segunda-feira, março 10, 2014

MAIS UMA VITÓRIA DEMOCRÁTICA DO NACIONALISMO - VÁRIOS MINISTROS DE EXTREMA-DIREITA NO GOVERNO UCRANIANO



Fontes: 
http://www.channel4.com/news/svoboda-ministers-ukraine-new-government-far-right
http://expresso.sapo.pt/apresento-vos-os-defensores-dos-valores-europeus-na-ucrania=f860020

Partidos nacionalistas conseguem vários ministros no governo ucraniano. Não foram eleitos, é verdade, mas a sua posição no novo executivo deriva do facto de os seus partidos se mostrarem particularmente populares e atraírem cada vez mais votos.
Foi através da segunda fonte acima referida que tomei conhecimento da notícia, o que tem imensa piada. Leia-se-lhe o medo, sabe sempre bem, mesmo que desta vez não seja pelas melhores razões:

(...)
Svoboda é considerado pela Centro Simon Wiesenthal o quinto partido mais anti-semita do mundo. É abertamente xenófobo, defendendo a segregação de judeus e polacos. 
(...)
Que não haja confusões. O Svoboda não é um pequeno grupelho. Teve 10,5% dos votos nas últimas eleições, elegeu 38 deputados e conquistou mais de 30% em três províncias do extremo ocidental da Ucrânia. Na "heróica" Lviv, onde começou a revolta contra o governo e de onde é o seu líder, os neonazis tiveram mais de 50% dos votos. Animador, não é?
Depois dos protestos estes grupos quase sem paralelo na Europa Ocidental foram postos à margem? Pelo contrário. O Svoboda tem um dos vice-primeiro-ministros, Oleksandr Sych. O seu cavalo de batalha foi a ilegalização do aborto, mesmo em caso de violação. Quando esta sua posição foi contestada, defendeu que as mulheres "devem ter um tipo de vida que evite o risco de violação, incluindo não beberem álcool e não andarem com companhias pouco recomendáveis". Tem ainda o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, os ministros do Ambiente e da Agricultura e o Procurador Geral da Ucrânia. Isto para além do ministro da Defesa, o almirante Igor Tenjukh, que não sendo militante tem apoiado o partido nas suas iniciativas públicas. Já o Pravyi Sektor  tem o seu sinistro líder, Dmytro Yarosh, como vice-secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa. E o Una-Unso tem o ministro da Juventude e Desporto e a presidente da Comissão de Anticorrupção Nacional. Ou seja: três partidos à direita do PNR e da Aurora Dourada dirigem, num governo que ninguém elegeu, a Defesa, o combate à corrupção e a Procuradoria Geral. 
(...)

A ideia de proibir o aborto mesmo em caso de violação é francamente palerma, e a ideia de que o ónus da defesa contra a violação está nas mulheres, quase a sugerir que são elas as culpadas do estupro de que sejam vítimas, essa então nem tem classificação, mas enfim, o país é atrasado, relativamente ao Ocidente; de resto nem sei se esse é realmente o cavalo de batalha do Svoboda mas não o creio. Também cretinas são as suas opiniões sobre a homossexualidade e os Judeus, mas a coisa pode sempre evoluir. Aliás, é curioso que segundo alguns opinadores os Judeus fazem e acontecem, mandam e desmandam, mas não conseguiram impedir que um partido que consideram tão anti-semita tenha alcançado uma tal posição de poder...
De qualquer forma, e independentemente da maior ou menor grosseria mental dos intérpretes do Nacionalismo na Ucrânia, do que não há dúvidas é que, objectivamente, o voto da população é no sector ideológico que põe o sagrado Nós em primeiro lugar. É isso que realmente interessa na questão - e o resto lima-se com o tempo, a evolução, a maturidade. 




9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ódio aos judeus, anti-abortismo fanático, deslocar para as mulheres a culpa pela violação.... Ora isto são tudo coisas que os muçulmanos, aqueles que criaram na terra o paraíso do Al-andaluz, defendem. Como tal de certeza que os antiracistas e a esquerda no geral não irão usar isso para atacar estes nacionalistas ucranianos porque também não piam sobre os muçulmanos....

10 de março de 2014 às 20:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

This week the “Protect Academic Freedom Act” was introduced into the U.S. Congress. If passed, the legislation will block universities from receiving federal funds if they engage in the boycott of Israeli academic institutions or scholars.

Read more at: http://www.jewishpress.com/tag/protect-academic-freedom-act/

10 de março de 2014 às 21:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Mas felizmente os países adiantados é que agora percebem da palermice que é liberar aborto por qualquer coisa, e começam a restringir. Como em Espanha, França e Noruega.

11 de março de 2014 às 02:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não sou 100% intransigente com o aborto, admito aborto em casos de mistura racial ou violação, mas pouco mais.
Não se pode andar a fazer aborto por "dá cá aquela palha" ou "porque apetece".
Ou é realmente uma situação extrema e grave como essas duas que eu disse, ou então nada feito.

E mesmo assim tem que ser feito logo nas primeiras semanas ou dias, nada de fazer aborto com meses de gestação, como defendem os esquerdistas, e muito menos com os seus métodos criminosos.
Tem que ser aborto como deve ser, sem nada daqueles rituais, e ferros e merdas assim.
Aborto com comprimidos para o efeito, logo nos primeiros dias e acabou.
E só mediante uma justificação séria e provada. Não é "apetece-me".

E mesmo para casos de violação, não sei, porque apesar das mulheres não terem culpa de serem violadas, elas podem-se proteger mesmo assim. Existe pílula do dia seguinte, por exemplo.
Até podem ser distribuidas, vendidas ou dadas nas ruas, farmácias, etc

Nada justifica que uma mulher, mesmo violada e não tendo a culpa disso, tenha que carregar um feto dentro de si, deixar arrastar e esperar até aos x meses para depois "abortar".
Não se justifica. A violação não justifica tudo.

11 de março de 2014 às 06:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Mas felizmente os países adiantados é que agora percebem da palermice que é liberar aborto por qualquer coisa, e começam a restringir. Como em Espanha, França e Noruega."


Claro. Porque uma coisa é não ser intransigente a 100% com o aborto, como querem os católicos e essa ralé.
E outra coisa diferente é liberalizar o aborto por qualquer coisa e "porque sim", passando a valer tudo a partir daí.

11 de março de 2014 às 06:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"was introduced into the U.S. Congress. If passed, the legislation will block universities from receiving federal funds if they engage in the boycott of Israeli academic institutions or scholars."


Não tenhas duvidas que vai passar no congresso.
O governo do Obama é só o mais sionista de todos os tempos e com maior concentração de judeus de sempre.

11 de março de 2014 às 10:18:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Não se pode andar a fazer aborto por "dá cá aquela palha" ou "porque apetece".»

É superficialidade, para não lhe chamar outra coisa, pretender que para a mulher decidir fazer um aborto é coisa fácil e leviana.

13 de março de 2014 às 09:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"É superficialidade, para não lhe chamar outra coisa, pretender que para a mulher decidir fazer um aborto é coisa fácil e leviana."


Pois, mas a partir do momento em que o aborto é sempre permitido "porque sim", então está-se a fomentar essa facilidade e leviandade.
E, de facto, assim acontece em muitos casos. Se facilitas, permites e liberalizas tudo, estás a tornar "fácil" e "leviana" essa decisão.

Assim, superficial não sou eu.
Superficial é quem quer permitir que as pessoas possam abortar sempre, independentemente de...

13 de março de 2014 às 16:23:00 WET  
Blogger Caturo said...

O aborto já é livre noutros países e nem por isso deixa de ser um drama recorrer a tal prática. Por isso dizer que as pessoas abortam porque lhes apetece é de facto superficial.

13 de março de 2014 às 18:44:00 WET  

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