terça-feira, janeiro 14, 2014

SOBRE A ANGOLANIZAÇÃO DA TUGARIA POLÍTICO-ECONÓMICA - QUASE TODOS OS PARTIDOS TUGAS ESTÃO LIGADOS A ANGOLA

Agradecimentos ao camarada RC por ter dado a conhecer este artigozito, ao qual se pode aplicar o velho dichote «zangam-se as comadres, sabem-se as verdades»:  http://www.esquerda.net/artigo/%E2%80%9Cquase-todos-os-partidos%E2%80%9D-portugueses-est%C3%A3o-ligados-ao-regime-angolano/30949#.UtQl4hIrUEw.facebook (artigo originalmente redigido sob o novo aborto ortográfico mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
“Não há nenhuma potência colonial que se tenha transformado numa espécie de offshore - paraíso fiscal - da família real do país que foi a sua antiga colónia, e Portugal, hoje, é um offshore de Angola”, afirmou à agência Lusa o coautor do livro “Os donos angolanos de Portugal” em conjunto com o sociólogo João Teixeira Lopes e o autor do documentário “Os donos de Portugal”, Jorge Costa.
Quando os três autores escreviam a obra “Burgueses”, sobre a burguesia portuguesa, consideraram que a ligação com Angola era “suficientemente relevante” para valer um livro separado, já que Luanda adquiriu “um enorme poder sobre a economia” nacional.
Para além de "único" e "actual", o assunto “é muito ameaçador”, considera Louçã, referindo-se à “ânsia dos sectores do capital português” para terem parcerias com Angola “ou até para a venda pura e simples” dos activos estratégicos.
O investimento estrangeiro sempre foi “vantajoso” para Portugal, mas a economia portuguesa tem, em relação a Angola, “uma dependência estratégica”, distingue.
As relações económicas entre Angola e Portugal tiveram, nos últimos anos, um “grande desenvolvimento”, com a banca como peça central, assinala o economista. “A dominação de sectores que são bens estratégicos – que, aliás, deviam ser bens públicos – é o que permite que as escolhas sobre questões essenciais para o futuro da economia portuguesa passem a ser tomadas por lógicas de rentabilização e de acumulação que são totalmente incontroladas pela democracia portuguesa”, critica.
“O que é vantajoso para Portugal e para Angola é que haja relações económicas, políticas e diplomáticas normais”, contrapõe, frisando que “o grande problema” é que “a imensa fortuna que Angola produz é, em grande parte, acumulada por uma família e essa família confunde-se com o Estado”, o que faz de Portugal “um local de lavagem de dinheiro de uma operação de extracção da riqueza angolana”.
Os dados referidos no livro são públicos, com origem em Portugal ou no estrangeiro, e as "várias" redes reveladas “são, muitas delas, muito recentes". A obra menciona vários nomes de ex-governantes portugueses – António Monteiro, Proença de Carvalho, Miguel Relvas, Fernando Nogueira, Armando Vara, Almeida Santos, António Vitorino, Anacoreta Correia, etc. –, listando a filiação partidária de cada um, com claro predomínio do PSD e PS, mas também do CDS-PP.
“Quase todos os partidos” estão ligados ao regime angolano, o que explica o “silêncio político em Portugal” sobre as relações bilaterais, entende Louçã.
Antecipando que o livro será "polémico” e “muitos ataques das pessoas que são listadas no livro e das empresas que são favorecidas" nas "redes de negócios”, o professor universitário crê que “o conhecimento ajuda à normalização das relações”.
Lembrando que “há muitos portugueses em Angola”, que “merecem trabalhar com toda a tranquilidade”, bem como “muitos angolanos em Portugal, que merecem ser vistos com toda a normalidade”, o autor critica “que em Portugal se aceite uma dependência estratégica”, de Angola, ou outra qualquer. Aliás, adiantou, outras obras serão dedicadas às relações de Portugal com a China e com o Brasil (que já é referido neste livro, a propósito do “triângulo dourado” Lisboa-Luanda-Brasília).
“Estamos absolutamente certos que os factos que tratamos são rigorosíssimos, fundamentados e importantes. O que achamos provinciano é que em Portugal haja medo de tratar as relações entre a política e os negócios, que são uma forma de diminuição da democracia, quando existe um abuso de poder”, sustenta.

E é assim, o real fruto da ligação de Portugal às suas ex-colónias: corrupção abissal da sua própria vida política e económica. A Democracia a sério é outra coisa, invenção de Europeus.
Bem podem muitos nacionalistas europeus falar contra a União Europeia... mal por mal, mais vale que se mantenha, porque sem essa coisa então é que a elite tropicalófila que controla Portugal o transforma numa Tugaria africanizada.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os do Esquerda.net "esqueceram-se" de mencionar o partido tuga que dentre todos é o que está há mais tempo ligado a Angola - o PCP.

14 de janeiro de 2014 às 21:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Hollande expulsou mais ciganos que Sarkozy:

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3631062&seccao=Europa

14 de janeiro de 2014 às 21:30:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Militar que acusou Manuel Alegre de Traição à Pátria vai ser julgado em tribunal:

http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=96884

14 de janeiro de 2014 às 22:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Os do Esquerda.net "esqueceram-se" de mencionar o partido tuga que dentre todos é o que está há mais tempo ligado a Angola - o PCP."

Óbvio. Mas essa parte não convém.

16 de janeiro de 2014 às 20:29:00 WET  

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