terça-feira, março 11, 2014

VISTOS GOLD - NÃO SERVEM PARA CRIAR EMPREGO SERVEM PARA DAR BENESSES A IMIGRANTES COM DINHEIRO INCLUINDO A NACIONALIDADE




Os vistos gold atribuídos em Portugal facilitam a obtenção da nacionalidade portuguesa e permitem a livre circulação no espaço Schengen, afirmam académicos e sociólogos, que consideram todo o processo "uma mercantilização da cidadania".
"A questão que se coloca relativamente sobre os vistos gold é, fundamentalmente, ser um processo de venda da cidadania", disse hoje à agência Lusa Carlos Nolasco, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
Para o sociólogo, a concessão de vistos gold em Portugal visa "arrecadar dinheiro, no sentido de uma lógica de mercado, vender a cidadania para um espaço privilegiadíssimo, que é o espaço Schengen", procurando "cativar pessoas endinheiradas".
Nos finais de 2012, o Governo português iniciou um novo regime para a concessão e renovação de vistos gold, que permite aos cidadãos estrangeiros que pretendam investir no país obter uma autorização de residência.
A actividade de investimento deve decorrer por um período mínimo de cinco anos, prevendo-se opções como a transferência de capital num montante igual ou superior a um milhão de euros, a criação de pelo menos dez postos de trabalho ou a compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros.
"O que me repugna um bocado é que algo tão básico, tão fundamental, como é o acesso aos direitos de cidadania, que se presume que seja feito em termos de total igualdade a partida, acaba por ter uma diferenciação sobre o rendimento (...), um recuo civilizacional muito grande", afirmou o investigador Rui Pena Pires, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do ISCTE/IUL.
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Além disso, os estrangeiros com vistos gold poderão também ter acesso ao espaço Schegen, que segundo Carlos Nolasco, "é um condomínio fechado" criado pelos Estados europeus para "controlar o acesso dos imigrantes, sobretudo do norte de África, do Sudeste Asiático e da América Latina".
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A flexibilização dos critérios para os vistos gold na União Europeia (UE) já tem suscitado alguma preocupação na Comissão Europeia.
Em Malta - que além dos vistos gold tentou implementar a venda da sua cidadania por 650 mil euros -, a Comissão Europeia interveio para impedir a venda da cidadania.
"A comissária europeia de Justiça, Viviane Reding, criticou abertamente, a relativamente pouco tempo, este mesmo processo, dizendo que a cidadania é um elemento fundamental da União Europeia, que não tem preço e não deve ser vendida", referiu Carlos Nolasco.
Em 2013, foram concedidos em Portugal cerca de 470 vistos gold e foram investidos ao redor de 300 milhões de euros, sobretudo no ramo imobiliário e por chineses.
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Fonte: http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3719718&page=-1

É o que eu digo - mal por mal, valha-nos a União Europeia, porque a elite tuga e doutros países só não vende mais a nacionalidade porque não pode...