segunda-feira, junho 24, 2013

ESTUDO BRITÂNICO REVELA FORTE PARENTESCO GENÉTICO ENTRE BRITÂNICOS E ALEMÃES

No Reino Unido, especialistas em Genética e Arqueologia da University College de Londres revelam que «metade dos Britânicos tem sangue alemão», conforme a expressão do título da notícia no jornal inglês Daily Mail.
Este parentesco remonta, segundo esta equipa de cientistas, aos séculos cinco e sexto, o que bate certo com o que se sabe da História, uma vez que foi precisamente nessa época que a Grã-Bretanha sofreu as invasões germânicas - Saxões, Anglos, Frísios - vindas do noroeste da actual Alemanha e da Holanda.
Efectivamente, conclusão provém de um estudo da dentição e dos ossos encontrados em cemitérios anglo-saxões e sua comparação com a actual composição genética de Britânicos e Alemães.

A notícia deixa desconcertados os «bifes» mais patrioteiramente anti-alemães, que recordam agora o cinematograficamente famoso chavão «You know Tommy, vee are ze same, you and I» («Tu sabes, bife, nós zomos iguais, tu e eu» - inglês falado com pronúncia alemã) em que o vilão alemão manifesta ao herói inglês a proximidade original entre ambos, um pouco como na saga cinematográfica «Guerra das Estrelas» o vilão Darth Vader (significativamente um nome germânico holandês) diz ao herói loiro Luke Skywalker que é seu pai, para grande desgosto do dito filho...

A verdade é que, apesar dos patrioteirismos estreitos, sucede que a família real britânica é de origem alemã - tendo mudado o nome para Windsor em 1917, chama-se originalmente Sachsen-Coburg und Gotha (que por acaso também é a família do marido da rainha portuguesa D. Maria II, e depois rei de Portugal, Fernando II, que era Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gotha-Koháry, amante da arte, romântico, rosacruciano, liberal, que mandou fazer o Palácio da Pena, em Sintra, entre outras coisas).
Sucede também que o Reino Unido importa mais da Alemanha do que de qualquer outro país do mundo, excepto os EUA, não sendo impossível que haja aqui alguma explicação derivada da comum raiz de ambos os Povos.

De notar, entretanto, que, de todos os idiomas do mundo, o mais parecido com o Inglês (antigo) é o Frísio, falado actualmente na Frísia, hoje integrada na Holanda.

Em matéria genética tem havido desde há anos uma acesa polémica no Reino Unido entre, de um lado, os que sustentam a dissemelhança entre os Ingleses e os outros Britânicos e sua, dos Ingleses, proximidade relativamente aos Alemães, isto de um lado, e, do outro, os que dizem ser os Ingleses geneticamente pouco ou nada distintos dos seus vizinhos britânicos. Ora o texto da notícia não diz se os «Britons» referidos são «os Britânicos» em geral ou, mais provavelmente, digo eu, os Ingleses em particular, mas dá-me ideia que a «novidade» vem fortalecer a primeira posição da polémica acima referida, parecendo confirmar este(s) mapa genético dos diferentes haplogrupos R1B na Europa, conforme publicado neste blogue:



5 Comments:

Anonymous Sátiro said...

Pessoalmente, não aprecio nenhuma religião, nem sequer preciso de religião para viver. Porém, as religiões do livro mexem comigo: a Conquista Espanhola irrita-me profundamente e nutro um ódio especial pelos bispos que destruíram os códices maias e astecas. A verdade é que o cristianismo mostrou ser mais violento do que a prática dos sacrifícios humanos. Afinal, é mesmo um ódio filosófico!!

24 de junho de 2013 às 17:33:00 WEST  
Anonymous Sátiro said...

Amo a Grécia Antiga, como é óbvio. Contudo, nutro muita simpatia pela educação dos Maias e dos Astecas: a disciplina que não devemos confundir com autoritarismo fascina-me. Para provocar a ira do defunto Foucault, direi mesmo que admiro as sociedades disciplinares!

24 de junho de 2013 às 17:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pessoalmente, não aprecio nenhuma religião, nem sequer preciso de religião para viver. Porém, as religiões do livro mexem comigo: a Conquista Espanhola irrita-me profundamente e nutro um ódio especial pelos bispos que destruíram os códices maias e astecas. A verdade é que o cristianismo mostrou ser mais violento do que a prática dos sacrifícios humanos. Afinal, é mesmo um ódio filosófico!!

sim, os cristãos podiam ser lixo, mas dizer que os sacrifícios que astecas impunham aos povos vizinhos era cool..basta ver que os próprios vizinhos se aliaram aos espanhóis e viram nestes uma ajuda enviada dos céus contra os opressores aztecas

24 de junho de 2013 às 20:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Investigadores ingleses sugeriram há anos que os anglo-saxões quando chegaram à Grã-Bretanha instauraram um sistema segregacionista tipo apartheid que levou à rápida germanização do território:


http://www.cosmosmagazine.com/news/ancient-apartheid-secret-anglo-saxon-domination/

“We believe that they also prevented the native British genes getting into the Anglo-Saxon population by restricting intermarriage in a system of apartheid that left the country culturally and genetically Germanised,”



E uma vez li numa discussão num blogue que até ao século XIX havia em Inglaterra diferenças físicas notórias entre a aristocracia, de aspecto germânico, e as classes mais baixas, de aspecto similar aos actuais irlandeses.

24 de junho de 2013 às 22:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Coincidentemente, o sistema do apartheid propriamente dito, instituído na África do Sul, foi criado por descendentes, grosso modo, de Anglos, Saxões e afins: Ingleses e, também, Holandeses.

Outro regime segregacionista foi o dos EUA - fundado, também, por descendentes de Anglo-Saxões.

25 de junho de 2013 às 00:24:00 WEST  

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