em que lhes são concedido monopólios artificiais.
Leia este artigo na íntegra na edição impressa desta semana.

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«Império do Meio» era como os Chineses costumavam designar o seu próprio império, considerando-o no centro do mundo. E à medida que se aproximam desse estatuto, mas desta vez mais a sério, à escala realmente planetária, vai-se expondo a sua natureza. A referência, no texto acima, a uma nova colonização em África, mas desta vez por parte dos Chineses, desprovidos do sentido humanista europeu, parece particularmente profética, ou pelo menos parece-o a mim - ando há anos a prever que se/quando o Ocidente autêntico, o Ocidente Branco, for abaixo, não haverá ninguém para sustentar milhões e milhões de Africanos com alimentos, medicamentos e dinheiro. A xenofilia e a atitude humanitária são taras e luxos da civilização europeia. O mundo islâmico, por exemplo, mal cuida dos seus próprios miseráveis, enquanto o Oriente amarelo dificilmente será fábrica de empatia para com gentes escuras de cheiro corporal intenso e de comportamento emotivo, tantas vezes violento e caótico, diametralmente opostas portanto, em tudo, aos Asiáticos. 

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Esse artigo praticamente faz lágrimas brotarem de meus olhos. É tão lindo, mas tão lindo!

É o fim do iluminismo, da revolução francesa, da igualdade, fraternidade, liberdade. E talvez até mesmo o fim da raça negra. É o retorno da força, talvez mesmo da barbárie. É lindo!

Talvez, possa ser nutrida esperança de que após a solução final chinesa para a África, a China possa traçar um destino para o Brasil. Dividindo finalmente este território em centenas de pequenos países, mais fáceis de serem manipulados e onde uma elite nacionalista branca possa em algum lugar criar um centro de poder que ao menos permita a separação e uma existência física para si mesmo. Mesmo pagando o preço da submissão ao império chinês este ainda é melhor do que o preço da extinção Certa.

4 de fevereiro de 2015 às 12:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não tenho pena nenhuma,e desejo tudo de bom aos asiáticos que são os únicos a par dos brancos com mais de 100 pontos de IQ

7 de fevereiro de 2015 às 22:01:00 WET  

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