sábado, agosto 09, 2014

NOS EUA - GRUPO DOS ATEUS É O QUE TEM MAIS BAIXA TAXA DE RETENÇÃO, GRUPO DOS HINDUS A MAIS ALTA



Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado ou Center of Applied Research in the Apostolate (CARA) elaborou um estudo no qual demonstra que de todos os grupos afectos, positiva ou negativamente à religião, o dos ateus é o que tem mais baixa taxa de retenção, significando isto que é o grupo do qual mais gente sai. Mais rigorosamente, a taxa de retenção é acima descrita como «percentagem dos que foram educados em determinada fé que se mantêm seguidores dessa fé na idade adulta.» 
* * *


Os resultados parecem pois indicar uma certa fragilidade da posição ateia, em marcado contraste com a solidez dos crentes tradicionais, e precisamente dos mais literalmente tradicionais de todos, que são os hindus, dado que a sua religião é a mais antiga das que acima se listam.  O Hinduísmo é efectivamente a religião nacional indiana por excelência, numa ligação harmoniosa entre o credo e a etnia, uma vez que o Hinduísmo pode ser considerado como uma religião étnica. Seguidamente encontram-se, em matéria de fidelidade à religião, os Judeus e os muçulmanos. Ora estes últimos poderão sentir-se perseguidos e encostados à parede, ou então manifestamente hostis diante das sociedades ocidentais no seio das quais vivem (irem-se embora é que está quieto...). Esta sensação provocará mais facilmente uma adesão mais intensa ao credo dos seus parentes, como forma de reacção colectiva à hostilidade externa. O mesmo se aplica aos Judeus, mutatis mutandis, acrescentando-se todavia que a religião judaica é, ao contrário da muçulmana, uma religião de carácter étnico, ainda assim menos pura, nesse pormenor, do que a hindu, uma vez que na criação do Judaísmo Moisés cortou os laços que os Hebreus poderiam ter com os seus Deuses nacionais pré-islâmicos, excepto Jeová, obviamente. Nada disso sucedeu na Índia, onde, teoricamente, a religião é essencialmente a mesma desde os tempos do arcaico paganismo dos Árias que viveram na Índia e que lhe legaram, por exemplo, o idioma.
A religião étnica demonstra assim constituir um elemento particularmente firme de estabilidade identitária.


5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Um inquérito da Igreja Católica? ahahahahahahahahahahahahahahahah
qual é a credibilidade desta merda?

10 de agosto de 2014 às 04:16:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

Por incrível que possa parecer a quem não é ateu, os resultados deste estudo não são de todo surpreendentes para os ateus. Pelo menos, não para os ateus mais velhos como eu, que têm observado a comunidade ateia ao longo dos anos.

O artigo original até explica porquê, citando o Arcebispo Fulton Sheen: «O ateísmo é adquirido (...) ninguém nasce ateu, o ateísmo não é uma posição natural nos seres humanos».

Ao longo dos anos, tenho dito a muitos ateus como eu que a maior dificuldade ao crescimento do ateísmo é passá-lo à descendência… e não é por acaso. Por exemplo, há cada vez mais evidência científica de que o nosso cérebro está concebido para a crença religiosa. Há um “vazio”, uma ausência de sentido maior das coisas que prevalece em muitos ateus em resultado desse nosso “design” cerebral. Não se pode contrariar a biologia através da simples convicção. Nem sequer através da lógica, por mais bem fundamentada que seja. Isso é como querer convencer uma daquelas mulheres que se apaixonam por serial killers a deixar de amar o seu serial killer só porque ele matou uma data de pessoas. A ausência de crença religiosa não pode ser preenchida apenas com a evidência de que a religião é um embuste (partindo do princípio de que a religião é um embuste). Há forças emocionais por detrás da crença religiosa que devem ser atendidas.

Infelizmente, demasiados ateus são de esquerda e, nesse sentido, incapazes de alertar os seus filhos para os perigos da religião organizada, em particular para os perigos dos dogmas do deserto, i.e. dos credos abraâmicos. Os poucos que o fazem, fazem-no pelos motivos errados, e.g. “não podes ser cristão porque se vê logo que aquilo é tudo uma treta pegada, e os horrores das cruzadas, e a pedofilia dos padres, e a misoginia, etc”. Nenhuma destas razões resolve o dilema, que é dar um significado maior à existência humana.

Um ateu convicto não pode preencher o vazio deixado pela ausência da religião apenas com argumentos racionais. Muitos ateus não entendem isto. Parece um contra-senso mas para que o ateísmo perdure enquanto posição racional, é necessário atingir um determinado patamar de mistificação da ciência, do universo, do milagre da vida e da existência da humanidade no cosmos.

Alguns ateus já perceberam isso, como é o caso do “YouTuber” Philhellenes com o seu brilhante vídeo “Science Saved my Soul”. Mas infelizmente, ele é apenas uma gota num oceano de ateus arrogantes e presunçosos.

13 de agosto de 2014 às 17:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Deve ser dos melhores e mais profundos comentários que já li neste blogue, parabéns.

13 de agosto de 2014 às 18:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Um inquérito da Igreja Católica?»

Pois, a Igreja teria imenso interesse em mostrar que os hindus têm uma taxa de retenção muito mais elevada do que a dos católicos, pois claro...

Enfim, parvoíce.

13 de agosto de 2014 às 18:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Já agora recordo estes tópicos:

http://gladio.blogspot.pt/2012/02/aumenta-religiosidade-no-mundo-ateus-e.html

http://gladio.blogspot.pt/2009/09/prognostico-das-religioes-no-mundo.html

E este:
http://gladio.blogspot.pt/2010/05/um-ponto-de-vista-cientifico-e.html

Penso que também comentei aqui um vídeo sobre a teoria de o número de religiosos aumentar porque os religiosos têm mais filhos do que os descrentes e passam os seus valores à descendência, mas de momento não o encontro.

13 de agosto de 2014 às 19:34:00 WEST  

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