NA SUÉCIA - IGREJA TOCA SINOS CONTRA O NACIONALISMO ÉTNICO

Agradecimentos ao vigia da padralhada por ter aqui trazido esta notícia:

http://sverigesradio.se/sida/artikel.aspx?programid=2054&artikel=5901497

http://www.thelocal.se/20140625/almedalen-church-bells-to-ring-for-diversity-nazis

* * *

Todos os anos os partidos políticos suecos reúnem-se na ilha de Gotland para uma semana de conferências e debates - é a famosa Semana Almedalen (Almedalsveckan). Este ano o evento contou com a presença do neo-nazi Partido dos Suecos (Svenskarnas Parti, SVP), que foi formado em 2008 e conta com cerca de mil militantes. Nas últimas eleições o SVP ganhou um assento no parlamento local de Grästorp e planeia apresentar candidatos em trinta municípios. Uma das suas posições de princípio é a de que apenas as pessoas «de herança genética e cultural ocidental» podem ter cidadania sueca, e que apenas os Suecos devem ocupar cargos de poder na Suécia, e que aquilo que é do interesse dos Suecos étnicos deve determinar todas as decisões políticas. O encontro deste partido foi agendado para dia 29 de Junho, o primeiro dia desta semana de Almedalen. Acto contínuo, alguns indivíduos manifestaram-se «em nome da compaixão» exactamente ao mesmo tempo que a reunião do partido tinha lugar. Programou-se para isso um piquenique multicultural em Östergravar, nos arredores da cidade de Visby, enquanto os sinos da catedral de Santa Maria tocavam...
O deão da catedral, Mats Hermansson, disse à imprensa que «a demonstração não é contra nada. É uma demonstração pela diversidade, pelo amor, e pela democracia, e pelo igual valor de todos.» Mas o mesmo sujeito, Mats Hermansson, disse também que os sinos da igreja iriam tocar durante toda a reunião neo-nazi por dois motivos: «o primeiro é porque a catedral está exultante e feliz por se poder erguer em nome da diversidade. O segundo é que os sinos tocam quando o perigo é iminente. Forças que ameaçam a sociedade e a humanidade estão a falar hoje na esfera pública.»
Algum assim já tinha acontecido há pouco tempo, na Primavera: os sinos da igreja tocaram em Jönköping no Primeiro de Maio pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial para avisar contra uma manifestação neo-nazi na cidade. 
Grupos de Esquerda, que já foram violentos anteriormente, deixaram claro que não iam aceitar a manifestação neo-nazi e convocaram os seus militantes para a acção. A polícia disse estar preparada para a ocasião.
Hermansson disse esperar que todas as noventa e duas igrejas medievais da ilha da Gotlândia juntassem os seus respectivos sinos ao protesto. E acrescentou: «um conselho unificado da igreja está por trás disto.»

É especialmente sintomático que a Igreja «nacional» da Suécia não tenha uma palavra para dizer contra os antirras violentos e ao mesmo tempo concentre toda a sua intervenção política contra os Nacionalistas. É especialmente sintomático porque, de facto, o cerne do anti-racismo é de matriz cristã, ou é-lhe totalmente afim. 
E mais uma vez, e outra, e mais outra, e outra ainda, e mais outra, se constata o que tenho dito - que o Cristianismo é visceralmente incompatível com o Nacionalismo.  O Cristianismo é aliás a própria raiz da mentalidade anti-nacionalista. E a substituição étnica dos Deuses europeus por um crucificado judeu antecedeu a actual tendência para a substituição étnica dos Povos europeus por gentes alógenas à Europa.