quarta-feira, setembro 03, 2014

SOBRE UMA MÃE PALESTINIANA QUE QUERIA VER O SEU FILHO TORNAR-SE MÁRTIR CONTRA ISRAEL... MESMO ESTANDO O SEU FILHO A SER SALVO POR UM MÉDICO ISRAELITA...


Como acima se pode ver (se o vídeo funcionar, claro), como também se pode ver neste link, http://pamelageller.com/2014/08/palestinian-baby-receives-life-saving-treatment-israeli-mother-says-wants-suicide-bomber.html/, e se pode ler na transcrição seguinte, uma mulher palestiniana, Raida, explica, numa reportagem emitida pela CNS News a 15 de Agosto de 2014, a sua visão do mundo e mais concretamente da questão palestiniana. O vídeo é de 2010.

O filho dela, recém-nascido, recebeu um tratamento de medula óssea no valor de cinquenta e cinco mil dólares (perto de cinquenta e cinco mil euros) de um pediatra israelita - mas o que esta mulher, a própria mãe, quer para o seu filho é um futuro como mártir, um «shahid», que é um mártir por Jerusalém.

Diz ela, em conversa com um israelita, enquanto espera pela operação ao seu filho: «Maomé subiu aos céus a partir de Jerusalém. Como é que Jerusalém pode ser vossa? Não pode, é nossa.»
O jornalista israelita, Shlomi Eldar, ainda diz «Não pode ser metade para cada lado?»,
ao que a palestiniana responde,
«Não, é toda nossa.»
Shlomi Eldar (SE): Como o Arafat disse, um milhão de shahids por Jerusalém?
Raida (R): Mais de um milhão. Todos nós somos por Jerusalém. Todo o nosso povo. Todos nós, não apenas um milhão, somos todos por Jerusalém. Percebes?
A morte para nós é uma coisa natural. Não temos medo de morrer. Da mais pequena criança, até mais nova do que o Muhammad [o filho dela], até à pessoa mais velha, todos nos sacrificaríamos por Jerusalém. Sentimos que temos direito a isso. (...) É uma coisa religiosa. É heresia dizer que Jerusalém não é nossa.»
SE: A morte é normal para si? Então porque é que está a lutar pela vida de Muhammad, se diz que a morte é normal?
R: É normal, se ele morrer, que posso eu fazer sobre isso? É uma coisa normal. As minhas duas filhas morreram nos meus braços enquanto eu as transportava. E depois? Eu morri por causa disso? A capacidade de esquecer é um dom de Deus. É uma coisa normal.
SE: O que sentiu quando elas morreram?
R: Lamentei, foi muito difícil para mim, mas que posso eu fazer? Graças sejam dadas a Alá. Alá deu-mas e Alá tirou-mas. Não me posso opor à morte. Toda a alma está destinada a morrer. Eu poderia morrer enquanto aqui estamos a falar. Não acredita na morte?
SE: Não, para nós a vida é preciosa.
R: A vida é preciosa mas não para nós. Sentimos que a vida é nada. A vida não vale nada. É por isso que temos bombistas suicidas. Não têm medo de morrer. É natural. Nenhum de nós teme a morte. Nem as nossas crianças. É natural para nós.
SE: Perguntei-lhe já, depois da recuperação de Muhammad, vai deixá-lo tornar-se num shahid?
R: Obviamente.
SE: Para quê?
R: Se é pelo bem de Jerusalém, para mim não é nada.

Segundo diz o artigo, a operação foi bem sucedida e Raida diz ter mudado de opinião, afirmando que a vida é preciosa, acabando por declarar «porque é que não nos podemos juntar para resolver os nossos problemas? Para alcançar a paz?»

* * *

Fonte: http://pamelageller.com/2014/08/palestinian-baby-receives-life-saving-treatment-israeli-mother-says-wants-suicide-bomber.html/

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se no futuro ocidente islâmico você estiver a ter sua perna consertada por um médico islâmico, ou por um médico liberal-esquerdista, você não gostaria de me ver logo em seguida a estourar os miolos dele?

Ou por acaso só porque lhe ajudam em um dado momento o fato de serem invasores deve ser esquecido?

Bravo a mãe palestina que não esquece e não perdoa a Nakba.

4 de setembro de 2014 às 11:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Vários peritos opinam que deste modo Washington continua as tentativas de provocar uma crise armada na Europa, o que é confirmado em certo grau pelo envolvimento de serviços de inteligência americanos em operações militares no Leste da república. Alguns analistas sustentam que com tais ações os EUA visam impulsionar o setor da indústria militar de sua economia.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/2014_05_07/Fogueira-ucraniana-de-vaidades-americanas-4743/

4 de setembro de 2014 às 13:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quem queira compreender o que se passa na Ucrânia, não pode deixar de assistir ao vídeo, 15 minutos, em que Sergei Glaziev,[1] conselheiro e amigo de Putin, explica como mudanças estruturais na economia global e uma deriva em direção à Ásia precipitaram uma desesperada tentativa, por políticos norte-americanos, para manter-se no controle do mundo, instigando uma guerra na Europa.

http://port.pravda.ru/russa/03-09-2014/37259-compreender_ucrania-0/

4 de setembro de 2014 às 13:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Washington trabalha a favor de seus Interesses, quando empurra a Europa para a Guerra

http://port.pravda.ru/russa/03-09-2014/37259-compreender_ucrania-0/

4 de setembro de 2014 às 14:08:00 WEST  

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