GOVERNO TURCO VAI CONSTRUIR PISCINAS SEGREGADAS POR GÉNERO SEXUAL
Agradecimentos ao camarada RC por me ter dado a conhecer esta notícia: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=423960
É para evitar eventuais «maus hábitos» que o primeiro-ministro Recep Erdogan anunciou que o Governo vai construir piscinas olímpicas separadas para os dois sexos, na região de Rize.
«Evitarão que os jovens de Rize adquiram maus hábitos», disse o governante sobre o facto de as piscinas serem separadas para cada género.
Erdogan explicou que a medida faz parte do esforço para apoiar, com infraestruturas, a equipa de futebol de Rize, que ascendeu ao principal escalão do país: «Não será apenas futebol. Esperemos que haja também basquetebol e natação também. Vamos construir também piscinas olímpicas para homens e mulheres.»
É para evitar eventuais «maus hábitos» é... nomeadamente os hábitos ocidentais, porque o que Erdogan aqui está a fazer é nada mais do que o prosseguimento da sua re-islamização da Ásia Menor. É isto que a elite dominante no Ocidente quer enfiar pela Europa adentro através do ingresso do Estado Turco na União Europeia.
5 Comments:
O Erdogan quer transformar a Turquia num Irão. Aos poucos, com uma e outra reforma, vai destruindo o secularismo e afastando a Turquia do Ocidente. Já se tem notado que os adeptos do islamismo têm sido beneficiados socialmente em detrimento dos laicistas (educação e empregos). Os protestos da Praça Taksim talvez tenham sido a última chama anti-islamista. É lamentável, mas o ponto de apoio anti-terrorista - numa zona estratégica fulcral - que os países ocidentais tinham até aqui na Turquia está a fugir cada dia mais.
Desconheço a tendência futura, mas os indícios mais recentes não parecem augurar nada de bom para esse país, porque a influência islamista do AKP tem sido notória e abrange todos os sectores da vida social e política turca.
E já se sabe como o Islão funciona quando não separa as esferas "direito", "política" e "sociedade".
O Erdogan quer transformar a Turquia num Irão. Aos poucos, com uma e outra reforma, vai destruindo o secularismo e afastando a Turquia do Ocidente. Já se tem notado que os adeptos do islamismo têm sido beneficiados socialmente em detrimento dos laicistas (educação e empregos). Os protestos da Praça Taksim talvez tenham sido a última chama anti-islamista. É lamentável, mas o ponto de apoio anti-terrorista - numa zona estratégica fulcral - que os países ocidentais tinham até aqui na Turquia está a fugir cada dia mais.
Desconheço a tendência futura, mas os indícios mais recentes não parecem augurar nada de bom para esse país, porque a influência islamista do AKP tem sido notória e abrange todos os sectores da vida social e política turca.
E já se sabe como o Islão funciona quando não separa as esferas "direito", "política" e "sociedade".
afastar a Turquia do oeste?e desde quando a Turquia foi oeste?antes dos otomanos?..mohamed ter nascido só acelerou processos históricos que destruíram ambos os hemisférios..a sharyah serve pra lidar com o pos-rotas, mas a expansão islâmica acelerou o pos-rotas no leste e oeste..
outra: Erdogan é capacho dos judeus..o irão não e já atacam a síria por que esta é aliada do irão
Capacho dos Judeus o caralho, não digas asneiras. O Erdogan é dos maiores inimigos externos de Israel.
«afastar a Turquia do oeste?e desde quando a Turquia foi oeste?antes dos otomanos?..mohamed ter nascido só acelerou processos históricos que destruíram ambos os hemisférios..a sharyah serve pra lidar com o pos-rotas, mas a expansão islâmica acelerou o pos-rotas no leste e oeste..»
Desde 1923, ano da abolição do sultanato e fim do Império Otomano, que a Turquia, por intermédio de Kemal Atatürk, se tem aproximado diplomáticamente dos países ocidentais, quer através de reformas abrangendo as instituições políticas e religiosas (separação efectiva da religião e do estado), quer através da adopção de uma Constituição baseada nos moldes europeus e de uma sistema de ensino decalcado do ocidental; por conseguinte, foi retirado o poder à religião, com o encerramento das madrassas, foram emancipadas as mulheres e legalizado o divórcio, além do levantamento da lei anti-álcool, para só citar as mais relevantes.
A Turquia é um membro da NATO e aliada do ocidente, com bases militares americanas (Incirlik e outras).
A religião muçulmana não tem tido - até agora - qualquer poder de influência na sociedade turca, porque o secularismo (na versão local, o "kemalismo", pró-ocidente, assim o tem impedido. Mas a partir de fins da década de 90, tem começado a ressurgir uma onda de tendência islamista, que inclusivé, ganhou expressão eleitoral e chegou ao poder, com Recep Erdogan, cujo pendor islamizante ameaça o laicismo que tem sido a norma.
Por conseguinte, torna-se mais correcto afirmar que a Turquia esteve afastada do Ocidente durante os 600 anos de duração do Império Otomano, quando constituía perigo real para a Europa. Após a queda do império, com a modernização económica e sócio-política da Turquia, deu-se precisamente o inverso. Na verdade, a Turquia tem sido,pelo menos, tão secular como os países ocidentais.
Actualmente, com a perspectiva de um regresso ao estado islâmico, os tempos são de incerteza, até porque o governo turco advoga uma reaproximação com os países islâmicos do Médio Oriente.
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