terça-feira, novembro 26, 2013

SOBRE OS TERRORISTAS ISLAMISTAS QUE «RETORNAM» AO OCIDENTE

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta previsível notícia: http://portuguese.ruvr.ru/2013_11_25/Poder-a-guerra-na-S-ria-passar-para-o-Ocidente-5593/
Os dirigentes de várias agências de inteligência ocidentais têm expressado preocupação de que cidadãos da Europa e dos Estados Unidos retornando da guerra na Síria irão criar uma ameaça à segurança em casa. Em vídeos no YouTube, há militantes a realmente prometer que após a Síria o seu próximo alvo serão os países que outrora abrigaram os seus pais.
Assim, em 20 de Novembro, um cidadão dos EUA jurou frente à câmara de vídeo: “Vamos matar todos no nosso caminho”. No entanto, apenas alguns minutos depois, os seus planos pessoais foram perturbados por um projéctil disparado por um canhão do exército sírio regular. Mas além dele na Síria ainda permanecem “europeus” e “norte-americanos” com tais ideias. Será que as ruas das cidades europeias e norte-americanas se tornarão semelhantes às ruas de Bagdá e Aleppo de hoje?
Não. Na verdade, o terror é há muito um companheiro constante da civilização. Na Europa e nos Estados Unidos apareceu muito antes do surgimento de células jihadistas. São apenas um episódio de uma longa história cheia de todo tipo de “abaladores de fundações” que ameaçavam mudar o mundo à força. E no lugar de extintos apareciam novos para depois também desaparecer sem deixar vestígios. Houve tanto perigosos inimigos secretos como jovens exaltados que se abriam imprudentemente e revelavam as suas intenções. Quantos deles haverá hoje na Síria para uma “grande guerra” contra o Ocidente?
Dos 5-10 mil militantes “estrangeiros” na Síria, têm o caminho aberto para o Ocidente cerca de mil “jihadistas” com passaportes de países europeus (segundo um relatório secreto da inteligência alemã (Der Spiegel, 21 de Outubro). Mas esses mil são compostos de dezenas, no máximo de centenas, de cidadãos de diferentes países. Alguns serão mortos na Síria, outros não quererão voltar. E aqueles que se atreverão a voltar, irão dispersar-se pelas suas casas, e centenas novamente desintegrar-se-ão em unidades. A grande maioria dos que comprarem bilhetes de regresso, segundo especialistas, terá perdido para sempre o desejo por aventuras perigosas depois das lições cruéis de uma guerra real. Eles sabem que nos seus países as agências de segurança são eficazes, e o número de confederados confiáveis é imensamente pequeno.
Obviamente, a ameaça permanecerá mesmo que apenas algumas dessas pessoas continuem a ser perigosas. Com os seus passaportes, podem realmente mover-se livremente na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o ex-analista da CIA, Michael Scheuer, “regressam a casa com uma lista de contactos de camaradas mujahidin que podem tanto aconselhar como prestar ajuda financeira”.
Hoje em dia, para um “cidadão europeu de sangue não-europeu” o caminho para os cuidados de serviços secretos começa no momento em que ele se manifesta, por exemplo, ao comprar um bilhete para Istambul. Se voltar, será vigiado até ao fim da vida. Por todo o mundo.
Desde o início da guerra global contra o terrorismo o sistema de luta contra os seus potenciais portadores também se tornou global. E está constantemente a ser melhorado. Desde o início do século, os militantes conseguiram apenas uma vez demonstrar as suas capacidades quando, em 2004, realizaram atentados em Madrid exactamente 911 dias após o chamado “9/11” – os atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York. Já em 2005, nos atentados de Londres, foi implementada apenas uma parte dos planos maliciosos. Hoje em dia, serviços de segurança, com raras excepções, neutralizam esses ataques em conjunto com bastante sucesso. Nem vale a pena falar do Ocidente quando parte dos talibãs, por sua própria admissão, se mudaram para guerrear na Síria porque as agências de inteligência paquistanesas não lhes permitiam fazer isso em casa.
As ameaças de “jihad” no Ocidente, como sempre, são evidência de mais uma derrota dos seus apoiantes no Oriente. Assim, em 20 de Novembro a agência Reuters transmitiu da Síria a confissão de uma fonte anónima na Frente al-Nusra: “O regime (de Bashar al-Assad) tem mais chances de ganhar.” Não é surpreendente: a implementação na prática de ideias estranhas e cruéis de ordem mundial aqui também levou inevitavelmente a que elas fossem rejeitadas.
Finalmente, não devemos esquecer que estão agora voltando para casa também os agentes especiais de quase todos os países europeus, com experiência em combate de luta contra o terror nas suas fortalezas. Policiais assim já não podem ser apanhados de surpresa.
E as expressões de preocupação dos serviços secretos nos nossos tempos agitados são uma advertência útil de que devemos permanecer atentos. O tempo de terroristas, infelizmente, ainda não passou. Mas a era do caos, felizmente, ainda não chegou.

O tom é demasiado optimista, mesmo que não desprovido de lógica. De um modo ou doutro, todo o cuidado é pouco. O que está em risco tem de ser protegido a todo o custo. E está em risco precisamente por causa da imigração em massa e da política de portas escancaradas que a elite impõe em toda a Europa. Há riscos que são imorais em si mesmos - do mesmo modo que não se aposta a familia num jogo de cartas, mesmo que se esteja a jogar contra o pior jogador do mundo, também não se arrisca o bem-estar das populações nacionais só para que alguns possam ganhar uns cobres com a mão-de-obra barata.