segunda-feira, maio 27, 2013

ACADÉMICOS UNIVERSITÁRIOS ACUSAM PERSONAGEM DE FICÇÃO CIENTÍFICA DE SER «RACISTA»...

A popular personagem de ficção científica britânica «Dr. Who», cuja série, do mesmo nome, começou nos anos cinquenta e ainda existe - cá pelo burgo só apareceu lá pelos anos noventa, creio, e apenas na SIC Radical, canal por cabo - está a ser acusada por académicos norte-americanos de ser racista...
Já aqui foi descrito este ficcional viajante espacial, http://gladio.blogspot.pt/2010/02/dr-who-viajante-do-espaco-que-deu-da.html, pelo que me abstenho de dar mais pormenores sobre o mesmo, mas aproveito este mesmo link do Gladius para fazer notar que os dirigentes da BBC permitiram que a série contivesse propaganda esquerdista anti-conservadora.
 
Ora os seus novos críticos acusam-no de adoptar atitudes que manifestam desprezo pelos seus companheiros negros, além de mostrar desprezo pelos povos «primitivos» e até de deixar transparecer um certo estilo colonial-racista inglês através do seu amor ao cricket...
 
Num livro intitulado «Doctor Who And Race» (Doutor Who e a Raça), é por isso afirmado que esta série da BBC se baseia em atitudes «que continuam a subjugar pessoas de cor».
Um professor norte-americano de origem hindustânica, Amit Gupta, argumenta inclusivamente que a personagem «representa o jogador amador de cricket inglês do final do século XIX quando o jogo era caracterizado por distinções raciais e de classe. O cricket também tinha o papel de manter o estatuto do imperialismo britânico através do exercício do poder suave tal como era bem sucedidamente inculcado pelas elites coloniais. O jogador de cricket Dr. Who na série dos anos oitenta viu mais uma vez a BBC a usar o Dr. Who para promover uma nostalgia racial e classista que já tinha passado o seu prazo de validade.»
 
Sabe-se que vários dos vinte e três contribuidores para o livro lamentam a «falha» em escolher um actor negro ou asiático para o papel de Dr. Who... E, nas primeiras séries, escolhiam-se actores brancos para interpretarem o papel de não brancos.
 
O ataque antirra à série passa também, como acima se refere, por deplorar o tratamento menorizante que o «Dr. Who» aplica em particular a uma das suas companheiras de viagem, uma negra.
 
Ora isto, para quem conhece a série, é de uma desonestidade primária. O viajante espacial trata todas as suas companheiras de viagem com intelectual desdém, e por acaso vi-o a exibir muito mais desprezo por uma jovem loira do que pela negra, mas muito mais, a coisa tornava-se kitsch de tão previsível e repetitiva, não havia episódio nenhum em que o sabicholas das estrelas não arranjasse expressões mais ou menos «espirituosas» para cuspir o pouco valor que atribuía ao intelecto da loira, mas mesmo assim o que conta para o anti-racistame mais militante é que ele tenha feito algo parecido a uma negra, isso para essa malta é que é grave. Porque o negro, já se sabe, é o Amado Outro, e o Amado Outro, se por um lado «tem de ser considerado como um dos nossos e já integrado na nossa sociedade e muita mas muita bem integrado, hã!!!!!!!!», por outro ai de quem o trate tão mal como trata um seu conterrâneo, porque o facto de não ser branco dá-lhe um estatuto privilegiado, como se  de uma espécie de emissário de Deus entre nós se tratasse...
 
O Dr. Who é também acusado de desprezar qualquer civilização que não partilhe da sua crença no progresso científico, e é acusado disso porque... essa perspectiva cientificista é «muito Oeste-Europeia». Quem engendra esta crítica dá depois exemplos em que o herói tece comentários pouco abonatórios sobre o primitivismo da cultura de várias personagens não europeias.
Repare-se que a Esquerda militante e intelectual tem sido fortemente cientificista ao longo dos séculos, combatendo por vezes com ferocidade tudo o que cheire a religião. Mas uma simples personagem ficcional que seja de aspecto caucasóide europeu já é racista se fizer sequer um terço disso quando estiver a referir-se a culturas não europeias, porque afinal isto é tudo uma questão de raça-civilização: ser ou não ser europeu, eis a questão que tudo define do ponto de vista do anti-racismo militante...
 
Uma académica australiana, Lindy Orthia, que compilou a antologia de momentos «racistas» na série «Dr. Who», declara: «o maior elefante branco é o problema privadamente mantido por muitos fãs de adorarem um espectáculo televisivo quando este é fortemente racista
 
A BBC defende-se, juntamente com os fãs da série, afirmando que «reflectir a diversidade do RU é um dever para a BBC, e escolher actores para "Dr. Who" é feito sem olhar à raça
 
Para se safarem desta acusação de racismo, os BBCs tinham era de arranjar um Dr. Who negro ou mulato que numa das suas aventuras fizesse uma viagem no tempo à Europa de há dois mil anos para aí passar pelo menos cinquenta minutos do episódio a insultar de burros sanguinários para baixo os loiros e ruivos bárbaros do norte, e de cruéis e glutões os Romanos, e a fazer troça das crenças pagãs europeias, então aí sim, já não era «eurocentrismo» promover uma visão cientificista e progressista da vida...
 
Este é mais um testemunho de como é na elite que se encontram os anti-racistas mais ferrenhos, o que não admira - quem mais vai fundo numa doutrina é quem mais nela reflecte, e os intelectuais, reflexivos por natureza e por isso mais facilmente coerentes do que as outras pessoas, mergulham fundo na abjecção que é o anti-racismo. Como autênticos inquisidores, auto-inquisidores até, em que se tornam, vigiam cada palavra que possa ter em si uma conotação ou uma origem racista, ao serviço constante e voluntário da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente... não esqueço por exemplo um comentário que li num forum tuga, há uns doze ou treze anos, de um antirra, de pinta universitária, a fazer um reparo no comentário de um outro antirra que tinha dito que «nós não podíamos ser racistas contra os não brancos», e disse o primeiro antirra que referi «ai, falar assim é presumir que somos brancos e isso já é racismo». Como em tudo, se um diz mata, o outro diz esfola, e de esfola-matanço em mata-esfolanço, vai-se lapidando mais e mais a essência do ideal que se promove. E alguns destes intelectualizados antirras estão já para além de qualquer recuperação. E aqueles de entre eles que forem comprovadamente culpados de atentarem activamente contra a identidade europeia e de quererem impedir, por meio legal ou violento, a resistência branca, não poderão ser desculpados.




2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O anti-racismo já chegou ao mundo canino:

http://www.youtube.com/watch?v=rA2JuxRdlmA

27 de maio de 2013 às 14:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Veja esta notícia Caturo, a atleta holandesa era casada com um holandês também branco e iam a uma consulta médica em Espanha onde a garota atuava porque planejavam ter um bebê-tragédia tripla para a Europa- Quer apostar quanto que os assassinos sejam do caloroso mundo tropical?

http://esporte.uol.com.br/volei/ultimas-noticias/2013/05/27/corpo-de-jogadora-holandesa-e-encontrado-na-espanha-apos-14-dias.htm

27 de maio de 2013 às 14:42:00 WEST  

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