EM FRANÇA - FRENTE NACIONAL RECEBE CADA VEZ MAIS APOIO HOMOSSEXUAL

Fonte: http://www.spectator.co.uk/features/9420662/how-marine-le-pen-is-winning-frances-gay-vote/

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Em França, uma sondagem recente indica um aumento notório no apoio à Frente Nacional (FN) por parte da população homossexual e bissexual, desde as eleições presidenciais de 2012. Mais concretamente, constata-se que, em Paris, a líder da FN, Marine Le Pen, recebe força de dezasseis por cento (16%) dos heterossexuais e de vinte e seis por cento (26%) dos homossexuais.

Um activista homossexual, Didier Lestrade, diz ser difícil para a sua geração (nascido nos anos cinquenta) ser confrontado com o facto de que as opiniões anti-árabes e anti-negros estão a salientar-se na comunidade gay.

Outro testemunho, nomeadamente de um blogueiro homossexual, Patrick McCarthy, a viver em Bordéus, faz notar que até 2005 esta cidade era muito «gay-friendly», os casais homossexuais podiam passear livremente pelas ruas, mas num espaço de dois meses cinco homossexuais foram assassinados. Suspeitou-se da comunidade muçulmana, uma vez que alguns crimes deste tipo foram de facto levados a cabo por gente de origem árabe. E a oposição entre homossexuais e muçulmanos só tem aumentado.

Marine Le Pen, por seu turno, tem conseguido captar a simpatia da comunidade gay, em contraste com o que o seu pai, Jean Marie Le Pen, costumava fazer, chegando a descrever a homossexualidade como «anomalia biológica e social». A nova líder erige o seu partido como bastião da laicidade e da Democracia contra o avanço da islamização e, assim, acaba por defender, implícita ou até explicitamente, os grupos que ficam mais vulneráveis diante do crescimento do Islão em França. Em 2012 alcançou 13.5% do voto dos Judeus - e o dos homossexuais já se adivinha que não é escasso. Quando recentemente uma revista francesa, a «Closer», deflagrou um escândalo sobre a alegada homossexualidade do destacado militante da FN Florian Philippot, Marine Le Pen não só não se demarcou dele como até, na mesma altura, escolheu um novo conselheiro, Sébastien Chenu, um dos fundadores da organização GayLib, o que levou ao protesto de muitos militantes tradicionalistas da FN, queixando-se de que o partido estaria a ser tomado por uma conspiração gay. E há mais quem milite no partido declarando-se abertamente como activista homossexual.

Os resultados da sondagem estão a incomodar muita gente, como se esperaria. À Direita, não faltam os confusos e irritados em verem os homossexuais no «seu» grupo, já para não falar nos conspiracionistas que prontamente vêem nisto uma «confirmaçãooooo!!!!!!!!!!!!!» de que Marine Le Pen está a soldo dos «sionistas que querem corromper a humanidade e impingir a homossexualidade a tudo e todos!!!!!!!» (posso jurar que não estou a exagerar, há mesmo gente capaz de dizer uma destas com toda a certeza do mundo, há sim, há mesmo); à Esquerda, o medo e a confusão como que triplicam, ouvindo-se daí gritos de indignação diante da «falta de memória» dos gays perseguidos pelos «nazis!!!!» e da «manipulação!!!» que os «racistas!!!!!» estariam a fazer do medo das populações. Tanto num lado como noutro se regista portanto uma sensível dose de autismo quando não de franca estupidez. Quem andasse com os olhos abertos desde há quinze anos já sabia que os homossexuais iriam votar cada vez mais na Extrema-Direita europeia, o fenómeno era cristalinamente previsível desde pelo menos, pelo menos, a campanha do holandês Pim Fortuyn, líder político assumidamente homossexual que, embora de Esquerda, conseguia contudo ser coerente e lúcido (às vezes acontece) e percebeu o óbvio: «quanto mais atoalhados de Mafoma viverem aqui no meu bairro menos à vontade tenho eu para andar na rua». Para ver isto não é preciso muito mais raciocínio do que o necessário para entender que dois mais dois são quatro. Os direitos das minorias sexuais constituem um luxo ocidental, pelo menos no contexto do confronto entre a civilização europeia, por um lado, e, por outro, modus vivendi africano e muçulmano. E a imigração que cresce na Europa - tanto por via da imigração propriamente dita como pela «imigração de dentro», ou seja, a proliferação de não europeus em solo europeu mercê da alta taxa de natalidade de imigrantes - esta imigração, dizia, é toda ela ou da África negra ou do mundo islâmico entre Marrocos e o Paquistão. E se mesmo entre os Europeus não falta quem odeie os homossexuais, quanto mais agora no seio de culturas não europeias, completamente virgens em matéria de tolerância sexual...

Mutatis mutandis, o que se verifica no caso dos homossexuais verifica-se também no das feministas - e, de um modo geral, para todos os grupos socialmente fragilizados. Só no Ocidente há a consciência da defesa da dignidade das minoriais porque só no Ocidente se valoriza a Liberdade, portanto, a autonomia e por conseguinte a dignidade do indivíduo. E por mais que a partidagem ocidental em geral declare um imperativo sim senhor a respeito da defesa dos «direitos» de toda a espécie, à medida que a realidade aperta os mais apertados vão começando a perceber que só mesmo com a expulsão ou redução ou travão dado aos não europeus é que a Europa pode continuar a ser um pequenito oásis de liberdades. E, para isso, só há uma solução - o voto no Nacionalismo.