segunda-feira, janeiro 13, 2014

DISTÂNCIAS ENTRE OS DIFERENTES GRUPOS DA FAMÍLIA EUROPEIA E INDO-EUROPEIA


Fonte: http://elms.wordpress.com/2008/03/04/lexical-distance-among-languages-of-europe/

Este quadro mostra a distância lexical entre as línguas, mas também a relação de parentesco entre as mesmas. Cada grupo linguístico está representado com uma cor. O latino ou românico, ou romance, por exemplo, ao qual o Português presente, está a laranja.
O tamanho dos círculos de cada língua significa a sua dimensão em termos de número de falantes. O Português, com bem mais de trinta milhões de lusófonos, tem portanto o círculo de dimensão maior.
Os diferentes traços expressam a proximidade inter-linguística em termos lexicais, isto é, em matéria de vocabulário. A distância entre o Português e o «Spa», isto é, o «Espanhol», aliás, o Castelhano, é portanto muito curta, com menos de vinte e cinco (pontos? por cento?) de distância entre si. A distância lexical entre o Português e o Irlandês, ou celta Goidélico (Gaélico) da Irlanda (Ir, numa pequenita bola verde) é, como seria de esperar, muito maior. De notar a colocação do Galego (Glc) junto ao Português, como seria de esperar.

Todos os grupos linguísticos representados por diferentes cores pertencem à família indo-europeia excepto o da cor amarela, que é o fino-úgrico.

Uma vez que o link acima é escrito por gente de língua inglesa - o esquema é de um linguista russo - o texto centra-se, previsivelmente, na especificidade da língua inglesa. Esta é do grupo germânico, encontrando-se por isso representada a azul. A invasão de Inglaterra em 1066 por Guilherme da Normandia fez com que o léxico francês influenciasse poderosamente o inglês a ponto de setenta e cinco por cento do vocabulário do Inglês actual ser de origem francesa e latina. Assim, em termos lexicais há muita proximidade entre o Inglês e o Francês, latino. Todavia, o Inglês é ainda germânico, por duas razões: primeiro, oitenta por cento das palavras mais usadas pelo Inglês actual é de origem germânica; os famosos monossílabos anglo-saxónicos não morreram; segundo, porque a síntaxe do Inglês, já muito simplificada em comparação com a das suas origens no Inglês Antigo, permanece reconhecivelmente germânica. A conquista normanda acrescentou vocabulário francês ao idioma inglês, e pode ter afastado alguma gramática germânica, mas não acrescentou gramática francesa.

No campo céltico, é notória a distância entre os sub-grupos, a saber, o Goidélico (Irlandês e Escocês) e o Britónico (Galês e Bretão), e mesmo a distância entre os ditos idiomas dentro de cada sub-grupo também não é pequena, o que poderá explicar-se por um relativo isolamento das populações arcaicas. 

De resto, que diversos vizinhos, tais como o Galês e o Inglês, o Sueco e o Finlandês, o Letão e o Estónio, tenham na verdade maior distância lexical entre si do que cada uma destas línguas e os seus parentes do mesmo grupo, evidencia sem margem para dúvidas a superioridade do valor do parentesco essencial, etno-linguístico, sobre o da vizinhança geográfica, com o tudo o que esta tem de carga histórica.



1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=Eo_FYVwIeaY

14 de janeiro de 2014 às 01:21:00 WET  

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