UCRÂNIA E RÚSSIA À BEIRA DA GUERRA NA CRIMEIA
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/tensoes-na-crimeia-deixam-russia-e-ucrania-a-beira-da-guerra
O governo de Kiev decretou este domingo a mobilização geral do exército ucraniano e de todos os reservistas para responder a uma possível invasão russa.
As tropas russas já ocupam parte da península da Crimeia - região de maioria russa no sul da Ucrânia. Nesta região, navios russos patrulham a costa e veículos blindados cercam as principais bases militares ucranianas. Teme-se que o conflito se alastre ao resto do país.
O ministério da Defesa ucraniano mobilizou este domingo os militares na reserva para assegurarem a integridade do território, ordenando aos comandantes a colocação em estado de alerta das suas unidades, perante a iminência de uma intervenção militar russa na Crimeia.
"O Ministério da Defesa precisa de chamar todas as forças armadas no momento de forma a assegurar a segurança e a integridade territorial da Ucrânia após a violação por parte da Rússia dos acordos bilaterais". O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em Kiev, pelo secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Andréi Parubi, citado pelas agências internacionais.
Um dia depois da câmara alta do parlamento russo aprovar, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia", o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Iatseniuk, disse hoje que o país está "à beira do desaste", depois da "declaração de guerra da Rússia".
O primeiro-ministro interino da Ucrânia reagiu ao anúncio do parlamento russo, explicando que "este é um alerta vermelho. Se não é uma ameaça, é então uma declaração de guerra ao meu país". Arseniy Iatseniuk, referiu ainda que também apelou ao "presidente [russo Vladimir] Putin para retirar as suas forças armadas" da Ucrânia.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, anunciou sábado, na rede social 'Twitter', ter convocado os 28 embaixadores para "conversações de emergência" sobre "a grave situação na Ucrânia", no domingo, em Bruxelas.
No mesmo dia o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou para o fim das tensões na Ucrânia, quando o Conselho de Segurança da ONU se preparava para uma sessão de emergência após a Rússia ter aprovado a deslocação de tropas para a região.
Ainda ontem, numa conversa telefónica de 90 minutos, o presidente norte-americano pediu ao homólogo russo para fazer recuar as forças russas para as bases na Crimeia e advertiu Vladimir Putin contra um isolamento internacional crescente se mantiver a intervenção na Ucrânia.
A administração norte-americana afirmou, em comunicado oficial, que decidiu suspender a sua participação nas reuniões preparatórias da cimeira do G8 (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão e Rússia). O Canadá, por sua vez, decidiu mesmo suspender a sua participação na cimeira.
Por seu turno, Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, exortou a Rússia a renunciar ao envio de tropas em direção à Ucrânia e respeitar as leis e compromissos internacionais.
Depois de um apelo do Governo de Kiev, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se hoje para uma segunda ronda de discussões em 24 horas devido à escalada de tensão na Ucrânia.
Também os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da União Europeia reúnem-se amanhã de urgência.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá e de Portugal, John Bird e Rui Machete, mostraram-se bastante preocupados com os últimos acontecimentos na Ucrânia e defenderam a manutenção da integridade do território ucraniano. Tanto Machete como John Bird "condenaram o “comportamento inaceitável" da Rússia.
Após um encontro de trabalho com o seu homólogo canadiano, Rui Machete afirmou que "temos tido muitas preocupações com os últimos acontecimentos, pretendemos que as negociações sejam restabelecidas, que o diálogo seja renovado e que a integridade do território ucraniano seja mantida”.
John Bird regressou há pouco da Ucrânia, após comandar uma comitiva canadiana que se deslocou na sexta-feira aquele país. O ministro dos Negócios Estrangeiros canadiano mostrou-se indignado com a Rússia: "Este tipo de comportamento é inaceitável, voltei esta manhã (sábado) da Ucrânia e vi uma nova liderança forte, equilibrada, fiel, pretendemos paz, prosperidade, liberdade e segurança para o país. Consideramos essas ações (da Rússia) muito provocadoras, profundamente perturbadoras e vamos falar com os outros aliados para tomarmos uma posição", concluiu o ministro canadiano.
O Canadá retirou o seu embaixador da Rússia em protesto pela intervenção militar russa na Ucrânia, solicitando a Moscovo que "retire imediatamente" as suas tropas daquele país, anunciou o primeiro-ministro canadiano.
A cadeia noticiosa Sky News explica, numa infografia, as razões pelas quais será muito difícil a Kiev voltar a controlar a região da Crimeia, na qual os russos podem ter cerca de 161 aviões militares, 388 navios de guerra e 13 000 tropas. Nessa infografia, a Sky News compara o poder militar e económico (em mil milhões de dólares) dos dois países.
Aqui os Russos parecem ter razão... a Crimeia tinha sido oferecida à Ucrânia como presente pela unidade entre Rússia e Ucrânia. Com o fim desta unidade, a posse ucraniana da Crimeia perde o sentido.
Aqui os Russos parecem ter razão... a Crimeia tinha sido oferecida à Ucrânia como presente pela unidade entre Rússia e Ucrânia. Com o fim desta unidade, a posse ucraniana da Crimeia perde o sentido.
2 Comments:
"Aqui os Russos parecem ter razão... a Crimeia tinha sido oferecida à Ucrânia como presente pela unidade entre Rússia e Ucrânia. Com o fim desta unidade, a posse ucraniana da Crimeia perde o sentido."
resta saber a população que la vive e mesmo que sejam Russos (que tipo de Russo, ha tanta raça na Russia, Russos da area Moscovita?), se foram la postos forçadamente para substituir ucranianos nativos.
Estando perto da Ucrania é natural que a populaçao de la seja mais geneticamente ligada aos Ucranianos que a Russia de Moscovo, S Petersburgo ou outras.
Creio que com a pobreza e frio, os Russos sempre tiveram pouca natalidade, não os imagino a ter criado tanto Russo para ocupar territorios tao grandes, Crimeias, Ossétias (se nao me engano, disseram que na Ossetia a maioria tambem era Russa).
Bem, o norte de Portugal sempre foi pobre e frio, tal como a Irlanda, e aí houve historicamente grande natalidade. E no continente mais pobre do mundo a taxa de natalidade é calamitosamente astronómica.
Quanto à Crimeia, não sei o que terá mais, em termos genéticos, mas em termos étnicos é maioritariamente russa, sem margem para dúvidas.
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