quarta-feira, maio 14, 2014

PNR ASSINALA - DENÚNCIA DE MANOBRA SUJA DE BRUXELAS

Philippe Legrain, ex-conselheiro económico independente de Durão Barroso na Comissão Europeia, conhece por dentro os meandros da gestão da crise do euro. Recentemente, afirmou que as “ajudas” recebidas por Portugal e pela Grécia foram feitas para, através dos juros cobrados, salvar os bancos alemães.
Estas afirmações vêm dar razão ao que o PNR tem dito desde sempre em matéria de Europa, e não só corroboram a nossa ideia de que esta União Europeia não serve os interesses da maioria dos povos que a compõem, como também valida a alternativa proposta por nós e pelas outras forças nacionalistas europeias de que esta falsa “União” deve ser substituída por uma aliança de pátrias europeias soberanas, que assim poderão relançar os seus tecidos produtivos, procurar livremente novos mercados, gerar emprego e libertar-se dos juros e das dívidas, que de resto jamais poderão ser pagas se Bruxelas continuar, com as suas políticas castradoras, a dificultar-nos a tarefa de gerar riqueza.
Mas não nos fiquemos por aqui na nossa reflexão sobre as palavras do reputado economista. Embora o que ele diga não seja novidade para muita gente, esta é a primeira vez que alguém “de dentro” denuncia o que realmente se passa. Por conseguinte, há ilações que já tínhamos tirado de toda esta situação, mas que vale a pena recordar:
A primeira é que o sistema que nos domina, e a União Europeia em particular, não hesita em lançar as populações na miséria como alternativa preferencial para salvar a banca alemã.
A segunda é que, para Bruxelas, um espaço com quase 10 milhões de habitantes como Portugal não vale nada, e pode ser sacrificado a tudo.
A terceira é que, tal como já aconteceu quando nos obrigou a sacrificar a nossa indústria (e comércio) para que a Alemanha pudesse exportar maquinaria para a China (oferecendo como contrapartida a abertura da Europa aos produtos chineses), a União Europeia defende sempre a Alemanha e não os países periféricos.
Dito isto, fica uma vez mais provado que esta “União” Europeia pouco mais é do que uma ditadura de Bruxelas, que arrasa os países mais fracos em benefício dos mais fortes, a troco de algumas migalhas e meia-dúzia de auto-estradas.
Perante este cenário, nas próximas Eleições Europeias, restam aos portugueses que não querem votar mais nos partidos que defendem esta verdadeira desunião europeia as seguintes hipóteses: ou a abstenção e deixar tudo como está; ou o voto em pequenos partidos mais ou menos monotemáticos, que só mostram actividade quando há eleições e, por isso, não oferecem grande credibilidade em termos de utilidade de voto; ou o voto nos partidos comunistas/marxistas, que representam modelos económicos que levaram à miséria onde foram aplicados e, também por isso, não oferecem credibilidade nem uma alternativa construtiva; ou votar no PNR e ajudar assim a começar a colocar deputados nacionalistas nos órgãos de decisão, pois o nosso nacionalismo é a única alternativa nova, coerente e de futuro – como aliás, muitos eleitores europeus já compreenderam nos seus países (França, Holanda, etc.).
Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/internacional/denunciada-mais-uma-manobra-suja-de-bruxelas/