RELATÓRIO OFICIAL BRITÂNICO INDICA QUE CRIANÇAS MESTIÇAS SOFREM MAIS DE PROBLEMAS MENTAIS

Fonte: http://www.theguardian.com/society/2014/feb/23/mixed-race-children-mental-health

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No Reino Unido, um relatório do Departamento Nacional para as Crianças indica que as crianças de raça híbrida estão mais sujeitas a sofrer de doenças mentais e não estão a ter o apoio de que necessitam.

Apesar de constituírem, segundo diz a notícia, o grupo étnico com mais rápido crescimento no país (o censo de 2011 mostra que os mestiços constituem 2.2% da população em Inglaterra e Gales), diz a pesquisa que enfrentam expectativas «irrealistas» por parte dos professores e doutros adultos, que não percebem a sua antecedência, isto é, a base donde partem.

De notar que os jovens mestiços estão sobre-representados nos sistemas de protecção de crianças e de justiça para jovens. Ainda assim dizem os autores do estudo que estes rebentos miscigenados são «invisíveis» para os serviços públicos.

O relatório, intitulado «Mixed Experiences - growing up mixed race: mental health and wellbeing» («Experiências Mistas - crescendo como racialmente misto: saúde mental e bem-estar») baseou-se em vários estudos e entrevistas com vinte e uma pessoas a respeito das suas experiências enquanto crianças. A co-autora Dinah Morley salientou a falta de compreensão a respeito do que significa ser de raça híbrida, um grupo com «alta probabilidade de sofrer com o racismo.» E disse mais: «Fiquei surpreendida com o racismo, de negros e brancos, com que tiveram de se defrontar. Montes de crianças eram vistas como negras quando podiam estar a ser criadas por um branco solteiro e não terem qualquer entendimento da cultura negra. A posição por defeito de uma criança de raça mista é a de ser negra.»

O relatório explica que as crianças de raça híbrida estão mais em risco de sofrer doenças mentais devido à sua luta para desenvolver uma identidade. Morley afirma que a experiência mais forte e comum é a de «serem demasiado brancos para serem negros e demasiado negros para serem brancos.»

Em 2012, uma pesquisa do grupo de pensamento British Future («Futuro Britânico») indica que o preconceito para com os mestiços está a desaparecer. Morley aproveita o estudo para dizer que «ter modelos positivos é também visto como muito importante» para o desenvolvimento mental das crianças, referindo-se aqui à atleta mestiça Jessica Ennis.

E já agora, em países como o Brasil, por exemplo, um dos que tem mais exemplos de criminalidade, bem como mais exemplos de mestiços bem colocados em termos mediáticos, nomeadamente na música e no desporto, o problema identitário estará resolvido?... E noutro país igualmente ou ainda mais conhecido pela sua mestiçagem, Cabo Verde, o que se tem passado? Consta que a criminalidade violenta tem aumentado por lá, como aqui se lê: http://en.wikipedia.org/wiki/Crime_in_Cape_Verde . . .