DO PNR AOS NACIONALISTAS
(...)
Há factos indesmentíveis, como seja o crescimento do número de pessoas a trabalhar na luta do PNR com vontade e consistência e também o aumento do número de pessoas dispostas a dar a cara como candidatos. Estamos, pela primeira vez, a participar em sete municípios.
O trabalho que se tem vindo a desenvolver consiste na consolidação dos alicerces para um crescimento futuro acentuado. Esta sementeira, ainda sem frutos totalmente visíveis ou perceptíveis, não tem uma lógica imediatista, mas antes, assenta na consciência de que estamos no caminho certo do crescimento, do amadurecimento e da construção de uma equipa coesa.
E os resultados imediatos e mais evidentes intuem-se pela ideia que os outros têm de nós e pelo número crescente de pessoas que têm chegado, que se têm aproximado ou que começam a prestar atenção interessadamente. Algo está, efectivamente, a desenvolver-se em matéria de imagem e de credibilidade.
O nosso discurso é singular em Portugal, e colide com as políticas enfadonhas e aldrabonas dos donos da situação. As nossas propostas são boas e, muitas vezes, escandalosamente copiadas e divulgadas por quem tem poderosos meios para o fazer.
Aqui esbarramos com a dura realidade das coisas: se por um lado é verdade que temos soluções e uma cosmovisão que se adequa na perfeição a qualquer localidade e à totalidade da Nação, por outro lado é igualmente verdade que o desconhecimento da esmagadora maioria dos Portugueses acerca da simples existência do PNR é verdadeiramente frustrante. Quem anda na rua em campanha e fala com as pessoas, depara-se de imediato com esta duríssima realidade: quase ninguém conhece o PNR e ao perceberem que se trata de um partido, levamos por tabela com os epítetos de “vocês são todos iguais, só querem é poleiro”.
A falta de visibilidade é, sem dúvida, um factor determinante que torna a luta terrivelmente desigual. Decididamente, sem meios de divulgação, não se pode competir com poderosíssimas máquinas de propaganda de outros partidos. É tal a desproporção de meios e de visibilidade, que não se pode esperar que estejam em pé de igualdade opções e alternativas que, na verdade, não estão.
O trabalho do PNR não se resume a uma campanha eleitoral, bem pelo contrário: somos o partido extra-parlamentar que mais activismo tem em permanência. Divulgamos toda a nossa actividade regular e tomadas de posição à comunicação social, que faz disso tábua rasa com um evidente medo de que a nossa mensagem passe. Mas alguém duvida que, caso tivéssemos acesso aos grandes meios de divulgação, o nosso crescimento seria exponencial? Nós sabemos disso e eles também…
Nestas condições, impõe-se uma leitura lúcida das circunstâncias para uma gestão realista das tais expectativas. E nesse sentido, se por um lado sei que iremos crescer nas urnas, como consequência de um trabalho de fundo, continuado, que se tem feito ao longo dos tempos, por outro, não tendo havido alteração alguma nas condições envolventes, em termos de falta de visibilidade, falta de acesso aos meios de comunicação social, falta de meios financeiros e desproporção abissal de meios de propaganda com os partidos que enchem as ruas de propaganda e preenchem os noticiários de mensagem, não podemos sonhar com um crescimento vertiginoso que ultrapasse largamente todas as expectativas, pois isso não tem qualquer sustentabilidade objectiva.
Mantemos assim a certeza de que o trabalho consistente dará frutos a prazo e que haverá motivos para alegria quanto ao nosso crescimento já neste acto eleitoral. Contudo, devemos encará-lo como uma etapa enquadrada na perspectiva de consolidação e construção de alicerces indispensáveis e nunca como uma meta final.
Sei que estamos no bom caminho, sei que estamos a crescer, mas sei também que nos espera sempre muito trabalho, sem parar, sem abrandar. A Chama segue e cresce!
José Pinto-Coelho | 27 de Setembro de 2013
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