domingo, dezembro 14, 2014

FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES RECEBE MAIS DINHEIRO DA CML DO QUE A LEI PERMITE...

A Câmara de Lisboa, liderada por António Costa (PS), aprovou um donativo de 40 mil euros à Fundação Mário Soares, fundador socialista, no dia 9 de Outubro. A decisão mereceu pedidos de explicações dos vereadores do PSD Fernando Seara e Teresa Leal Coelho. A cooperação entre a autarquia e a fundação remonta ao tempo de Jorge Sampaio à frente da capital. Todos os anos, a fundação recebe um donativo, ao abrigo da lei. Nos últimos dois anos, o valor tem sido igual: 40 mil euros. Recorde-se que Soares apoiou Costa nas primárias do PS. Para o PSD, pela voz de Teresa Leal Coelho, não está em causa o trabalho da fundação, mas é pedido um esclarecimento cabal sobre se todos os requisitos de apoio cumprem a lei. Com António Costa, a verba atribuída mereceu uma redução de 20%. Mas os vereadores questionaram a autarquia sobre o montante do corte. Para o PSD, a lei sobre as fundações prevê reduções de 30% e não de 20%. Logo, o corte aplicado (média de 10 mil euros/ano) deveria passar para 15 mil euros anuais. A autarquia frisa ao CM que o apoio foi aprovado por autarcas de vários partidos ao longo dos anos, entre eles Santana Lopes, do PSD. E promete responder às dúvidas dos sociais-democratas. 
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/politica/detalhe/fundacao_de_mario_soares_recebe_40_mil_euros.html   (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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A Fundação Mário Soares é, na verdade, uma fundação criada e financiada com capitais exclusivamente públicos.
A questão do subsídio dado anualmente à fundação pela Câmara Municipal de Lisboa causou alguma polémica em 2002, depois de a Inspecção-Geral da Administração do Território ter considerado que os pagamentos efectuados consubstanciavam uma "infracção financeira", pelo não cumprimento pela instituição das contrapartidas a que se comprometeu no protocolo com a câmara.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_M%C3%A1rio_Soares#Pol.C3.A9mica
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Por outro lado esta coisa de ser o Estado, portanto, o Povo, a financiar uma organização com o nome de um político, que ainda para mais está vivo... soa demasiado a adoração de líder, não fica bem num país democrático. 
Agora uma memoriazita pessoal: no tempo em que eu andava na secundária, ao longo dos anos oitenta, as escolas públicas tinham quase todas - pelo menos na minha área - o nome da terra. Ouvi rumores, nessa altura, de que depois do 25 de Abril os antropónimos tinham sido banidos como designação de estabelecimentos de ensino porque em Democracia seríamos todos iguais e etc.. O princípio é bom. Hoje, a escola em que andei já tem o nome de uma figura histórica...
Se o que era Ponte Salazar passou a chamar-se «Ponte 25 de Abril» para não ter o nome de um estadista - e pessoalmente prefiro chamar-lhe «Ponte Sobre o Tejo» - algo que é inteiramente financiado com dinheiro público não deveria ter o nome de um outro estadista.