BELEZA DA PELE CLARA VOLTA A DESTACAR-SE

Parece observar-se no mundo do espectáculo e da moda um retorno da brancura de pele no semblante das mulheres cuja beleza é mais mediaticamente destacada. A moda da pele bronzeada parece estar a perder terreno à medida que figuras particularmente claras de pele como Nicola Roberts (na foto acima), Kelly Osbourne, Dita Von Teese, Erin O’Connor, Lily Cole e Keira Knightley, e Simone Simons, Evan Rachel Wood, se notabilizam pela excelência da sua aparência física. A «nova» tendência parece ter sido iniciada com algumas das mais populares actrizes de Hollywood, nomeadamente Nicole Kidman, Cate Blanchett, Julianne Moore e Gwyneth Paltrow. Há entretanto quem diga que começou (ou recomeçou) no mundo da moda, distinguindo-se aqui as campanhas da Prada com a modelo Karen Elson.
Ao que parece, volta a entender-se que palidez é classe. Além de ser, também, uma característica sensual - de acordo com estudo recente da Universidade de Toronto, os homens são mais atraídos pelas mulheres de pele mais clara de todas as raças, dado que parecem inocentes e puras. 

O alerta para o perigo das doenças de pele, sob um Sol alegadamente cada vez menos tapado pela camada de ozono, leva também a que várias beldades do mundo do espectáculo tomem cada vez mais precauções para proteger a alva cútis dos perigosos efeitos da radiação solar. Seria caso para dizer que Deus escreve certo por linhas tortas... isto para além do facto sobejamente conhecido de que manter-se abrigado do Sol permite que a pele envelheça menos rapidamente.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/home/you/article-1022207/Who-fairest-all.html

Ora eu nunca confiei na moda como critério fosse para o que fosse, dado que a sua irritante volubilidade leva a que os seus mais ovinos seguidores «mudem» constantemente de gosto, consoante os caprichos artísticos dos iluminados que ditam como é que se há-de a malta vestir, calçar, falar, pensar, comer, etc., pelo que confiar seja em que moda for como alicerce de combate ideológico é apostar tudo no que de mais ridiculamente traiçoeiro pode haver. De qualquer modo há que aproveitar as mais úteis modas, que em tempo de guerra não se limpam espingardas. Até porque pode não se tratar aqui de uma simples moda igual às outras mas sim de um regresso de algo mais profundo e mais natural, como acima se depreende do referido estudo da Universidade de Toronto - acresce que, tradicionalmente, desde há milhares de anos, a pele clara é um incontornável distintivo de beleza, nomeadamente na Grécia antiga, para citar o exemplo mais centralmente relevante na identidade e consciência do Ocidente. A própria palavra inglesa para dizer «a mais branca/loira», «fairest», é também sinónimo de «a mais bela». E já Camões fazia notar que o povo (no século XVI) considerava as loiras como as mais «formosas».